Cooperação e Rotas Tecnológicas para o desenvolvimento de tecnologias sobre energia solar fotovoltaica: uma análise baseada em patentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulo, Alex Fabianne de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-25062019-095212/
Resumo: O desafio para amenizar a degradação do meio ambiente, principalmente referente às mudanças climáticas, tem levado a um aumento no interesse em mecanismos que incentivem o desenvolvimento e a adoção de tecnologias verdes. Uma dessas tecnologias refere-se à exploração de energia por meio da radiação solar. Por meio de patentes sobre energia fotovoltaica (PV) classificadas no IPC Green Inventory e depositadas entre 1998, esta pesquisa tem como objetivo compreender se as organizações proprietárias das tecnologias PV emergentes as desenvolvem por meio de cooperação tecnológica. A identificação das tecnologias emergentes ocorre por meio da análise de rotas tecnológicas bem como na observação da cooperação tecnológica entre titulares de patentes PV obtidas utilizando a metodologia de análise de redes sociais. Assim, foi possível descrever o perfil dos titulares das patentes PV, identificar as rotas e as tecnologias mais emergentes e promissoras e ainda mapear/caracterizar as redes de cooperação formada pelos titulares dessas patentes. Os resultados permitiram constatar que as organizações detentoras das principais patentes PV priorizam os seus desenvolvimentos exclusivamente nas suas áreas internas de P&D, abrindo mão de vantagens amplamente discutidas na literatura sobre a cooperação tecnológica. Também se concluiu que a indústria PV é predominante fechada, com relações de cooperação prioritárias entre organizações de mesma nacionalidade, organizações japonesas e americanas são as maiores influenciadoras nessas redes de cooperação e a base tecnológica para as tecnologias PV mais emergentes estão concentrados nos escritórios em patentes dos Estados Unidos e Japão. Além disso, a China tem evoluído exponencialmente na produção de patentes PV, mas ainda não se destaca como principal influenciador no desenvolvimento de inovações PV e as rotas tecnológicas também denotam um perfil de desenvolvimento não-colaborativo, com foco em criação interna ou aquisição de pesquisadores independentes. Os resultados também permitiram constatar o papel insignificante do Brasil no desenvolvimento de tecnologias PV. Apesar da crescente evolução nos últimos anos, os esforços têm sido tímidos e focados no fomento à geração de energia PV e não no desenvolvimento deste tipo de tecnologia. Apesar deste contexto, um conjunto de recomendações é dado para alavancar o potencial de desenvolvimento de tecnologias PV pelo Brasil com base em lições de países como China, Estados Unidos e Japão. Estes resultados também podem auxiliar pesquisadores, empresas e/ou universidades na identificação de tecnologias emergentes para a indústria PV. Além disso, pode apoiar nas decisões estratégicas sobre P&D, na priorização de investimentos, na identificação de potenciais parcerias (ou concorrentes) para desenvolvimento tecnológico e colaborar na definição de políticas públicas pautadas no fomento ao desenvolvimento e uso de energia PV
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Por meio de patentes sobre energia fotovoltaica (PV) classificadas no IPC Green Inventory e depositadas entre 1998, esta pesquisa tem como objetivo compreender se as organizações proprietárias das tecnologias PV emergentes as desenvolvem por meio de cooperação tecnológica. A identificação das tecnologias emergentes ocorre por meio da análise de rotas tecnológicas bem como na observação da cooperação tecnológica entre titulares de patentes PV obtidas utilizando a metodologia de análise de redes sociais. Assim, foi possível descrever o perfil dos titulares das patentes PV, identificar as rotas e as tecnologias mais emergentes e promissoras e ainda mapear/caracterizar as redes de cooperação formada pelos titulares dessas patentes. Os resultados permitiram constatar que as organizações detentoras das principais patentes PV priorizam os seus desenvolvimentos exclusivamente nas suas áreas internas de P&D, abrindo mão de vantagens amplamente discutidas na literatura sobre a cooperação tecnológica. Também se concluiu que a indústria PV é predominante fechada, com relações de cooperação prioritárias entre organizações de mesma nacionalidade, organizações japonesas e americanas são as maiores influenciadoras nessas redes de cooperação e a base tecnológica para as tecnologias PV mais emergentes estão concentrados nos escritórios em patentes dos Estados Unidos e Japão. Além disso, a China tem evoluído exponencialmente na produção de patentes PV, mas ainda não se destaca como principal influenciador no desenvolvimento de inovações PV e as rotas tecnológicas também denotam um perfil de desenvolvimento não-colaborativo, com foco em criação interna ou aquisição de pesquisadores independentes. Os resultados também permitiram constatar o papel insignificante do Brasil no desenvolvimento de tecnologias PV. Apesar da crescente evolução nos últimos anos, os esforços têm sido tímidos e focados no fomento à geração de energia PV e não no desenvolvimento deste tipo de tecnologia. Apesar deste contexto, um conjunto de recomendações é dado para alavancar o potencial de desenvolvimento de tecnologias PV pelo Brasil com base em lições de países como China, Estados Unidos e Japão. Estes resultados também podem auxiliar pesquisadores, empresas e/ou universidades na identificação de tecnologias emergentes para a indústria PV. Além disso, pode apoiar nas decisões estratégicas sobre P&D, na priorização de investimentos, na identificação de potenciais parcerias (ou concorrentes) para desenvolvimento tecnológico e colaborar na definição de políticas públicas pautadas no fomento ao desenvolvimento e uso de energia PVThe challenge of mitigating the environment degradation, especially issues related to climate change, has led to an increase in interest in mechanisms that encourage development and adoption of green technologies. So, fostering innovation and development of green technologies becomes necessary for environmental and business sustainability. One of them, based on renewable and non-polluting resources, refers to the exploitation of energy through solar radiation called photovoltaic (PV). Through PV energy patents classified in the IPC Green Inventory and applied from 1998 to 2017 in the world\'s leading patent offices, this research aims to understand if assignees of emerging PV technologies develop them through technological cooperation. The identification of emerging technologies occurs using analysis of technological routes as well as the observation of technological cooperation between PV assignees is designed by analysis of social networks. Thus, it was possible to describe the profile of PV patents assignees, identify the technological routes and most promising and emerging PV technologies, and characterize technological cooperation between PV assignees. The findings pointed out that the organizations that own main PV patents prioritize their development exclusively in their internal R&D areas, leaving aside the widely discussed advantages of technological cooperation. It was also concluded that PV industry is predominantly closed in a collaborative point of view, prioritize relations between organizations of the same nationality, Japanese and American organizations are the major influencers in the cooperation networks of PV assignees and technological base of the most emerging technologies are concentrated in patent offices in the USA and Japan. In addition, China has evolved exponentially in PV patents production but still does not stand out as the main influencer in the development of PV innovations and the technological routes also denote a profile of non-collaborative development, with focus on internal creation or acquisition of independent researchers. The results also allowed us to verify the insignificant role of Brazil in the development of PV technologies. Despite the growing trend in recent years, efforts have been timid and focused on fostering PV power generation and not on the development of this type of technology. Despite this context, a set of recommendations is given to leverage the potential for development of PV technologies by Brazil based on lessons from countries such as China, the United States and Japan. These results may assist researchers, companies and universities to identify emerging technologies in the PV industry. In addition, it can support strategic decisions on R&D, prioritize investments, identify potential partnerships (or competitors) for technological development and collaborate in the definition of public policies based on development and use of PV solar energyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPorto, Geciâne SilveiraPaulo, Alex Fabianne de2019-05-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-25062019-095212/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-20T23:19:20Zoai:teses.usp.br:tde-25062019-095212Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:19:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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