Estudo do canal incisivo por meio da tomografia volumétrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Imada, Thaís Sumie Nozu
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-27092011-102727/
Resumo: Considerada uma área segura, a região anterior da mandíbula, entre os forames mentuais, abriga muitas estruturas vitais e é passível de muitas intervenções cirúrgicas como colocação de implantes osseointegrados e alguns procedimentos da Cirurgia Ortognática. O Canal Incisivo (CI) é um importante reparo anatômico localizado nessa região e é muitas vezes desconsiderado e nesses casos pode acarretar complicações cirúrgicas. O planejamento radiográfico é um dos mais importantes aspectos pré-cirúrgicos para que não haja injúria dessas importantes estruturas, entretanto, as radiografias convencionais usadas atualmente (intraorais e panorâmica) apresentam uma grande limitação no que se trata da interpretação do CI. A Tomografia Computadorizada Volumétrica de Feixe Cônico (TCFC) oferece a obtenção da imagem do canal incisivo em três dimensões permitindo um completo estudo do seu trajeto e morfologia. Objetivo: Estabelecer as taxas de visibilidade, o comprimento, a localização, o diâmetro e o curso do CI por meio da TCFC e Panorâmica Digital. Material e Métodos: O grupo de estudo consistiu em 100 exames de mandíbula de pacientes adultos realizados por meio da TCFC com protocolo de aquisição padronizado e Panorâmica Digital dos mesmos pacientes obtidos dos arquivos de imagem do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. As imagens foram obtidas pelo dispositivo i-CAT Classic e analisadas pelo i-CAT Vision software em sala adequada. As taxas de visibilidade do CI nas reformatações panorâmicas, digitais e coronais, seu comprimento e localização foram analisando bilateralmente a partir dos forames mentuais até a linha média mandibular. Posteriormente foi feita uma comparação da visibilidade do CI com a radiografia panorâmica digital dos mesmos pacientes. Resultados: Na Panorâmica Digital a visualização do CI foi em média de 20,5% enquanto que na reformatação panorâmica da TCFC a visibilidade foi em torno de 45%. O teste McNemar mostrou diferença estatística significante entre os métodos de aquisição de imagens, indicando a superioridade da TCFC sobre a Panorâmica Digital para a visualização do CI. Na Reformatação Parassagital, a média da visualização do CI foi na área pós-forame de 42%, na região de caninos de 28,5%, na região de incisivos laterais de 11,5% e na região de incisivos centrais foi de 4%. Na Reformatação Coronal, esses valores foram de 68%, 44%, 22% e 9% respectivamente, nas diferentes regiões. A média do comprimento visível do CI a partir do forame mentual foi de 9,2mm nas diferentes reformatações panorâmicas da TCFC. As distâncias médias da reformatação parassagital do CI à base da mandíbula foi de 10,10mm, CI ao ápice dental foi de 8,34mm, do CI ao rebordo alveolar foi de 12,88mm do C a tábua óssea vestibular foi de 4,04mm e do CI à tábua lingual foi de 5,21mm. A trajetória do CI foi de vestibular para lingual e descendente. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre a visibilidade do CI em relação e o lado, idade e gênero do paciente. A trajetória do CI foi descendente de vestibular para lingual. Conclusão: A superioridade da TCFC em detectar o CI na região anterior da mandíbula, torna esta modalidade de exame imprescindível na avaliação pré-operatória para procedimentos cirúrgicos desta região.
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O planejamento radiográfico é um dos mais importantes aspectos pré-cirúrgicos para que não haja injúria dessas importantes estruturas, entretanto, as radiografias convencionais usadas atualmente (intraorais e panorâmica) apresentam uma grande limitação no que se trata da interpretação do CI. A Tomografia Computadorizada Volumétrica de Feixe Cônico (TCFC) oferece a obtenção da imagem do canal incisivo em três dimensões permitindo um completo estudo do seu trajeto e morfologia. Objetivo: Estabelecer as taxas de visibilidade, o comprimento, a localização, o diâmetro e o curso do CI por meio da TCFC e Panorâmica Digital. Material e Métodos: O grupo de estudo consistiu em 100 exames de mandíbula de pacientes adultos realizados por meio da TCFC com protocolo de aquisição padronizado e Panorâmica Digital dos mesmos pacientes obtidos dos arquivos de imagem do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. As imagens foram obtidas pelo dispositivo i-CAT Classic e analisadas pelo i-CAT Vision software em sala adequada. As taxas de visibilidade do CI nas reformatações panorâmicas, digitais e coronais, seu comprimento e localização foram analisando bilateralmente a partir dos forames mentuais até a linha média mandibular. Posteriormente foi feita uma comparação da visibilidade do CI com a radiografia panorâmica digital dos mesmos pacientes. Resultados: Na Panorâmica Digital a visualização do CI foi em média de 20,5% enquanto que na reformatação panorâmica da TCFC a visibilidade foi em torno de 45%. O teste McNemar mostrou diferença estatística significante entre os métodos de aquisição de imagens, indicando a superioridade da TCFC sobre a Panorâmica Digital para a visualização do CI. Na Reformatação Parassagital, a média da visualização do CI foi na área pós-forame de 42%, na região de caninos de 28,5%, na região de incisivos laterais de 11,5% e na região de incisivos centrais foi de 4%. Na Reformatação Coronal, esses valores foram de 68%, 44%, 22% e 9% respectivamente, nas diferentes regiões. A média do comprimento visível do CI a partir do forame mentual foi de 9,2mm nas diferentes reformatações panorâmicas da TCFC. As distâncias médias da reformatação parassagital do CI à base da mandíbula foi de 10,10mm, CI ao ápice dental foi de 8,34mm, do CI ao rebordo alveolar foi de 12,88mm do C a tábua óssea vestibular foi de 4,04mm e do CI à tábua lingual foi de 5,21mm. A trajetória do CI foi de vestibular para lingual e descendente. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre a visibilidade do CI em relação e o lado, idade e gênero do paciente. A trajetória do CI foi descendente de vestibular para lingual. Conclusão: A superioridade da TCFC em detectar o CI na região anterior da mandíbula, torna esta modalidade de exame imprescindível na avaliação pré-operatória para procedimentos cirúrgicos desta região.The mandibular interforaminal region is usually considered a safe area. It heldsvital anatomical structures and common surgical interventions such as placement of dental implants and procedures of orthognathic surgery are performed in this area. The Mandibular Incisive Canal (MIC) is a significant anatomical feature located in this region, often overlooked and that can cause surgical complications.The radiographic planning is one of the most important aspects of presurgical assessment to avoid injuries to these important structures, however, conventional radiographs (intraoral and panoramic) used nowadays remains limited when it comes to interpretation of the incisive canal. Cone beam computed tomography (CBCT) offers tridimensional image of the incisive canal allowing a comprehensive study of its course and morphology Objective: To establish the rate of visibility, length, location and course of CI by means of cone beam computed tomography and on digital panoramic. Material and Methods: The study group consisted of 100 CBCT random scans obtained from the Department of Stomatology of Bauru Dental Schools files. The images were taken using i-Cat CBCT device, applying a standardized exposure protocol and analyzed by i-Cat Vision software. The visibility of IC was studied at panoramic, cross-section and coronal scans. Its length and location were also analyzed from mentual foramen to the mandible midline. Subsequently, a comparison was made with the rates of visibility at the digital panoramic radiography from the same patients. Results: The visualization of the incisive canal at digital panoramic averaged 20.5% while the reconstruction of the CBCT panoramic visibility was around 45%. The McNemar test showed statistical difference, indicating the superiority of CBCT over panoramic radiograph for CI visualization. In crossectional reformatation, the average between the sides in the postforament area was 42%, in the region of canines was 28.5%, in the region of the lateral incisors was 11.5% and in the region of central incisorswas 4%. In coronal reconstruction, these values were 68%, 44%, 22% and 9% in the different regions. The average length of IC visible from the mental foramen was 9.18 mm in the different panoramic reformations. The average distance of crossectional reformatations of IC to the mandibular base was 10.10, IC to the tooth apex was 8.34mm, the IC to the alveolar ridge was 12.87mm, IC to buccal plate was 4.04mm and CI to the lingual plate was 5.21mm. There were no statistical differences in relation to the side, age and gender of the patient.ICs route was downward from the vestibular to the lingual plate. Conclusion: The superiority in the detection and high appearance rates of IC with CBCT showed the great importance of preoperative examination using CBCT for surgical procedures in the anterior mandible.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBullen, Izabel Regina Fischer Rubira deImada, Thaís Sumie Nozu2011-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-27092011-102727/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-16T23:19:02Zoai:teses.usp.br:tde-27092011-102727Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-16T23:19:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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