Influência da degradação tempo-dependente e do processo de congelamento e descongelamento sobre as características histológicas e biomecânicas do jejuno de bovinos hígidos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/D.10.2020.tde-11022020-101437 |
Resumo: | A degradação do intestino delgado de bovinos sadios, bem como seu efeito sobre a resistência biomecânica, não são descritos na literatura. Trabalhos que envolveram a biomecânica intestinal realizaram os ensaios em poucas horas após o óbito dos doadores, sem avaliação de seu estado de deterioração. O congelamento é eficiente na conservação de vários tecidos, porém, pode provocar danos ao nível celular nos tecidos ricos em água. Este estudo teve por objetivo avaliar a degradação morfológica e biomecânica do jejuno de bovinos em diferentes tempos post mortem, bem como o efeito do congelamento e descongelamento sobre estas características. Foram coletados segmentos de jejuno de seis animais, e fragmentos destes segmentos foram fixados em formol em diferentes tempospost morten (0, 2, 4, 6, 8, 12, 18, 24, 36, 48 horas) para avaliação histológica. Em outra fase, mais 20 segmentos foram coletados e submetidos a teste biomecânico em diferentes tempos post morten (0, 4, 6, 8, 12, 18, 24, 36, 48 horas), além do mesmo teste após congelamento e descongelamento. As primeiras alterações macroscópicas foram observadas com oito horas após o óbito. Mesmo momento em que surgiram os primeiros sinais de lesão estrutural ao exame histológico. Este também foi o momento de menor pressão suportada ao teste biomecânico. A partir de 12 horas o tecido sofreu rearranjo estrutural, voltando a suportar maior pressão, seguida de queda gradual após 18 horas. As lesões histológicas se apresentaram de maneira progressiva e gradual. As amostras testadas após descongelamento não apresentaram diferença estatística quanto à resistência mecânica em comparação com os espécimes frescos. Independente do aspecto morfológico, as amostras de todos os tempos, assim como as descongeladas, apresentaram resistência muito superior às consideradas fisiológicas ou patológicas. |
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A degradação do intestino delgado de bovinos sadios, bem como seu efeito sobre a resistência biomecânica, não são descritos na literatura. Trabalhos que envolveram a biomecânica intestinal realizaram os ensaios em poucas horas após o óbito dos doadores, sem avaliação de seu estado de deterioração. O congelamento é eficiente na conservação de vários tecidos, porém, pode provocar danos ao nível celular nos tecidos ricos em água. Este estudo teve por objetivo avaliar a degradação morfológica e biomecânica do jejuno de bovinos em diferentes tempos post mortem, bem como o efeito do congelamento e descongelamento sobre estas características. Foram coletados segmentos de jejuno de seis animais, e fragmentos destes segmentos foram fixados em formol em diferentes tempospost morten (0, 2, 4, 6, 8, 12, 18, 24, 36, 48 horas) para avaliação histológica. Em outra fase, mais 20 segmentos foram coletados e submetidos a teste biomecânico em diferentes tempos post morten (0, 4, 6, 8, 12, 18, 24, 36, 48 horas), além do mesmo teste após congelamento e descongelamento. As primeiras alterações macroscópicas foram observadas com oito horas após o óbito. Mesmo momento em que surgiram os primeiros sinais de lesão estrutural ao exame histológico. Este também foi o momento de menor pressão suportada ao teste biomecânico. A partir de 12 horas o tecido sofreu rearranjo estrutural, voltando a suportar maior pressão, seguida de queda gradual após 18 horas. As lesões histológicas se apresentaram de maneira progressiva e gradual. As amostras testadas após descongelamento não apresentaram diferença estatística quanto à resistência mecânica em comparação com os espécimes frescos. Independente do aspecto morfológico, as amostras de todos os tempos, assim como as descongeladas, apresentaram resistência muito superior às consideradas fisiológicas ou patológicas. |
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