Biologia comparada de Heliothis virescens (Fabr., 1781) (Lepidoptera-Noctuidae) a diferentes temperaturas, em meios natural e artificial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1982 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-153738/ |
Resumo: | Essa pesquisa teve como objetivo comparar a biologia de Heliothis virescens (Fabr., 1781), em diferentes temperaturas, em meios natural e artificial, visando selecionar o substrato ideal para criação, e, através dos resultados obtidos em diferentes temperaturas, calcular a sua constante térmica, criando condições para elaboração de modelos matemáticos que facilitem a previsão da ocorrência desta praga. O ciclo biológico foi estudado em dietas natural (folhas de algodoeiro do cultivar IAC-17) e artificial (à base de germe de trigo), em câmaras climatizadas reguladas à 20, 25, 30 e 35°C, e mantidas à 60 ± 10% de UR e fotoperíodo de 14 horas. Foram observados os seguintes parâmetros biológicos: fase de ovo: período de incubação e viabilidade; fase de lagarta: duração, número de instares, duração de cada instar, comprimento de lagartas por instar, peso de lagarta por instar e viabilidade; fases de pré-pupa e pupa: duração da fase de pré-pupa, comprimento da pré- pupa, peso da pré-pupa, duração da fase pupal, peso da pupa, relação sexual e viabilidade pupal; fase adulta: longevidade, período de pré-oviposição e postura. Os resultados obtidos permitiram as seguintes conclusões: a duração da fase larval de H. virescens em dieta artificial foi menor do que em dieta natural e decresceu com o aumento da temperatura, sendo a viabilidade larval maior em meio artificial. Em ambos os substratos alimentares o número de instares larvais foi constante e igual a 6. As lagartas foram maiores à 20°C, independente da alimentação, sendo mais pesadas nos 4º e 5º instares em dieta artificial, independente da temperatura. A duração do período pupal foi maior em meio artificial e decresceu com o aumento térmico. O peso médio das pupas em dieta natural foi maior nas temperaturas de 20 e 25°C e em dieta artificial o peso maior foi obtido à 20°C. A viabilidade nessa fase foi mais baixa nas temperaturas extremas em meio artificial, e em meio natural na faixa de 20-25°C. A temperatura afetou diferentemente machos e fêmeas. A longevidade dos adultos diminuiu com o aumento térmico, independente da dieta. O período de pré-oviposição foi maior à 20°C nos dois meios utilizados. Não houve influência da dieta ou temperatura na capacidade de postura. A duração do ciclo de H. virescens foi maior em dieta natural, independente da temperatura. Essa dieta não foi nutricionalmente adequada, alterando a fisiologia do inseto. As temperaturas bases em meio artificial para as fases de ovo, lagarta, pré-pupa e pupa foram respectivamente: 9,2, 8,3, 14,6 e 14,5°C, sendo que a constante térmica foi de 625,69 GD. |
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Biologia comparada de Heliothis virescens (Fabr., 1781) (Lepidoptera-Noctuidae) a diferentes temperaturas, em meios natural e artificialCompared biology of Heliothis virescens (Fabr., 1781) (Lepidoptera-Noctuidae) at different temperatures, on natural and artificial mediaALGODÃOBIOLOGIALAGARTA-DA-MAÇÃ-DO-ALGODOEIROTEMPERATURAEssa pesquisa teve como objetivo comparar a biologia de Heliothis virescens (Fabr., 1781), em diferentes temperaturas, em meios natural e artificial, visando selecionar o substrato ideal para criação, e, através dos resultados obtidos em diferentes temperaturas, calcular a sua constante térmica, criando condições para elaboração de modelos matemáticos que facilitem a previsão da ocorrência desta praga. O ciclo biológico foi estudado em dietas natural (folhas de algodoeiro do cultivar IAC-17) e artificial (à base de germe de trigo), em câmaras climatizadas reguladas à 20, 25, 30 e 35°C, e mantidas à 60 ± 10% de UR e fotoperíodo de 14 horas. Foram observados os seguintes parâmetros biológicos: fase de ovo: período de incubação e viabilidade; fase de lagarta: duração, número de instares, duração de cada instar, comprimento de lagartas por instar, peso de lagarta por instar e viabilidade; fases de pré-pupa e pupa: duração da fase de pré-pupa, comprimento da pré- pupa, peso da pré-pupa, duração da fase pupal, peso da pupa, relação sexual e viabilidade pupal; fase adulta: longevidade, período de pré-oviposição e postura. Os resultados obtidos permitiram as seguintes conclusões: a duração da fase larval de H. virescens em dieta artificial foi menor do que em dieta natural e decresceu com o aumento da temperatura, sendo a viabilidade larval maior em meio artificial. Em ambos os substratos alimentares o número de instares larvais foi constante e igual a 6. As lagartas foram maiores à 20°C, independente da alimentação, sendo mais pesadas nos 4º e 5º instares em dieta artificial, independente da temperatura. A duração do período pupal foi maior em meio artificial e decresceu com o aumento térmico. O peso médio das pupas em dieta natural foi maior nas temperaturas de 20 e 25°C e em dieta artificial o peso maior foi obtido à 20°C. A viabilidade nessa fase foi mais baixa nas temperaturas extremas em meio artificial, e em meio natural na faixa de 20-25°C. A temperatura afetou diferentemente machos e fêmeas. A longevidade dos adultos diminuiu com o aumento térmico, independente da dieta. O período de pré-oviposição foi maior à 20°C nos dois meios utilizados. Não houve influência da dieta ou temperatura na capacidade de postura. A duração do ciclo de H. virescens foi maior em dieta natural, independente da temperatura. Essa dieta não foi nutricionalmente adequada, alterando a fisiologia do inseto. As temperaturas bases em meio artificial para as fases de ovo, lagarta, pré-pupa e pupa foram respectivamente: 9,2, 8,3, 14,6 e 14,5°C, sendo que a constante térmica foi de 625,69 GD.This research was carried out to compare the biology of Heliothis virescens (Fabr., 1781) at different temperatures, on natural and artificial media in order to select the ideal rearing medium and to calculate the insect thermal units, thus providing conditions necessary for making mathematical models to foresee the outbreaks of this pest. The life cycle was studied on natural diet (leaves of cotton cultivar IAC-17) and artificial diet (wheat germ as a basis) in a climatized chamber regulated at 20, 25, 30, and 35°C, relative humidity of 60 ± 10%, and a 14-hour photoperiod. The following biological parameters were observed: egg stage - incubation period and viability; larval stage - duration, number of instars, duration of each instar, larva length and weight per instar and viability; prepupal and pupal stages - duration of the prepupal period, prepupa length and weight, duration of the pupal period, pupa weight, sex-ratio and pupal viability; adult stage - longevity, preoviposition and oviposition periods. The results allowed to draw the following conclusions: - the larval period on the artificial diet was shorter than on the natural diet and decreased as temperature increased; the larval viability was higher on the natural diet; the number of instars was six on both media; the larvae were larger at 20°C regardless the food supply and heavier in the fourth and fifth instars on the artificial diet, regardless the temperature; the length of the pupal period was higher on the artificial medium and decreased as temperature increased; the mean weight of pupae from natural diet was higher at 20 and 25°C, while on the artificial diet the highest weight was obtained at 20°C; the viability of the pupal stage was lower at extreme temperatures on the artificial medium while on the natural one it ranged from 20 to 25°C; temperature did not affected males and females differently; adult longevity decreased as temperature increased, regardless the rearing medium; the preoviposition period was higher at 20°C on both diets; the capacity of oviposition was not influenced by the diets or the temperature; the length of the life cycle of H. virescens was higher on the natural diet, regardless the temperature and this diet was not nutritionally suitable as it altered the physiology of the insect. The threshold temperatures on the artificial medium for the egg, larva, prepupa, and pupa stages were 9.2, 8.3, 14.6, and 14,5°C, respectively, and the thermal unit was 625.69 degree - days.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliSouza, Antonia Railda Roel1982-01-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-153738/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-26T20:51:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-153738Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-26T20:51:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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