Avaliação de três ciclos de seleção recorrente de famílias S1 para resistência ao vírus do mosqueado clorótico do milho (MCMV)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20181127-161110/ |
Resumo: | No presente estudo avaliaram-se três ciclos de seleção em populações de milho cultivadas em regiões de elevada altitude, em quatro localidades do Peru. Os ciclos foram gerados de três (populações de milho denominadas Complexos Peruanos (CP). O CPI é formado por milho branco, precoce, consumido como milho verde; ("choclo"); CPII com características similares ao CPI, porém de ciclo tardio; CPIII por milho amarelo, precoce e consumido tostado ("cancha") e fubá ("chochoca"). Os diversos ciclos foram selecionados principalmente para resistência ao"Maize chlorotic mottle vírus"-MCMV (vírus do mosqueado clorótico do milho) através do método de seleção recorrente de famílias S1. Em cada ciclo foram selecionadas as plantas com menor grau de infecção do MCMV, dentro das melhores famílias S1. A recombinação foi feita planta a planta (cruzamento manual). No primeiro e segundo ciclos a seleção para MCMV foi efetuada com inoculação mecânica. No terceiro ciclo não se utilizou essa prática. Nos três ciclos, em que se selecionou também para"Maize rayado fino vírus"- MRFV ("Brazilian corn streak vírus"- BCSV), doenças foliares e podridão de espigas, a seleção foi realizada em condições de infecção natural. Na colheita selecionaram-se as espigas que eram provenientes das plantas menos infectadas por doenças, de famílias com bom rendimento e bom aspecto agronômico. A seleção praticada para aumento da resistência ao MCMV produziu diferentes respostas, nos ciclos seletivos gerados em cada um dos Complexos Peruanos. As respostas desiguais sugerem a existência de diferentes quantidades de variância genética aditiva da resistência ao MCMV, nas três populações. Pelos progressos significativos conseguidos nas populações CPIII e CPII com aumento médio de resistência ao MCMV, de 3,1% e 2,6% por ciclo, respectivamente, fica evidenciada a eficiência da seleção recorrente baseada em famílias S1. As diferentes respostas obtidas para o MCMV são indicadores de que não se pode utilizar a mesma estratégia de inoculação e seleção em diferentes materiais. Sobretudo, deve-se procurar avaliar nas populações base (CO), antes da seleção, a quantidade de variação genética disponível para a resistência ao vírus em questão. Não se tendo encontrado significância da resposta à seleção para MRFV e podridão de espigas, deve-se reconsiderar a metodologia para avaliação destas doenças podendo-se considerar a possibilidade de utilizar inoculação artificial. Quando a seleção incrementou a resistência ao MCMV (CPIII e CPII) também houve tendência de respostas correlacionadas favoráveis para rendimento de grãos e resistência ao MRFV. Na população CPI, em que não houve resposta da seleção para resistência ao MCMV, também não ocorreram respostas correlacionadas favoráveis. A alta eficiência da inoculação com MCMV mostrou ser essa uma prática necessária para se avaliar o comportamento de populações em processo de melhoramento para resistência a este vírus. O rendimento de grãos foi afetado significativamente pelo MCMV. Estimou-se uma média de redução de 28,5 kg/ha nas três populações para cada aumento de 1% de plantas infectadas para níveis de infecção entre 28,5% a 43,1%. Deve ser feita reavaliação do CPI para confirmar ou não os resultados nele obtidos |
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