Progressão da aterosclerose coronária entre os grupos diabéticos e não diabéticos avaliada pela coronariografia, em portadores de doença multiarterial, submetidos ao tratamento clínico, cirúrgico ou angioplastia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Góis, Aécio Flávio Teixeira de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-28092007-162549/
Resumo: Introdução: Estudos clínicos e epidemiológicos têm revelado aumento do risco de doença coronária nos pacientes portadores de diabetes mellitus. A progressão da aterosclerose coronária documentada angiograficamente é identificada e utilizada com freqüência na prática clínica. Entretanto, o seu significado prognóstico ainda é pouco conhecido. Neste estudo, analisamos o significado dessa progressão em uma amostra de pacientes diabéticos e não diabéticos, portadores de doença arterial coronária e submetidos ao tratamento clínico, angioplastia ou cirurgia. Métodos. Foram avaliados 392 pacientes com cineangiocoronariografia inicial e após cinco anos de seguimento. A progressão foi definida como o surgimento de uma nova lesão ou o aumento em cerca de 20% de uma lesão prévia. A identificação da progressão foi realizada em pacientes submetidos previamente aos tratamentos clínico, cirúrgico e angioplastia. A progressão da doença foi analisada nos territórios correspondentes das artérias descendente anterior, circunflexa e coronária direita. A amostra englobou um grupo de 138 pacientes diabéticos e 254 pacientes não diabéticos. Dos 392 pacientes da amostra, formaram-se os seguintes grupos de intervenção: RCM (n=136) - 57 diabéticos e 79 não diabéticos; ATC (n=146) - 42 diabéticos e 104 não diabéticos; TM (n=110) - 38 diabéticos e 72 não diabéticos. Também se analisou também o percentual de progressão da doença, correlacionando-a com os fatores de risco e com a necessidade de novas intervenções. Resultados. Não se observou nenhuma diferença entre os grupos diabéticos e não diabéticos quanto à idade, sexo, HAS, tabagismo e distúrbios lipídicos. Além disso, não se demonstraram diferenças de progressão nesta amostra, quando comparados o grupo dos diabéticos e o de não diabéticos; entretanto, quando estratificados por intervenção, observou-se menor progressão da doença nos pacientes do grupo cirúrgico com diabetes mellitus (69,7%, p=0,014). Por outro lado, observou-se maior progressão no território das artérias descendente anterior (71,5%) e coronária direita (64,3%) dos pacientes diabéticos submetidos à angioplastia (p=0,024, p=0,047). Conclusão. Os resultados deste estudo permitiram concluir que, em cinco anos, o diabetes mellitus não impôs maior progressão angiográfica da doença aterosclerótica quando se compararam os grupos de pacientes diabéticos e de não diabéticos. Entretanto, a análise dos pacientes diabéticos submetidos a ATC revelou significativo aumento da progressão da doença nos territórios da coronária direita e da descendente anterior. Por outro lado, os pacientes diabéticos do grupo cirúrgico apresentaram menor progressão da doença.
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Neste estudo, analisamos o significado dessa progressão em uma amostra de pacientes diabéticos e não diabéticos, portadores de doença arterial coronária e submetidos ao tratamento clínico, angioplastia ou cirurgia. Métodos. Foram avaliados 392 pacientes com cineangiocoronariografia inicial e após cinco anos de seguimento. A progressão foi definida como o surgimento de uma nova lesão ou o aumento em cerca de 20% de uma lesão prévia. A identificação da progressão foi realizada em pacientes submetidos previamente aos tratamentos clínico, cirúrgico e angioplastia. A progressão da doença foi analisada nos territórios correspondentes das artérias descendente anterior, circunflexa e coronária direita. A amostra englobou um grupo de 138 pacientes diabéticos e 254 pacientes não diabéticos. Dos 392 pacientes da amostra, formaram-se os seguintes grupos de intervenção: RCM (n=136) - 57 diabéticos e 79 não diabéticos; ATC (n=146) - 42 diabéticos e 104 não diabéticos; TM (n=110) - 38 diabéticos e 72 não diabéticos. Também se analisou também o percentual de progressão da doença, correlacionando-a com os fatores de risco e com a necessidade de novas intervenções. Resultados. Não se observou nenhuma diferença entre os grupos diabéticos e não diabéticos quanto à idade, sexo, HAS, tabagismo e distúrbios lipídicos. Além disso, não se demonstraram diferenças de progressão nesta amostra, quando comparados o grupo dos diabéticos e o de não diabéticos; entretanto, quando estratificados por intervenção, observou-se menor progressão da doença nos pacientes do grupo cirúrgico com diabetes mellitus (69,7%, p=0,014). Por outro lado, observou-se maior progressão no território das artérias descendente anterior (71,5%) e coronária direita (64,3%) dos pacientes diabéticos submetidos à angioplastia (p=0,024, p=0,047). Conclusão. Os resultados deste estudo permitiram concluir que, em cinco anos, o diabetes mellitus não impôs maior progressão angiográfica da doença aterosclerótica quando se compararam os grupos de pacientes diabéticos e de não diabéticos. Entretanto, a análise dos pacientes diabéticos submetidos a ATC revelou significativo aumento da progressão da doença nos territórios da coronária direita e da descendente anterior. Por outro lado, os pacientes diabéticos do grupo cirúrgico apresentaram menor progressão da doença.Background: Epidemiologic and clinical studies have shown an increased risk of coronary artery disease (CAD) among patients with diabetes mellitus (DM). Angiographic progression of coronary atherosclerosis is frequently observed in clinical practice and is used as an end-point in clinical trials; however, its prognostic significance is unclear. In this study, we prospectively analyzed the angiographic progression in diabetic and nondiabetic patients treated by medication, angioplasty or surgery. Methods: At baseline and 5- year follow-up angiograms were obtained in 392 randomized patients. Progression was defined as an increase in diameter of stenosis by >20% of at least one coronary lesion. We tried to assess the coronary disease progression in the clinical, surgical, and angioplasty groups in the LAD, LCX, and RCA arteries in diabetic (n=138) and nondiabetic patients (n=254). A total of 392 subjects randomly assigned to CABG (n=136), 57 diabetic and 79 non diabetic, PCI (n=146),42 diabetic and 104 non diabetic or medical treatment(n=110) 38 diabetic and 72 non diabetic Also, we analyzed the relation of the rate of progression with morbidity and the need for an additional intervention. Results: No significant differences in relation to age, sex, hypertension, smoking, or lipid disorders were observed between the groups. Furthermore, no differences concerning CAD progression were shown when diabetic and nondiabetic subject were compared. However, when the type of treatment was stratified, the surgery group had less progression in the diabetic group (69.7% p =0.014). On the other hand, more progression in the PCI group was observed in RCA (64.3 %) and LAD (71.5%) territories in diabetic group (p=0.047; p=0.024). No relation was found between progression and the rate of events in both groups. Conclusion: Diabetes was not associated with greater progression of CAD in patients with stable CAD and preserved ventricular function during 5-year follow-up. However, the diabetic patients who underwent PCI had more progression of CAD compared with nondiabetic subjects in RCA and LAD territories.The surgery group shown less progression of the disease in the diabetic group.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHueb, Whady ArmindoGóis, Aécio Flávio Teixeira de2007-08-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-28092007-162549/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:54Zoai:teses.usp.br:tde-28092007-162549Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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