Confiabilidade e validade do Índice de prioridade de tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Renata Biella de Salles
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-13072011-163042/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo estimar a confiabilidade e validade do Índice de Prioridade de Tratamento (IPT) na avaliação das alterações oclusais, através da análise de 200 modelos selecionados do Arquivo de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, apresentando os diferentes tipos de má oclusão. Estes modelos foram avaliados em dois momentos, o primeiro, por uma comissão formada por 16 experientes ortodontistas que os avaliou subjetivamente quanto à severidade da má oclusão, dificuldade e duração do tratamento necessário. Em um segundo momento, os modelos foram avaliados através do IPT por dois ortodontistas previamente calibrados para a utilização do índice. A confiabilidade intraexaminador foi testada a partir da reavaliação de 50 pares de modelos e foi calculada pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI), além do teste t dependente. A confiabilidade interexaminador foi estimada sobre os 200 pares de modelos de estudo, sendo calculada pelo CCI e pelo teste t independente. Por fim, a validade do índice foi avaliada pelo comparando-se as médias dos valores obtidos pelo IPT e as percepções subjetivas através do coeficiente de correlação de Pearson. Por motivos comparativos, os modelos também foram analisados através do índice PAR (Peer Assessment Rating), que é um instrumento válido e amplamente aceito na avaliação dos resultados oclusais. Os resultados mostraram que o IPT, assim como o PAR, é um índice altamente reprodutível, uma vez que revelou altos níveis de concordância inter (ICC=0,97) e intraexaminador (ICC1=0,97 e ICC2= 0,96), e válido para investigar a severidade da má oclusão (R=0,25), dificuldade do tratamento (R=0,24) e duração do tratamento (R=0,29). No entanto, apesar de significantes, as correlações encontradas pelo IPT durante a validação foram muito fracas, principalmente em comparação com o índice PAR. Conclui-se, portanto, que o IPT apesar de reprodutível, possui pouca validade como um instrumento de avaliação das alterações oclusais.
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