Proporção de pessoas soropositivas ao HIV diagnosticadas em ambiente hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17092020-095020/ |
Resumo: | Introdução: A aids é uma manifestação clínica decorrente da infecção pelo vírus da imudeficiência humana. No Brasil de 1980 a junho 2019 foram notificados 966.058 casos de aids, com média de 39 mil novos casos nos últimos cinco anos. A maior incidência concentra- se nos indivíduos de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, porém nota-se envelhecimento da população e aumento do diagnóstico tardio. A apresentação tardia leva ao atraso no tratamento, ao aumento da mortalidade e da transmissão do vírus. Objetivo: Analisar a proporção e percepções de pacientes hospitalizados diagnosticados em fases tardias da infecção pelo HIV. Materiais e Métodos: Estudo misto, analítico e descritivo. Desenvolvido em um serviço de atendimento hospitalar, composto por pacientes que tiveram o diagnóstico em fases tardias da infecção pelo HIV durante internação no período de janeiro de 2014 a agosto de 2019. Foram analisados prontuários, fichas de notificações e realizado entrevistas com os recém-diagnosticado. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa através do número CAAE 03221272.0.0000.5438. Resultados: Compuseram a amostra 136 pacientes diagnosticados em fases tardias da infecção pelo HIV com faixa etária entre 20 e 76 anos e média de 44,2 anos. 68,4% eram do sexo masculino, 63,2% brancos, 64,7% solteiros, 40,4% possuíam o ensino fundamental incompleto, 54,4% eram tabagistas e 48,5% etilistas. O período de internação variou de 1 a 69 dias, com média de 13,4 dias e 39,7% evoluíram a óbito. A principal causa de internação foi febre 19,1% e o diagnóstico de internação foi pneumocistose (14,7%). Houve associação significante entre as variáveis: situação conjugal e sexo (p=0,001), diagnóstico de internação e mortalidade (p=0,004), número de dias internados e óbito (p<0,001) e número de dias internados e diagnóstico de internação (p<0,001). O acompanhamento da infecção pelo HIV nos serviços de saúde é visto como benefício adquirido. As barreiras ou dificuldades estão relacionadas ao abandono e/ou afastamento de amigos e companheiros, a autoestima, a depressão e ao preconceito tanto no âmbito familiar, social e trabalhista. Em quase todas as falas há o relato quanto à falta de informação na sociedade ocasionando o preconceito. Poucos consideraram a transmissão como um fator de risco. Considerações finais: 60,7% foram diagnosticados em fase tardia da infecção pelo HIV durante internação hospitalar. A maior lacuna permanece em aumentar o conhecimento sorológico das pessoas vivendo com HIV. Apesar das inúmeras estratégias e dos avanços na comunidade científica quanto à infecção a vulnerabilidade social e o preconceito permitem o avanço da epidemia, é necessário investimento em diagnóstico precoce, prevenção, intervenções e inovações nos programas que causem maior impacto. É indispensável à realização de novos estudos em pequenos centros populacionais que abordem o diagnóstico em fase tarda da infecção. |
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Proporção de pessoas soropositivas ao HIV diagnosticadas em ambiente hospitalarProportion of seropositive people diagnosed with HIV in a hospital settingAIDSAIDSDiagnóstico tardioHIVHIVHospitalizaçãoHospitalizationLate diagnosisIntrodução: A aids é uma manifestação clínica decorrente da infecção pelo vírus da imudeficiência humana. No Brasil de 1980 a junho 2019 foram notificados 966.058 casos de aids, com média de 39 mil novos casos nos últimos cinco anos. A maior incidência concentra- se nos indivíduos de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, porém nota-se envelhecimento da população e aumento do diagnóstico tardio. A apresentação tardia leva ao atraso no tratamento, ao aumento da mortalidade e da transmissão do vírus. Objetivo: Analisar a proporção e percepções de pacientes hospitalizados diagnosticados em fases tardias da infecção pelo HIV. Materiais e Métodos: Estudo misto, analítico e descritivo. Desenvolvido em um serviço de atendimento hospitalar, composto por pacientes que tiveram o diagnóstico em fases tardias da infecção pelo HIV durante internação no período de janeiro de 2014 a agosto de 2019. Foram analisados prontuários, fichas de notificações e realizado entrevistas com os recém-diagnosticado. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa através do número CAAE 03221272.0.0000.5438. Resultados: Compuseram a amostra 136 pacientes diagnosticados em fases tardias da infecção pelo HIV com faixa etária entre 20 e 76 anos e média de 44,2 anos. 68,4% eram do sexo masculino, 63,2% brancos, 64,7% solteiros, 40,4% possuíam o ensino fundamental incompleto, 54,4% eram tabagistas e 48,5% etilistas. O período de internação variou de 1 a 69 dias, com média de 13,4 dias e 39,7% evoluíram a óbito. A principal causa de internação foi febre 19,1% e o diagnóstico de internação foi pneumocistose (14,7%). Houve associação significante entre as variáveis: situação conjugal e sexo (p=0,001), diagnóstico de internação e mortalidade (p=0,004), número de dias internados e óbito (p<0,001) e número de dias internados e diagnóstico de internação (p<0,001). O acompanhamento da infecção pelo HIV nos serviços de saúde é visto como benefício adquirido. As barreiras ou dificuldades estão relacionadas ao abandono e/ou afastamento de amigos e companheiros, a autoestima, a depressão e ao preconceito tanto no âmbito familiar, social e trabalhista. Em quase todas as falas há o relato quanto à falta de informação na sociedade ocasionando o preconceito. Poucos consideraram a transmissão como um fator de risco. Considerações finais: 60,7% foram diagnosticados em fase tardia da infecção pelo HIV durante internação hospitalar. A maior lacuna permanece em aumentar o conhecimento sorológico das pessoas vivendo com HIV. Apesar das inúmeras estratégias e dos avanços na comunidade científica quanto à infecção a vulnerabilidade social e o preconceito permitem o avanço da epidemia, é necessário investimento em diagnóstico precoce, prevenção, intervenções e inovações nos programas que causem maior impacto. É indispensável à realização de novos estudos em pequenos centros populacionais que abordem o diagnóstico em fase tarda da infecção.Introduction: SIDA is clinical manifestation resulting from HIV infection. In Brazil from 1980 to June of 2019 have been notified 966.058 cases of SIDA, with an average of 39 thousand new cases in the last five years. The highest incidence is concentrates in individuals aged 25 to 39 years old, of both genders, however there is an aging of the population and an increase in late diagnosis. Late presentation leads to delayed treatment, increased mortality and virus transmission. Objective: To analyze the proportion of seropositive people diagnosed in a hospital setting. Materials e Methods: Mixed study, analytical and descriptive. Developed in a hospital care service, composed of patients who were diagnosed with HIV/SIDA seropositivity during hospitalization from January 2014 to August 2019. Medical records and notification forms were analyzed and interviews. Approved by CEP through number CAAE 03221272.0.0000.5438. Results: A sample comprised 136 HIV seropositive patients aged between 20 and 76 years old and an averaged of 44,2 years old. 68,4% were male, 63,2% were White, 64,7% were single, 40,4% had incomplete primary school, 54,4% were smokers and 48,5% were alcoholics. The hospitalization period ranged from 1 to 69 days, with an average of 13,4 days and 39,7% evolved to death. The main cause of hospitalization was fever 19,1% and the diagnosis of hospitalization was pneumocystosis (14,7%). There was a significant association between the variables: marital status and gender (p=0,001), diagnosis of hospitalization and mortality (p=0,004), number of days hospitalized and death (p<0,001). Monitoring HIV infection in health services is seen as an acquired benefit. Barriers or difficulties are related to abandonment and/or withdrawal from friends and companions, the self-esteem, depression, and prejudice in both families, social and labour area. In almost all speeches there is a report about the lack of information in society causing prejudice. Few considered transmission as a risk factor. Final considerations: 60,7 % were diagnosed in a hospital, the biggest gap remains in increasing the serological knowledge of HIV/SIDA patients. Despite the innumerable strategies and advances in the scientific community as for infection, social vulnerability and prejudice allows the epidemic to advance, investment in early diagnosis, prevention, interventions and innovations in programs that have the greates impact is necessary. It is essential to carry out new studies in small population centers that address late presentation in a hospital environment, as well as using the MCS in this population.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGir, ElucirBettarello, Viviana Colbacho2020-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17092020-095020/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-10-27T21:26:02Zoai:teses.usp.br:tde-17092020-095020Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-10-27T21:26:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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