Geologia de depósitos residuais bauxíticos na região de Lavrinhas, SP e sua viabilidade econômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Joel Barbujiani Sigolo
Data de Publicação: 1979
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.44.1979.tde-10062013-095519
Resumo: O trabalho em apreço faz parte de um estudo geológico de uma região bauxitizada no município de Lavrinhas no nordeste do Estado de São Paulo. Nesta área ocorrem vários depósitos bauxíticos, cujas rochas encaixantes estão representadas por rochas metamórficas pertencentes ao Grupo Paraíba do Sul e rochas ígneas alcalinas pertencentes ao Maciço Alcalino de Passa Quatro. A região mineralizada compreende uma faixa com cerca de 43 quilômetros circunscrevendo os Maciços Alcalinos de Passa Quatro e Itatiaia, bem como uma zona situada sobre os maciços, principalmente o de Passa Quatro. O acesso à área da Fazenda Mato Quieto - região básica deste estudo - se faz por rodovia que liga a cidade de Cruzeiro a de Lavrinhas, seguindo-se por estrada secundária que a liga ao distrito de Pinheiros para finalmente alcançar a Fazenda Mato Quieto, a qual dista cerca de 16 quilômetros de Cruzeiro em linha reta. As rochas metamórficas encaixantes da mineralização referidas como pertencentes ao Pré-Cambriano médio e superior, podem ser distinguidas em duas seqüências, a primeira e inferior, representada por gnaisses porfiroblásticos, granada gnaisses, sillimanita gnaisses e biotita-hornblenda gnaisses e, a segunda e superior, encontra-se representada por biotita gnaisses, quartzo-biotita xistos, quartzitos e migmatitos. As rochas alcalinas têm idade presumível Mesozóica (fins do Cretáceo). Os jazimentos bauxíticos estão associados a depósitos de talude, com idade Terciária, constituídos de material eluvionar, oriundo de rochas alcalinas e, em parcela menos expressiva, de rochas pertencentes ao embasamento cristalino. Alguns dos jazimentos ocorrem como colúvios, sob a forma de cones de dejeção, encaixados no próprio Maciço Alcalino de Passa Quatro. Outros encontram-se sob a forma eluvionar. Os jazimentos associados aos tálus e coluviões sobre o maciço, na forma de cones de dejeção, podem ser classificados como jazimentos alóctones, enquanto que os depósitos eluvionares podem ser classificados como jazimentos autóctones. A colocação dos depósitos residuais alóctones foi ditada em consoante com os efeitos tectônicos que se fizeram presentes na formação do Gráben do Paraíba do Sul, favorecendo a movimentação de grande volume de eluviões já mineralizados, com sua posterior distribuição por sobre rochas metamórficas, não possuindo, dessa forma relação genética com os depósitos bauxíticos. Acredita-se que a formação destes depósitos corresponde a um processo de bauxitização que precedeu a formação do Gráben do Paraíba do Sul, havendo predominância do processo de bauxitização direta o qual perdura até os dias atuais, embora já com predominância de bauxitização indireta. A existência de dois períodos de bauxitização proporcionou a formação de diferentes tipos de minério. A bauxitização direta favorece essencialmente a formação do minério graúdo totalmente bauxitizado ou parcialmente bauxitizado, enquanto que a bauxitização indireta favorece a formação do minério miúdo concrecionário e remobilizado. O primeiro processo precedeu aos eventos tectônicos que culminaram com a origem do Gráben do Paraíba do Sul, e o segundo processo tornou-se predominante, após o estabelecimento do gráben. O comportamento espacial dos corpos mineralizados não apresenta disposição geométrica definida, razão pela qual estão classificados como do tipo amas. Os corpos mineralizados, embora contendo pequenas reservas (em torno de 200 000 toneladas métricas), poderão ser explotados, posto que no total, as reservas atingem mais de 1,5 milhões de toneladas métricas, o que aliado a localização dos depósitos e a excelente qualidade do minério permitem seu aproveitamento econômico.
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