Influência da funcionalidade do HDL-colesterol sobre o escore de cálcio em usuários de esteroides androgênicos anabólicos
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-14112019-161201/ |
Resumo: | Introdução: O uso abusivo de esteroides androgênicos anabólicos (EAA) tem sido associado com doença arterial coronariana (DAC). Entretanto, os mecanismos envolvidos na DAC nessa população não estão totalmente esclarecidos. Os EAA levam a redução das concentrações da lipoproteína de alta densidade (HDL), a qual pode ser um dos fatores chaves no processo aterosclerótico. Não apenas a concentração, mas também funcionalidade da HDL está envolvida no processo da DAC. Entretanto, é desconhecido se usuários de EAA apresentam alteração na funcionalidade da HDL. Além disso, distúrbio no padrão de fluxo (Shear Rate - SR), caracterizado pelo aumento do fluxo retrogrado e oscilatório na artéria braquial, está associado com inflamação, aterosclerose, disfunção endotelial e hiperatividade do sistema nervoso simpático. Jovens não apresentam distúrbio no SR. Entretanto, idosos apresentam esse distúrbio o qual parece estar associada com hiperatividade simpática. Interessantemente, o abuso de EAA está associado com aumento da atividade nervosa simpática muscular (ANSM). No entanto, não é conhecido se jovens usuários de EAA apresentam distúrbio no SR. Objetivos: Avaliar a funcionalidade da HDL por meio do efluxo do colesterol e capacidade antioxidante, avaliar a presença de DAC em usuários de EAA; avaliar o comportamento do SR da artéria braquial com a associação da ANSM. Além disso, também avaliamos a proteína C reativa ultrassensível (PCR-us). Métodos: Vinte usuários de EAA (UEAA), 20 não usuários de EAA (ambos grupos praticantes de musculação) e 10 sedentários controles (SC) pareados pela idade (29±5 anos) foram avaliados nesse estudo transversal. A funcionalidade da HDL foi avaliada pelo efluxo do 14C-colesterol e pela habilidade da HDL em atrasar a oxidação da LDL. A presença de DAC foi avaliada pela angiotomografia computadorizada. Além disso, avaliamos o SR da artéria braquial em um subgrupo de 10 usuários de EAA e 10 não usuários de EAA. Em repouso, SR retrógrado e oscilatório foram avaliados por meio de ultrassom, ANSM pela técnica de microneurografia e o PCR-us por exame de sangue. A dilatação do fluxo mediado (FMD) também foi avaliada. Resultados: O efluxo do colesterol foi menor no grupo UEAA comparado com os grupos NUEAA e CS (20 vs. 23 vs. 24%, respectivamente, p < 0,001). Entretanto, o tempo de atraso para oxidação da LDL foi maior no grupo UEAA comparado aos grupos NUEAA e CS (41 vs. 13 vs. 11 min, respectivamente, p < 0.001). Foram encontradas placas ateroscleróticas em pelo menos 2 artérias em 25% do grupo EAA. Por outro lado, nenhuma placa foi encontrada nos grupos NUEAA e CS. Encontramos uma correlação negativa com o tempo de uso de EAA e efluxo do colesterol. O grupo UEAA apresentou maior SR retrógrado (24,42 ± 17,25 vs. 9,15 ± 6,62 s-1, p = 0,01) e oscilatório (0,22 ± 0,13 vs. 0,09 ± 0,07 au p = 0,01) e ANSM (42 ± 9 vs 32 ± 4 disparos/100 batimentos, p = 0,018) comparado ao grupo NUEAA. Foi encontrada correlação positiva entre SR retrógrado e ANSM (r = 0,50, p = 0,050) e SR oscilatório e ANSM (r = 0,51, p = 0,042). O grupo UEAA apresentou elevação da PCR-us [1,17 (0,44-3,63) vs 0,29 (0,17-0,70) mg/L, p = 0,015] e redução da FMD (6,42 ± 2,07 vs. 8,28% ± 1,53%, p = 0,035) comparado ao grupo NUEAA. Conclusão: Nosso estudo indica que o abuso de EAA prejudica o efluxo do colesterol mediado pela HDL. O tempo de uso de EAA parece estar associado com menor efluxo do colesterol e DAC precoce nessa população. O EAA está associado com aumento do SR retrógado e oscilatório o qual estão associados com aumento da ANSM. Além disso, o EAA parece causar inflamação caracterizada pelo aumento da PCR-us. Todas essas alterações podem estar envolvidas no desenvolvimento de DAC precoce em jovens usuários de EAA |
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Influência da funcionalidade do HDL-colesterol sobre o escore de cálcio em usuários de esteroides androgênicos anabólicosInfluence of HDL-cholesterol functionality on the calcium score in Androgenic Steroids Anabolic usersAnabolic agentsAnabolizantesCholesterol effluxCholesterol HDLCoronary artery diseaseDoença da artéria coronarianaEfluxo do colesterolFluxo retrógradoHDL-colesterolRetrograde flowSistema nervoso simpáticoSympathetic nervous systemIntrodução: O uso abusivo de esteroides androgênicos anabólicos (EAA) tem sido associado com doença arterial coronariana (DAC). Entretanto, os mecanismos envolvidos na DAC nessa população não estão totalmente esclarecidos. Os EAA levam a redução das concentrações da lipoproteína de alta densidade (HDL), a qual pode ser um dos fatores chaves no processo aterosclerótico. Não apenas a concentração, mas também funcionalidade da HDL está envolvida no processo da DAC. Entretanto, é desconhecido se usuários de EAA apresentam alteração na funcionalidade da HDL. Além disso, distúrbio no padrão de fluxo (Shear Rate - SR), caracterizado pelo aumento do fluxo retrogrado e oscilatório na artéria braquial, está associado com inflamação, aterosclerose, disfunção endotelial e hiperatividade do sistema nervoso simpático. Jovens não apresentam distúrbio no SR. Entretanto, idosos apresentam esse distúrbio o qual parece estar associada com hiperatividade simpática. Interessantemente, o abuso de EAA está associado com aumento da atividade nervosa simpática muscular (ANSM). No entanto, não é conhecido se jovens usuários de EAA apresentam distúrbio no SR. Objetivos: Avaliar a funcionalidade da HDL por meio do efluxo do colesterol e capacidade antioxidante, avaliar a presença de DAC em usuários de EAA; avaliar o comportamento do SR da artéria braquial com a associação da ANSM. Além disso, também avaliamos a proteína C reativa ultrassensível (PCR-us). Métodos: Vinte usuários de EAA (UEAA), 20 não usuários de EAA (ambos grupos praticantes de musculação) e 10 sedentários controles (SC) pareados pela idade (29±5 anos) foram avaliados nesse estudo transversal. A funcionalidade da HDL foi avaliada pelo efluxo do 14C-colesterol e pela habilidade da HDL em atrasar a oxidação da LDL. A presença de DAC foi avaliada pela angiotomografia computadorizada. Além disso, avaliamos o SR da artéria braquial em um subgrupo de 10 usuários de EAA e 10 não usuários de EAA. Em repouso, SR retrógrado e oscilatório foram avaliados por meio de ultrassom, ANSM pela técnica de microneurografia e o PCR-us por exame de sangue. A dilatação do fluxo mediado (FMD) também foi avaliada. Resultados: O efluxo do colesterol foi menor no grupo UEAA comparado com os grupos NUEAA e CS (20 vs. 23 vs. 24%, respectivamente, p < 0,001). Entretanto, o tempo de atraso para oxidação da LDL foi maior no grupo UEAA comparado aos grupos NUEAA e CS (41 vs. 13 vs. 11 min, respectivamente, p < 0.001). Foram encontradas placas ateroscleróticas em pelo menos 2 artérias em 25% do grupo EAA. Por outro lado, nenhuma placa foi encontrada nos grupos NUEAA e CS. Encontramos uma correlação negativa com o tempo de uso de EAA e efluxo do colesterol. O grupo UEAA apresentou maior SR retrógrado (24,42 ± 17,25 vs. 9,15 ± 6,62 s-1, p = 0,01) e oscilatório (0,22 ± 0,13 vs. 0,09 ± 0,07 au p = 0,01) e ANSM (42 ± 9 vs 32 ± 4 disparos/100 batimentos, p = 0,018) comparado ao grupo NUEAA. Foi encontrada correlação positiva entre SR retrógrado e ANSM (r = 0,50, p = 0,050) e SR oscilatório e ANSM (r = 0,51, p = 0,042). O grupo UEAA apresentou elevação da PCR-us [1,17 (0,44-3,63) vs 0,29 (0,17-0,70) mg/L, p = 0,015] e redução da FMD (6,42 ± 2,07 vs. 8,28% ± 1,53%, p = 0,035) comparado ao grupo NUEAA. Conclusão: Nosso estudo indica que o abuso de EAA prejudica o efluxo do colesterol mediado pela HDL. O tempo de uso de EAA parece estar associado com menor efluxo do colesterol e DAC precoce nessa população. O EAA está associado com aumento do SR retrógado e oscilatório o qual estão associados com aumento da ANSM. Além disso, o EAA parece causar inflamação caracterizada pelo aumento da PCR-us. Todas essas alterações podem estar envolvidas no desenvolvimento de DAC precoce em jovens usuários de EAABackground: Anabolic androgenic steroids (AAS) abuse have been associated with coronary artery disease (CAD). However, the mechanisms involved on CAD are unknown. AAS abuse leads to a remarkable decrease in high-density lipoprotein (HDL) plasma concentration, which could be a key factor in the atherosclerotic process. Moreover, not only the concentration of HDL, but also its functionality, plays a pivotal role in CAD. However, if AAS user have HDL functionality alterations its unknown. Furthermore, disturbed shear rate (SR), characterized by increased retrograde and oscillatory SR in the brachial artery, is associated with inflammation, atherosclerosis, endothelial dysfunction, and sympathetic hyperactivity. Young subjects do not have disturbed SR; however, elderly subjects do, which seems to be associated with sympathetic hyperactivity. Anabolic androgenic steroids (AAS) abuse in young is associated with increased muscle sympathetic nerve activity (MSNA). Purpose: We tested the functionality of HDL by cholesterol efflux and antioxidant capacity. We also evaluated the prevalence of CAD in AAS users. Moreover, we hypothesized that AAS users might have disturbed SR. We tested the association between retrograde and oscillatory SR with MSNA. In addition, we measured the high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP). Methods: Twenty strength-trained AAS users (AASU) age 29 ± 5 yr, 20 age-matched strength-trained AAS nonusers (AASNU), and 10 sedentary controls (SC) were enrolled in this cross-sectional study. Functionality of HDL was evaluated by 14C-cholesterol efflux and the ability of HDL in inhibiting LDL oxidation. Coronary artery was evaluated with coronary computed tomography angiography. Furthermore, we evaluated a subgroup of 10 male AAS users, age 27 ± 4 years, and 10 age- matched AAS nonusers, age 29 ± 5 years. At rest, retrograde and oscillatory SR were evaluated by Doppler ultrasound, MSNA was measured with microneurography, and hs-CRP was measured in blood sample. Flow-mediated dilation (FMD) was also assessed. Results: Cholesterol efflux was lower in AASU compared with AASNU and SC (20 vs. 23 vs. 24%, respectively, p < 0.001). However, the lag time for LDL oxidation was higher in AASU compared with AASNU and SC (41 vs 13 vs 11 min, respectively, p < 0.001). We found at least 2 coronary arteries with plaques in 25% of AASU. None of the AASNU and SC had plaques. The time of AAS use was negatively associated with cholesterol efflux. AAS users had higher retrograde SR (24.42 ± 17.25 vs 9.15 ± 6.62 s-1, p = 0.01), oscillatory SR (0.22 ± 0.13 vs 0.09 ± 0.07 au p = 0.01), and MSNA (42 ± 9 vs 32 ± 4 bursts/100 heart beats, p = 0.018) than nonusers. MSNA (bursts/100 heart beats) was correlated with retrograde SR (r = 0.50, p = 0.050) and oscillatory SR (r = 0.51, p = 0.042). AAS users had higher hs-CRP [1.17 (0.44-3.63) vs 0.29 (0.17-0.70) mg/L, p = 0.015] and decreased FMD (6.42 ± 2.07 vs 8.28% ± 1.53%, p = 0.035) than nonusers. Conclusion: This study indicates that AAS abuse impairs the cholesterol efflux mediated by HDL. Long-term AAS use seems to be correlated with lower cholesterol efflux and early subclinical CAD in this population. AAS abuse is associated with retrograde and oscillatory SR which were associated with augmented sympathetic outflow. In addition, AAS seems to lead to inflammation characterized by in- creased hs-CRP. These alterations may have the potential of increasing the early risk of atherosclerotic disease in young AAS usersBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Maria Janieire de Nazaré NunesSouza, Francis Ribeiro de2019-08-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-14112019-161201/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-28T22:29:02Zoai:teses.usp.br:tde-14112019-161201Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-28T22:29:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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