Seleção para prolificidade em populações de milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pizaia, Andréa
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-141010/
Resumo: A prolificidade ou a presença de duas ou mais espigas por planta, é um dos principais componentes de produção do milho. Confere alta estabilidade de produção e maior eficiência na utilização de nutrientes pelo aumento da força de dreno nas plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de dois métodos de seleção recorrente intrapopulacional para a prolificidade e suas relações com a produção de grãos, em seis populações de polinização aberta: PIRANÃO VD2B, PIRANÃO VF1B, PIRANÃO VF1B-P, ITA-PR, PICHILINGUE e ESALQ-PR1, e estudar as características genéticas da prolificidade. As populações foram submetidas a dois métodos: a) Seleção S1, baseado no desenvolvimento de progênies S1, com a autofecundação das segundas espigas de plantas prolíficas e b) Seleção IG baseado no desenvolvimento de progênies de irmãos germanos através de cruzamentos biparentais utilizando as segundas espigas de plantas prolíficas. No método Seleção S1, as progênies derivadas da seleção fenotípica utilizadas na recombinação, foram selecionadas com base em índices de espiga de plantas individuais. No método Seleção IG, após a seleção fenotípica de plantas individuais utilizadas no cruzamento biparental, as progênies utilizadas na recombinação foram selecionadas com base nos experimentos com repetições. Foram realizados dois ciclos de seleção e após cada ciclo, as progênies obtidas foram avaliadas em experimentos com repetições e o ganho genético e os parâmetros genéticos foram calculados. Apesar da avaliação das características do método Seleção S1, ter sido mascarado pelos efeitos da endogamia, pode-se inferir que os dois métodos foram eficientes no aumento da prolificidade nas populações avaliadas. Contudo, o método Seleção IG, por envolver tanto a seleção massal, quanto o teste de progênies, parece ser mais efetivo para o aumento da prolificidade em populações de potencial prolífico inicial reduzido. A população PIRANÃO VD2B apresentou ganhos genéticos negativos com o método Seleção S1. O ganho genético realizado no primeiro ciclo com a seleção para a prolificidade na média das populações foi de 10,58% no método Seleção IG e de -1,37% no método Seleção S1. A herdabilidade e a variância genética da prolificidade foi maior no método Seleção S1, do que no método Seleção IG. O inverso ocorreu com a produção de espigas. A resposta correlacionada observada média da prolificidade na produção de espigas no primeiro ciclo foi de 6,27% no método Seleção IG. No segundo ciclo o aumento estimado médio da produção de espigas foi de 5,28% no método Seleção IG e de 9,62% no método Seleção S1. A prolificidade apresentou menor depressão por endogamia que a produção de espigas, concordando com os resultados da literatura de que os efeitos de dominância na prolificidade são menores do que na produção de espigas.
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spelling Seleção para prolificidade em populações de milho (Zea mays L.)Selection for prolificacy in maize (Zea mays L.) populationsGENÉTICA DE POPULAÇÕES VEGETAISMILHOSELEÇÃOA prolificidade ou a presença de duas ou mais espigas por planta, é um dos principais componentes de produção do milho. Confere alta estabilidade de produção e maior eficiência na utilização de nutrientes pelo aumento da força de dreno nas plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de dois métodos de seleção recorrente intrapopulacional para a prolificidade e suas relações com a produção de grãos, em seis populações de polinização aberta: PIRANÃO VD2B, PIRANÃO VF1B, PIRANÃO VF1B-P, ITA-PR, PICHILINGUE e ESALQ-PR1, e estudar as características genéticas da prolificidade. As populações foram submetidas a dois métodos: a) Seleção S1, baseado no desenvolvimento de progênies S1, com a autofecundação das segundas espigas de plantas prolíficas e b) Seleção IG baseado no desenvolvimento de progênies de irmãos germanos através de cruzamentos biparentais utilizando as segundas espigas de plantas prolíficas. No método Seleção S1, as progênies derivadas da seleção fenotípica utilizadas na recombinação, foram selecionadas com base em índices de espiga de plantas individuais. No método Seleção IG, após a seleção fenotípica de plantas individuais utilizadas no cruzamento biparental, as progênies utilizadas na recombinação foram selecionadas com base nos experimentos com repetições. Foram realizados dois ciclos de seleção e após cada ciclo, as progênies obtidas foram avaliadas em experimentos com repetições e o ganho genético e os parâmetros genéticos foram calculados. Apesar da avaliação das características do método Seleção S1, ter sido mascarado pelos efeitos da endogamia, pode-se inferir que os dois métodos foram eficientes no aumento da prolificidade nas populações avaliadas. Contudo, o método Seleção IG, por envolver tanto a seleção massal, quanto o teste de progênies, parece ser mais efetivo para o aumento da prolificidade em populações de potencial prolífico inicial reduzido. A população PIRANÃO VD2B apresentou ganhos genéticos negativos com o método Seleção S1. O ganho genético realizado no primeiro ciclo com a seleção para a prolificidade na média das populações foi de 10,58% no método Seleção IG e de -1,37% no método Seleção S1. A herdabilidade e a variância genética da prolificidade foi maior no método Seleção S1, do que no método Seleção IG. O inverso ocorreu com a produção de espigas. A resposta correlacionada observada média da prolificidade na produção de espigas no primeiro ciclo foi de 6,27% no método Seleção IG. No segundo ciclo o aumento estimado médio da produção de espigas foi de 5,28% no método Seleção IG e de 9,62% no método Seleção S1. A prolificidade apresentou menor depressão por endogamia que a produção de espigas, concordando com os resultados da literatura de que os efeitos de dominância na prolificidade são menores do que na produção de espigas.Prolificacy or the presence of two or more ears per plant is one of the main components of yield in maize. It provides high yield stability and higher efficiency in the utilization of nutrients by increasing the sink potential in the plant. The objective of this work was to evaluate the efficiency of two methods of intrapopulation recurrent selection for prolificacy and their relations with grain yield in six open-pollinated populations: PIRANÃO VD2B, PIRANÃO VF1B, PIRANÃO VF1B-P, IT A-PR, PICHILINGUE, and ESALQ-PR1; and add an study on the genetic characteristics of prolificacy. Populations were submitted to the methods designated as: a) S1 Selection, based on the development of S1 progenies by selfing the second ears of prolific plants; and b) IG Selection, based on the development of full-sib progenies through biparental crosses using the second ears of prolific plants. In the S1 Selection method, the selected progenies used for recombination were derived from phenotypic selection based on ear index of individual plants. In the IG Selection method the selected progenies used for recombination were selected on the basis of progeny means from experiments with replications following phenotypic selection of individual plants used in the biparental crosses. Two cycles of selection were completed and in each cycle progenies were evaluated in experiments with replications and data were used for estimating genetic parameters including the expected genetic gain. In the S1 Selection method the inbreeding effect shadowed the true expression of quantitative traits under evaluation but, in spite of that, overall results allowed to conclude that both methods were effective for increasing prolificacy in the populations under study. However, there was evidences that IG Selection is more effective for increasing prolificacy in populations with low initial expression for that trait because use full-sib progenies means and phenotypic selection. Population PIRANÃO VD2B, showed negative gain for prolificacy under S1 Selection. In the first cycle of selection the observed gains were 10,6% for IG Selection and -1,7% for S1 Selection, on the average of populations. Estimates of heritability and genetic variance for prolificacy were higher in the experiments of S1 progenies as compared to full-sib progenies; the reverse was observed for yield. The correlated response on yield after selection for prolificacy under IG Selection was 6,27% on the average. In the second cycle the average gains were 5,28% and 9,62% in IG Selection and S1 Selection, respectively. Inbreeding depression was lower for prolificacy than for yield in agreement with other reports that dominance effects are lower for prolificacy than for yield.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilho, Jose Branco de MirandaPizaia, Andréa2000-04-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-141010/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-21T03:14:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-141010Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-21T03:14:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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