Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-20032020-112333/ |
Resumo: | A estrongiloidíase é uma doença parasitária negligenciada causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis, geralmente assintomática, no entanto potencialmente fatal em indivíduos imunocomprometidos. Trata-se de uma infecção de difícil diagnóstico devido a pequena e irregular eliminação de larvas nas fezes. Espécies do gênero que infectam roedores, como Strongyloides venezuelensis, têm sido utilizadas para o estudo de aspectos envolvidos na relação parasito-hospedeiro, e como alternativa para produção de antígenos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão diferencial de proteínas nos estágios evolutivos de larva filarioide (L3) e fêmea parasita (FP) de S. venezuelensis, bem como utilizar o modelo experimental para verificar o reconhecimento de proteínas ao longo da infecção. A análise proteômica por Shotgun identificou um total de 1017 proteínas no extrato solúvel, considerando os dois estágios evolutivos, sendo 686 e 835 proteinas identificadas na L3 e na FP, respectivamente. Destas 56 proteínas foram diferencialmente expressas na L3 e 227 na FP. Das proteínas diferencialmente expressas na L3, pode-se observar uma grande quantidade de proteínas relacionadas com a atividade enzimática, algumas estruturais, além da galectina. Por outro lado, na FP foram identificadas proteínas relacionadas com a síntese proteica, com o processo de reprodução, e com a homeostase celular. Sabendo-se que o estágio de L3 de S. venezuelensis tem sido frequentemente utilizado como antígeno heterólogo foi realizada uma análise do seu conteúdo proteico total voltada para uma possível aplicação no contexto do imunodiagnóstico. Nesta abordagem, pode-se verificar que galectinas, catepsinas, metaloproteinases e proteína Zeta 14-3-3 possam fazer parte de um catálogo de possíveis alvos a serem explorados no diagnóstico da estrongiloidiase humana. E por fim, avaliou-se o reconhecimento de frações proteicas total e purificada (em coluna de ?-Lactose) obtidas de L3 de S. venezuelensis por anticorpos IgG presentes em amostras de animais infectados experimentalmente. A fração purificada representou a fração de galectina, como confirmado por Western-blotting utilizando anticorpo anti-galectina. Pode-se observar que ocorreu um aumento na produção de anticorpos IgG ao longo da infecção experimental, considerando a fração total. Por outro lado, foi observado uma produção constante de anticorpos frente a fração purificada ao longo da infecção. Os presentes resultados confirmam a utilização de diferentes frações antigênicas no contexto do imunodiagnóstico da infecção experimental por S. venezuelensis. Além disso destaca que a fração de galectina obtida de L3 de S. venezuelensis pode ser produzida em grandes quantidades, o que pode facilitar sua aplicação no futuro no diagnóstico de estrongiloidiase humana. |
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Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensisProteomic analysis of the evolutionary stages of Strongyloides venezuelensis filariform larvae and parasite femaleAnimal experimental infectionDiagnosisDiagnósticoEstrongiloidiaseInfecção experimental animalProteomicProteômicaStrongyloidiasisA estrongiloidíase é uma doença parasitária negligenciada causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis, geralmente assintomática, no entanto potencialmente fatal em indivíduos imunocomprometidos. Trata-se de uma infecção de difícil diagnóstico devido a pequena e irregular eliminação de larvas nas fezes. Espécies do gênero que infectam roedores, como Strongyloides venezuelensis, têm sido utilizadas para o estudo de aspectos envolvidos na relação parasito-hospedeiro, e como alternativa para produção de antígenos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão diferencial de proteínas nos estágios evolutivos de larva filarioide (L3) e fêmea parasita (FP) de S. venezuelensis, bem como utilizar o modelo experimental para verificar o reconhecimento de proteínas ao longo da infecção. A análise proteômica por Shotgun identificou um total de 1017 proteínas no extrato solúvel, considerando os dois estágios evolutivos, sendo 686 e 835 proteinas identificadas na L3 e na FP, respectivamente. Destas 56 proteínas foram diferencialmente expressas na L3 e 227 na FP. Das proteínas diferencialmente expressas na L3, pode-se observar uma grande quantidade de proteínas relacionadas com a atividade enzimática, algumas estruturais, além da galectina. Por outro lado, na FP foram identificadas proteínas relacionadas com a síntese proteica, com o processo de reprodução, e com a homeostase celular. Sabendo-se que o estágio de L3 de S. venezuelensis tem sido frequentemente utilizado como antígeno heterólogo foi realizada uma análise do seu conteúdo proteico total voltada para uma possível aplicação no contexto do imunodiagnóstico. Nesta abordagem, pode-se verificar que galectinas, catepsinas, metaloproteinases e proteína Zeta 14-3-3 possam fazer parte de um catálogo de possíveis alvos a serem explorados no diagnóstico da estrongiloidiase humana. E por fim, avaliou-se o reconhecimento de frações proteicas total e purificada (em coluna de ?-Lactose) obtidas de L3 de S. venezuelensis por anticorpos IgG presentes em amostras de animais infectados experimentalmente. A fração purificada representou a fração de galectina, como confirmado por Western-blotting utilizando anticorpo anti-galectina. Pode-se observar que ocorreu um aumento na produção de anticorpos IgG ao longo da infecção experimental, considerando a fração total. Por outro lado, foi observado uma produção constante de anticorpos frente a fração purificada ao longo da infecção. Os presentes resultados confirmam a utilização de diferentes frações antigênicas no contexto do imunodiagnóstico da infecção experimental por S. venezuelensis. Além disso destaca que a fração de galectina obtida de L3 de S. venezuelensis pode ser produzida em grandes quantidades, o que pode facilitar sua aplicação no futuro no diagnóstico de estrongiloidiase humana.Strongyloidiasis is a neglected parasitic disease caused by Strongyloides stercoralis nematode, it is generally asymptomatic, however potentially fatal in immunocompromised individuals. It is an infection difficult to diagnose due to the small and irregular elimination of larvae in the feces. Species of the genus that infects rodents such as Strongyloides venezuelensis, have been used to study aspects involved in host-parasite relation, and as an alternative for antigen production. This study aimed to evaluate the differential expression of proteins in the evolutionary stages of filariform larvae (L3) and female parasite (FP) S. venezuelensis as well as to use the experimental model to verify protein recognition during infection. Shotgun proteomics analyses identified a total of 1017 proteins in the soluble extract considering the two evolutionary stages, 686 and 835 proteins identified in L3 and FP, respectively. Of these 56 proteins were differentially expressed in L3 and 227 in PF. Of the differentially expressed proteins in L3, there is a large amount of proteins related to enzymatic activity, some structural, besides galectin. Nevertheless, in FP was identified proteins related to protein synthesis, reproduction process and cellular homeostasis were identified. Knowing that S. venezuelensis L3 stage has often been used as a heterologous antigen, an analysis of its total protein content aimed at possible application in the context of immunodiagnosis was performed. In this approach, it can be verified that galectins, cathepsins, metalloproteinases and Zeta 14-3-3 protein may be part of a catalog of possible targets to be explored in the diagnosis of human strongyloidiasis. Finally, the recognition of total and purified protein fractions (?-Lactose column) obtained from S. venezuelensis L3 by IgG antibodies present in samples of experimentally infected animals was evaluated. The purified fraction represented the galectin fraction as confirmed by Western blotting using anti-galectin antibody. It can be observed that there was an increase in IgG antibody production along the experimental infection, considering the unpurified fraction. Nevertheless, constant antibody production was observed against the purified fraction throughout the infection. The present results confirm the use of different antigenic fractions in the context of immunodiagnosis of experimental S. venezuelensis infection. Moreover, it is emphasized that the galectin fraction obtained from S. venezuelensis L3 can be produced in large quantities, which may facilitate its future application in the diagnosis of human strongyloidiasis.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPaula, Fabiana Martins deFonseca, Priscilla Duarte Marques2019-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-20032020-112333/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-04-16T19:34:02Zoai:teses.usp.br:tde-20032020-112333Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-04-16T19:34:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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