Uso de monensina e óleos funcionais de mamona e caju em dietas com elevada proporção de concentrado fornecidas de forma abrupta para bovinos Nelore confinados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zotti, Claiton André
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-18082014-105554/
Resumo: Os aditivos alimentares monensina e óleos funcionais foram avaliados em dietas com elevada proporção de concentrado fornecida de forma abrupta a 12 novilhos canulados no rúmen. Foi utilizado delineamento de blocos ao acaso com medidas repetidas no tempo em dois períodos experimentais de 21 dias, com no mínimo seis semanas para readaptação dos animais à dieta volumosa (feno de Tifton). A dieta basal composta por 92,25% de concentrado (82,41% de milho quebrado, 6,78% de farelo de soja, 7,75% de feno de Tifton picado, 1,77% núcleo mineral e 1,29% ureia) foi fornecida no dia 1 de cada período experimental. Os animais receberam um dos aditivos alimentares, como seguem: sem aditivos (CTR), 400 mg de óleos funcionais de mamona e líquido da casca de caju/kg de MS ingerida (OF), 30 mg de monensina/kg de MS ingerida (M30) e 40 mg de monensina/kg de MS ingerida (M40). As variáveis ruminais e sanguíneas, o comportamento ingestivo e os microrganismos ruminais foram avaliados. Cada novilho foi considerado uma unidade experimental. Os dados foram analisados com o Proc Mixed, tendo o tempo após o fornecimento da alimentação como medidas repetidas. Animais alimentados com M40 reduziram a concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (P = 0,017), a concentração de lactato (P = 0,0012) e osmolaridade ruminal (P = 0,04). Houve interação entre tratamento e dias após transição abrupta sobre a ingestão de matéria seca expressa em kg/dia (P = 0,008) e peso corporal (P = 0,045), bem como para o pH médio do rúmen (P = 0,04), a proporção molar de propionato (P = 0,034) e a proporção molar de valerato (P = 0,031). O tratamento M30 apresentou a menor relação acetato:propionato (P = 0,03). Os tratamentos não alteraram o comportamento ingestivo (P ≥ 0,05) ou as atividades comportamentais (P ≥ 0,05), bem como a expressão relativa de F. Succinogenes (P = 0,465), S. bovis (P = 0,781) e M. elsdenii (P = 0,972). O tratamento CTR apresentou maior propensão à ocorrência de desbalanço no sistema ácido-básico do sangue. Porém, o volume globular sanguíneo, o pH e a osmolaridade do sangue não foram alteradas pelos tratamentos (P ≥ 0,05). Os aditivos alimentares utilizados em dietas com elevada proporção de concentrado fornecidas de forma abrupta agiram sob formas distintas na redução da acidose subclínica. De forma geral, a inclusão de OF e M40 não resultou em melhoria expressiva no ambiente ruminal diante da situação desafiadora da dieta, especialmente na primeira semana, quando o tratamento M30 apresentou melhor capacidade de estabilizar a fermentação ruminal.
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A dieta basal composta por 92,25% de concentrado (82,41% de milho quebrado, 6,78% de farelo de soja, 7,75% de feno de Tifton picado, 1,77% núcleo mineral e 1,29% ureia) foi fornecida no dia 1 de cada período experimental. Os animais receberam um dos aditivos alimentares, como seguem: sem aditivos (CTR), 400 mg de óleos funcionais de mamona e líquido da casca de caju/kg de MS ingerida (OF), 30 mg de monensina/kg de MS ingerida (M30) e 40 mg de monensina/kg de MS ingerida (M40). As variáveis ruminais e sanguíneas, o comportamento ingestivo e os microrganismos ruminais foram avaliados. Cada novilho foi considerado uma unidade experimental. Os dados foram analisados com o Proc Mixed, tendo o tempo após o fornecimento da alimentação como medidas repetidas. Animais alimentados com M40 reduziram a concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (P = 0,017), a concentração de lactato (P = 0,0012) e osmolaridade ruminal (P = 0,04). Houve interação entre tratamento e dias após transição abrupta sobre a ingestão de matéria seca expressa em kg/dia (P = 0,008) e peso corporal (P = 0,045), bem como para o pH médio do rúmen (P = 0,04), a proporção molar de propionato (P = 0,034) e a proporção molar de valerato (P = 0,031). O tratamento M30 apresentou a menor relação acetato:propionato (P = 0,03). Os tratamentos não alteraram o comportamento ingestivo (P ≥ 0,05) ou as atividades comportamentais (P ≥ 0,05), bem como a expressão relativa de F. Succinogenes (P = 0,465), S. bovis (P = 0,781) e M. elsdenii (P = 0,972). O tratamento CTR apresentou maior propensão à ocorrência de desbalanço no sistema ácido-básico do sangue. Porém, o volume globular sanguíneo, o pH e a osmolaridade do sangue não foram alteradas pelos tratamentos (P ≥ 0,05). Os aditivos alimentares utilizados em dietas com elevada proporção de concentrado fornecidas de forma abrupta agiram sob formas distintas na redução da acidose subclínica. De forma geral, a inclusão de OF e M40 não resultou em melhoria expressiva no ambiente ruminal diante da situação desafiadora da dieta, especialmente na primeira semana, quando o tratamento M30 apresentou melhor capacidade de estabilizar a fermentação ruminal.Monensin and functional oils were evaluated in high-concentrate diet abruptly fed to 12 ruminally canullated steers. A randomized complete block design with repeated measures over time within two experimental periods of 21 days each was used, with at least six weeks for readaptation of steers to forage diet. In the high-concentrate basal diet (92.25% of concentrate) the follow treatments were added: no additives (CTR); 400 mg of castor oil and cashew nut shell liquid/kg of DMI (FO); 30 mg monensin/kg of DMI (M30) and 40 mg monensin/kg of DMI (M40). The ruminal variables, blood metabolites, feeding behaviour and microbial variable were determined. Each steer was analysed as an experimental unit. Data were analysed by Proc Mixed with time after feeding used as repeated measures.Treatment M40 showed lower ruminal total short chain fatty acids (P = 0.017), lactate concentration (P = 0.0012) and osmolality (P = 0.04). The dry matter intake expressed by kg/day (P = 0.008) and porcenteage of body weight (P = 0.045), as well as mean rumen pH (P = 0.04), propionate (P = 0.034) and valerate (P = 0.031) molar proportion had significative interaction between treatment and day. The treatment M30 showed lower acetate:propionate ratio (P = 0.03). Treatments did not change the feed behaviour (P ≥ 0.05), behavioural activities (P ≥ 0.05), and relative expression of Fibrobacter succinogenes (P = 0.465), Streptococcus bovis (P = 0.781) and Megasphaera elsdenii (P = 0.972). The blood packed volume cell, osmolality and pH were unaffected by treatments (P ≥ 0.05), but high propensity to systemic acid-base imbalance were observed in CTR diet. Feed additives had different effects to reduce the subacute acidosis. The use of FO and M40 did not change most of the rumen fermentation variables, especially in the first week after abrupt transition, where M30 provided higher protection against acidosis.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLeme, Paulo RobertoRodrigues, Paulo Henrique MazzaZotti, Claiton André2014-05-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-18082014-105554/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:54Zoai:teses.usp.br:tde-18082014-105554Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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