Resposta terapêutica e tempo de sobrevida dos imunobiológicos em pacientes com psoríase moderada a grave
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-11122019-102844/ |
Resumo: | Introdução:A psoríase é uma doença inflamatória crônica e recorrente, imunomediada, que pode acometer pele e articulações, com grande impacto no bem estar físico e na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. As formas moderada a grave da doença classicamente demandam pronta intervenção por meio de terapêuticas sistêmicas. Com o advento dos imunobiológicos, houve substancial ganho em relação à eficácia e segurança dos tratamentos, porém dúvidas para se determinar qual a melhor droga para cada paciente e qual resposta a longo prazo ainda impactam a decisão terapêutica acertada. Objetivo: Analisar a resposta terapêutica dos imunobiológicos em pacientes portadores de psoríase moderada a grave com ênfase na sobrevida dos imunobiológicos. Métodos: Os pacientes do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com diagnóstico de psoríase moderada a grave foram acompanhados no período de junho de 2016 a julho de 2018 e avaliados quanto à resposta a tratamentos prévios e com imunobiológicos (etanercepte, infliximabe, adalimumabe, ustequinumabe e secuquinumabe). Foram considerados os efeitos colaterais e motivos de descontinuação de cada imunobiológico, com ênfase no tempo de sobrevida da droga. Resultados: Em um total de 110 pacientes, 229 tratamentos imunobiológicos foram realizados, sendo 64 com ustequinumabe (28%), 56 com etanercepte (24,4%), 52 com adalimumabe (22,7%), 35 com infliximabe (15,3%) e 22 com secuquinumabe (9,6%). Pacientes tratados com secuquinumabe apresentaram melhor sobrevida da droga em dois anos (89,5%), seguidos daqueles em uso de ustequinumabe (79,4%)enquanto aqueles que utilizaram infliximabe apresentaram menor sobrevida (21,9%)sendo p < 0,01. Ao analisar a resposta terapêutica de acordo com a exposição prévia a diferentes imunobiológicos, tanto os pacientes sem exposição prévia (primeira linha) quanto os pacientes com exposição prévia a um único imunobiológico (segunda linha) apresentaram melhor sobrevida da droga com o ustequinumabe. Após dois anos de acompanhamento, 89,2% dos pacientes de primeira linha e 83,3% dos pacientes de segunda linha ainda estavam em uso do ustequinumabe (p=0,003). A causa mais frequente para a interrupção temporária foi a falta de fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a maior causa de interrupção definitiva foi a falha secundária (perda de resposta após melhora inicial)ao tratamento indicado.Conclusão:O secuquinumabe e o ustequinumabe apresentaram melhor sobrevida de tratamento em dois anos de acompanhamento. Por outro lado, a falta da medicação obtida por meio do SUS foi a principal causa de descontinuação temporária, reforçando a importância de fornecimento contínuo e regular da terapêutica imunobiológica. A falha secundária foi o principal motivo de descontinuação definitiva do tratamento indicado, salientando a necessidade de avaliar os dados de eficácia a longo prazo ao indicar um imunobiológico. Limitações: O tempo relativamente curto de seguimento dos pacientes, bem como o número variável de tratamentos imunobiológicos utilizados por cada paciente representaram as principais limitações deste estudo |
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Resposta terapêutica e tempo de sobrevida dos imunobiológicos em pacientes com psoríase moderada a graveTherapeutic response and survival time of immunobiologicals in patients with moderate to severe psoriasisAdalimumabAdalimumabeAdesão à medicaçãoEtanerceptEtanercepteInfliximabInfliximabePersistencePersistênciaPsoríasePsoriasisSecukinumabSecuquinumabeSobrevidaSurvivalTreatment adherence and complianceUstekinumabUstequinumabeIntrodução:A psoríase é uma doença inflamatória crônica e recorrente, imunomediada, que pode acometer pele e articulações, com grande impacto no bem estar físico e na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. As formas moderada a grave da doença classicamente demandam pronta intervenção por meio de terapêuticas sistêmicas. Com o advento dos imunobiológicos, houve substancial ganho em relação à eficácia e segurança dos tratamentos, porém dúvidas para se determinar qual a melhor droga para cada paciente e qual resposta a longo prazo ainda impactam a decisão terapêutica acertada. Objetivo: Analisar a resposta terapêutica dos imunobiológicos em pacientes portadores de psoríase moderada a grave com ênfase na sobrevida dos imunobiológicos. Métodos: Os pacientes do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com diagnóstico de psoríase moderada a grave foram acompanhados no período de junho de 2016 a julho de 2018 e avaliados quanto à resposta a tratamentos prévios e com imunobiológicos (etanercepte, infliximabe, adalimumabe, ustequinumabe e secuquinumabe). Foram considerados os efeitos colaterais e motivos de descontinuação de cada imunobiológico, com ênfase no tempo de sobrevida da droga. Resultados: Em um total de 110 pacientes, 229 tratamentos imunobiológicos foram realizados, sendo 64 com ustequinumabe (28%), 56 com etanercepte (24,4%), 52 com adalimumabe (22,7%), 35 com infliximabe (15,3%) e 22 com secuquinumabe (9,6%). Pacientes tratados com secuquinumabe apresentaram melhor sobrevida da droga em dois anos (89,5%), seguidos daqueles em uso de ustequinumabe (79,4%)enquanto aqueles que utilizaram infliximabe apresentaram menor sobrevida (21,9%)sendo p < 0,01. Ao analisar a resposta terapêutica de acordo com a exposição prévia a diferentes imunobiológicos, tanto os pacientes sem exposição prévia (primeira linha) quanto os pacientes com exposição prévia a um único imunobiológico (segunda linha) apresentaram melhor sobrevida da droga com o ustequinumabe. Após dois anos de acompanhamento, 89,2% dos pacientes de primeira linha e 83,3% dos pacientes de segunda linha ainda estavam em uso do ustequinumabe (p=0,003). A causa mais frequente para a interrupção temporária foi a falta de fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a maior causa de interrupção definitiva foi a falha secundária (perda de resposta após melhora inicial)ao tratamento indicado.Conclusão:O secuquinumabe e o ustequinumabe apresentaram melhor sobrevida de tratamento em dois anos de acompanhamento. Por outro lado, a falta da medicação obtida por meio do SUS foi a principal causa de descontinuação temporária, reforçando a importância de fornecimento contínuo e regular da terapêutica imunobiológica. A falha secundária foi o principal motivo de descontinuação definitiva do tratamento indicado, salientando a necessidade de avaliar os dados de eficácia a longo prazo ao indicar um imunobiológico. Limitações: O tempo relativamente curto de seguimento dos pacientes, bem como o número variável de tratamentos imunobiológicos utilizados por cada paciente representaram as principais limitações deste estudoIntroduction: Psoriasis is a chronic, recurrent, inflammatory and immunomediated disorder, that can affect skin and joints, with great impact on the physical well-being and the quality of life of affected individuals. Moderate to severe forms of the disease classically demand prompt intervention through systemic therapies. With the advent of immunobiologicals, there has been substantial gain in relation to the efficacy and safety of treatments. However, doubts in determining the best drug for each patient and the response in the long run still have great impact on the right therapeutic decision. Objective: Analyse the therapeutic response using the immunobiologicals in patients with moderate to severe psoriasis with emphasis on its drug survival. Methods: The patients of the Psoriasis Unit of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo with a diagnosis of moderate to severe psoriasis were followed from June 2016 to July 2018 and were assessed according to the response to prior treatments and immunobiologicals (etanercept, adalimumab, infliximab, ustekinumab, secukinumab).Side effects and reasons for the interruption were considered with emphasis on drug survival. Results: 229 treatments were performed on a total of 110 patients; 64 of which with ustekinumab (28%), 56 with etanercept (24.4%), 52 with adalimumab (22.7%), 35 with infliximab (15.3%) and 22 with secukinumab (9.6%). Patients treated with secukinumab showed better drug survival in a two-year follow-up (89.5%), followed by those in use of ustekinumab (79.4%). The infliximab showed the lowest survival with 21.9% in two years (p < 0.01). To analyze the therapeutic response in accordance with prior exposure to different immunobiologicals, both patients without prior exposure (first line) and patients with prior exposure to a single immunobiological (second line) presented better survival with ustekinumab. After a two-year follow-up, 89.2% of first line patients and 83.3% of second line patients were still in use of ustekinumab (p = 0.003). The most frequent cause for temporary interruption was the lack of supply by the unified health system (SUS) and the biggest cause of definitive interruption was secondary failure(lack of response after inicial good response).Conclusion: The secukinumab and the ustekinumab showed better survival rate treatment in two years. On the other hand, interruption of medication delivered by the SUS was the main cause of temporary interruption, reinforcing the importance of continuous supply of immunobiological therapy. Secondary failure was the main reason of definitive interruption of treatment indicated, noting the need to assess the long-term effectiveness data to indicate the immunobiological. Limitations: The short follow up time, as well as the variable number of immunobiological treatments used for each patient, represent the main limitations of this studyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRomiti, RicardoMota, Cynthia Cristina Ferreira2019-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-11122019-102844/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-11T17:41:02Zoai:teses.usp.br:tde-11122019-102844Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-11T17:41:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução:A psoríase é uma doença inflamatória crônica e recorrente, imunomediada, que pode acometer pele e articulações, com grande impacto no bem estar físico e na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. As formas moderada a grave da doença classicamente demandam pronta intervenção por meio de terapêuticas sistêmicas. Com o advento dos imunobiológicos, houve substancial ganho em relação à eficácia e segurança dos tratamentos, porém dúvidas para se determinar qual a melhor droga para cada paciente e qual resposta a longo prazo ainda impactam a decisão terapêutica acertada. Objetivo: Analisar a resposta terapêutica dos imunobiológicos em pacientes portadores de psoríase moderada a grave com ênfase na sobrevida dos imunobiológicos. Métodos: Os pacientes do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com diagnóstico de psoríase moderada a grave foram acompanhados no período de junho de 2016 a julho de 2018 e avaliados quanto à resposta a tratamentos prévios e com imunobiológicos (etanercepte, infliximabe, adalimumabe, ustequinumabe e secuquinumabe). Foram considerados os efeitos colaterais e motivos de descontinuação de cada imunobiológico, com ênfase no tempo de sobrevida da droga. Resultados: Em um total de 110 pacientes, 229 tratamentos imunobiológicos foram realizados, sendo 64 com ustequinumabe (28%), 56 com etanercepte (24,4%), 52 com adalimumabe (22,7%), 35 com infliximabe (15,3%) e 22 com secuquinumabe (9,6%). Pacientes tratados com secuquinumabe apresentaram melhor sobrevida da droga em dois anos (89,5%), seguidos daqueles em uso de ustequinumabe (79,4%)enquanto aqueles que utilizaram infliximabe apresentaram menor sobrevida (21,9%)sendo p < 0,01. Ao analisar a resposta terapêutica de acordo com a exposição prévia a diferentes imunobiológicos, tanto os pacientes sem exposição prévia (primeira linha) quanto os pacientes com exposição prévia a um único imunobiológico (segunda linha) apresentaram melhor sobrevida da droga com o ustequinumabe. Após dois anos de acompanhamento, 89,2% dos pacientes de primeira linha e 83,3% dos pacientes de segunda linha ainda estavam em uso do ustequinumabe (p=0,003). A causa mais frequente para a interrupção temporária foi a falta de fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a maior causa de interrupção definitiva foi a falha secundária (perda de resposta após melhora inicial)ao tratamento indicado.Conclusão:O secuquinumabe e o ustequinumabe apresentaram melhor sobrevida de tratamento em dois anos de acompanhamento. Por outro lado, a falta da medicação obtida por meio do SUS foi a principal causa de descontinuação temporária, reforçando a importância de fornecimento contínuo e regular da terapêutica imunobiológica. A falha secundária foi o principal motivo de descontinuação definitiva do tratamento indicado, salientando a necessidade de avaliar os dados de eficácia a longo prazo ao indicar um imunobiológico. Limitações: O tempo relativamente curto de seguimento dos pacientes, bem como o número variável de tratamentos imunobiológicos utilizados por cada paciente representaram as principais limitações deste estudo |
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