Cisto ósseo simples: considerações sobre o diagnóstico e a possibilidade da cura espontânea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-07012015-101142/ |
Resumo: | O Cisto Ósseo Simples (COS) ou Cisto Ósseo Traumático (COT), é uma cavidade óssea não epitelizada, de conteúdo fluido sero-sanguinolento ou vazia. Muito se discute sobre sua etiopatogenia que ainda continua incerta. O tratamento de escolha ainda é a exploração cirúrgica, embora haja vários casos de sucesso descritos na literatura nos quais escolheu-se a proservação após criteriosa avaliação clínica e radiográfica. A porposta deste trabalho foi: 1) Analisar o estado atual de remodelação óssea espontânea em casos diagnosticados clínica e radiograficamente, sem cirurgia, que estão sendo seguidos por diferentes períodos de tempo (proservados). 2) Analisar a contribuição da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) no diagnóstico imaginológico do COS. 3) Comparar características do COS na radiografia panorâmica com as características encontradas no exame tomográfico. Foram selecionados 22 pacientes diagnosticados com COS e em acompanhamento clinico e radiográfico, segundo protocolo proposto por Damante et al. (2002). Dos 22 pacientes, 13 foram avaliados clinica e radiograficamente e nove pacientes foram avaliados apenas radiograficamente, através do banco de imagens do Departamento de Estomatologia. Foram avaliados 7 exames tomográficos, sendo que 6 deles também estavam disponíveis no banco de imagens. Três examinadores avaliaram as radiografias panorâmicas dos 22 pacientes e apenas 1 examinador avaliou as tomografias computadorizadas. Foi realizado o teste Kappa para calibração intra e interexaminador e aplicada uma estatística indutiva e descritiva aos resultados. Apenas um paciente apresentou resposta positiva à palpação e percussão dos dentes na região afetada. A concordância intra e interexaminador foi calculada pelo teste Kappa e valores satisfatórios foram encontrados. A maioria dos cistos avaliados foram classificados nas categorias 3, 4 ou 5 (em involução, quase completamente resolvido ou completamente resolvido, respectivamente). Das 7 TCFCs analisadas 6 demonstraram presença de adelgaçamento e perfuração de pelo menos uma das corticais. A amostra estudada evidenciou um processo de resolução espontânea do COS, uma vez que a maioria das lesões encontrou-se em processo de regressão ou já resolvidos, após diferentes períodos de acompanhamento. Isso reafirma as hipóteses presentes na literatura, sobre a possível resolução espontânea do COS, diante da qual a cirurgia torna-se desnecessária, uma vez que em sua maioria, são assintomáticos e não apresentam sinais clínicos. O exame tomográfico forneceu maiores detalhes imaginológicos do COS em relação à radiografia panorâmica, uma vez que foi possível detectar a presença de adelgaçamento e perfuração das corticais ósseas em 86% dos casos. |
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Cisto ósseo simples: considerações sobre o diagnóstico e a possibilidade da cura espontâneaSimple bone cyst: considerations on the diagnosis and the possibility of self-healingBone CystsBone RemodelingCistos ÓsseosCone-Beam Computed TomographyPanoramic RadiographyRadiografia PanorâmicaRemodelação ÓsseaTomografia Computadorizada de Feixe CônicoO Cisto Ósseo Simples (COS) ou Cisto Ósseo Traumático (COT), é uma cavidade óssea não epitelizada, de conteúdo fluido sero-sanguinolento ou vazia. Muito se discute sobre sua etiopatogenia que ainda continua incerta. O tratamento de escolha ainda é a exploração cirúrgica, embora haja vários casos de sucesso descritos na literatura nos quais escolheu-se a proservação após criteriosa avaliação clínica e radiográfica. A porposta deste trabalho foi: 1) Analisar o estado atual de remodelação óssea espontânea em casos diagnosticados clínica e radiograficamente, sem cirurgia, que estão sendo seguidos por diferentes períodos de tempo (proservados). 2) Analisar a contribuição da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) no diagnóstico imaginológico do COS. 3) Comparar características do COS na radiografia panorâmica com as características encontradas no exame tomográfico. Foram selecionados 22 pacientes diagnosticados com COS e em acompanhamento clinico e radiográfico, segundo protocolo proposto por Damante et al. (2002). Dos 22 pacientes, 13 foram avaliados clinica e radiograficamente e nove pacientes foram avaliados apenas radiograficamente, através do banco de imagens do Departamento de Estomatologia. Foram avaliados 7 exames tomográficos, sendo que 6 deles também estavam disponíveis no banco de imagens. Três examinadores avaliaram as radiografias panorâmicas dos 22 pacientes e apenas 1 examinador avaliou as tomografias computadorizadas. Foi realizado o teste Kappa para calibração intra e interexaminador e aplicada uma estatística indutiva e descritiva aos resultados. Apenas um paciente apresentou resposta positiva à palpação e percussão dos dentes na região afetada. A concordância intra e interexaminador foi calculada pelo teste Kappa e valores satisfatórios foram encontrados. A maioria dos cistos avaliados foram classificados nas categorias 3, 4 ou 5 (em involução, quase completamente resolvido ou completamente resolvido, respectivamente). Das 7 TCFCs analisadas 6 demonstraram presença de adelgaçamento e perfuração de pelo menos uma das corticais. A amostra estudada evidenciou um processo de resolução espontânea do COS, uma vez que a maioria das lesões encontrou-se em processo de regressão ou já resolvidos, após diferentes períodos de acompanhamento. Isso reafirma as hipóteses presentes na literatura, sobre a possível resolução espontânea do COS, diante da qual a cirurgia torna-se desnecessária, uma vez que em sua maioria, são assintomáticos e não apresentam sinais clínicos. O exame tomográfico forneceu maiores detalhes imaginológicos do COS em relação à radiografia panorâmica, uma vez que foi possível detectar a presença de adelgaçamento e perfuração das corticais ósseas em 86% dos casos.Simple Bone Cyst (SBC) or Traumatic Bone Cyst (TBC) is a non- epithelialized bone cavity, with sero-bloody fluid or empty content. There is debate regarding its pathogenesis that still remains unclear. The treatment of choice is still the surgical exploration, although there are successful cases described in the literature in which just the follow-up with clinical and radiographic evaluation were done. 1)To analyze the current state of spontaneous bone remodeling (self-healing) in cases diagnosed clinically and radiographically without surgery, being followed by different periods of time. 2) Analyze the contribution of Cone Beam Computed Tomography (CBCT) imaging in the diagnosis of SBC. 3) To compare the characteristics of SBC panoramic radiograph with features found on CT scan. Twenty-two patients diagnosed with SBC without surgery and submitted to Damante et al. protocol of follow-up (2002), were selected. Thirteen patients (13/22) were evaluated clinically and radiographically and nine patients (9/22) were evaluated only radiographically. Of these 22 patients, 7 patients had CT scans in the images database and these exams were evaluated too. Three observers evaluated the panoramic radiographs of 22 patients and only one examiner evaluated the CT scans. Kappa test was performed for intra and inter-calibration and inductive an descriptive statistics was applied to the results. Only one patient had a positive response to palpation and percussion of the teeth in the cyst area. The intra and inter agreement was calculated by Kappa test and values were found satisfactory. Most of the cysts evaluated were rated as 3, 4 or 5 (\"remodeling,\" \"almost completely resolved\" or \"completely resolved,\" respectively). Six of the 7 TCFCs analyzed showed the presence of thinning and perforation of at least one bone cortical. The study showed a process of spontaneous resolution (self-healing) of the SBC, since most cysts found in the regression process and resolved after different follow-up periods. This reaffirms the assumptions in the literature about the spontaneous resolution of the SBC, since the majority are asymptomatic and do not exhibit clinical signs. A CT scan can give new information about the imaging aspects of SBC, since it was possible to detect the presence of thinning and perforation of cortical bone in 86% of cases.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDamante, Jose HumbertoBattisti, Maíra de Paula Leite2014-07-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-07012015-101142/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-15T12:29:02Zoai:teses.usp.br:tde-07012015-101142Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-15T12:29:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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