Cirurgia de catarata por facoemulsificação versus extração extracapsular, realizadas por médicos residentes: análise de custos e desfechos clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saad Filho, Roberto
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-07062017-111324/
Resumo: Introdução: A catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo e seu tratamento é exclusivamente cirúrgico, cujas técnicas mais difundidas são a extração extracapsular do cristalino (EECC) e a facoemulsificação (FACO). Objetivo: Avaliar custos e desfechos clínicos na cirurgia ambulatorial de catarata por FACO e EECC quando realizadas por médicos residentes do terceiro ano (R3). Material e Métodos: Foram avaliados os custos desses procedimentos, que incluíram: valores pagos aos profissionais, taxas hospitalares, materiais, medicamentos e equipamentos, e analisados os prontuários de pacientes operados por R3, utilizando as técnicas de FACO (n=576) e EECC (n=274), para obtenção de dados referentes à avaliação da acuidade visual (AV) pré-operatória e pós-operatória durante seis meses após a cirurgia, taxa de complicações intraoperatórias e ao número de consultas pós-operatórias. Resultados: O custo médio foi maior na FACO (USD 416) do que na EECC (USD 284), utilizando-se a conversão de moeda do dia 30 de dezembro de 2011. A AV média pré-operatória foi pior na EECC (1,73±0,62 logMAR) do que na FACO (0,74±0,54; p<0,01). O melhor resultado da AV média pós-operatória foi encontrado na FACO (0.21±0.36 logMAR) e na ECCE (0,63±0,63; p<0.01). No grupo FACO, 85% dos casos atingiram AV<=0,30 logMAR, já na EECC esse índice ocorreu em 45% deles (p<0.01). A taxa de complicações intraoperatórias foi menor na FACO (7,6%) do que na EECC (21%; p<0,01). A média de consultas pós-operatórias foi menor na FACO (4,5±2,4) versus EECC (5,6±2,3; p<0,01). Conclusão: Apesar de o custo médio da cirurgia ambulatorial de catarata atingir valor 46% maior na FACO, o uso desta técnica no ensino de R3 mostrou índice de complicações três vezes inferior, menor número de consultas pós-operatórias e melhores resultados para a AV pós-operatória do que os observados nas cirurgias por EECC.
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