Atitudes, representações e políticas linguísticas: lugares que a língua espanhola ocupa no imaginário de paranaenses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacumasso, Tadinei Daniel
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-28062018-100307/
Resumo: Esta tese focaliza lugares que ocupa a língua espanhola em relação a outras línguas no imaginário de paranaenses vinculados a três escolas localizadas em Irati, Foz do Iguaçu e Curitiba. Trata-se de uma pesquisa sobre atitudes, representações e políticas linguísticas que adota como instrumentos para a composição do corpus questionários e entrevistas com informantes variados, a saber: alunos, pais de alunos, professores e gestores da educação. A pesquisa se apoia em estudos como os de Lambert (1967), Calvet (2004) e Petitjean (2009), para fundamentar as questões de atitudes e representações linguísticas, em estudos como os de Cooper (1997), Calvet (2007) e Hamel (2013), para tratar das noções de políticas linguísticas, e em pesquisas como as de Picanço (2003) e Rodrigues, F. (2012), para apresentar um panorama da inserção do espanhol no currículo escolar brasileiro e paranaense. Os resultados desta investigação apontam que há uma certa relativização no que diz respeito à representação da facilidade do espanhol para o brasileiro, motivada principalmente pelos efeitos da escolarização do espanhol, ocorrida nas últimas duas décadas; verificou-se, também, por meio das atitudes e representações dos informantes, que o inglês aparece como uma língua que serve para tudo, que é a língua da ciência e que os paranaenses possuem pouco conhecimento dessa língua, o que faz com que haja necessidade de mensuração sobre o tamanho do seu saber; observou-se, além disso, na amostra pesquisada, um movimento que tende a negar uma realidade linguística existente no Estado do Paraná e, por outra parte, uma reafirmação de uma suposta diversidade que, obviamente, não é condizente com o real. Conclui-se, portanto, que a língua espanhola ocupa lugares diferentes, como, por exemplo: i) lugar de língua de leitura numa comparação com o inglês, que ocupa um lugar imaginário de língua para a comunicação oral; ii) lugar de língua internacional, necessária e equiparada ao inglês em algumas condições; iii) lugar de língua possível para o brasileiro, preferida em diversas situações comunicativas e indispensável em outras quando não se pode usar o português.
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A pesquisa se apoia em estudos como os de Lambert (1967), Calvet (2004) e Petitjean (2009), para fundamentar as questões de atitudes e representações linguísticas, em estudos como os de Cooper (1997), Calvet (2007) e Hamel (2013), para tratar das noções de políticas linguísticas, e em pesquisas como as de Picanço (2003) e Rodrigues, F. (2012), para apresentar um panorama da inserção do espanhol no currículo escolar brasileiro e paranaense. Os resultados desta investigação apontam que há uma certa relativização no que diz respeito à representação da facilidade do espanhol para o brasileiro, motivada principalmente pelos efeitos da escolarização do espanhol, ocorrida nas últimas duas décadas; verificou-se, também, por meio das atitudes e representações dos informantes, que o inglês aparece como uma língua que serve para tudo, que é a língua da ciência e que os paranaenses possuem pouco conhecimento dessa língua, o que faz com que haja necessidade de mensuração sobre o tamanho do seu saber; observou-se, além disso, na amostra pesquisada, um movimento que tende a negar uma realidade linguística existente no Estado do Paraná e, por outra parte, uma reafirmação de uma suposta diversidade que, obviamente, não é condizente com o real. Conclui-se, portanto, que a língua espanhola ocupa lugares diferentes, como, por exemplo: i) lugar de língua de leitura numa comparação com o inglês, que ocupa um lugar imaginário de língua para a comunicação oral; ii) lugar de língua internacional, necessária e equiparada ao inglês em algumas condições; iii) lugar de língua possível para o brasileiro, preferida em diversas situações comunicativas e indispensável em outras quando não se pode usar o português.Esta tesis se centra en lugares que ocupa la lengua española en relación a otras lenguas en el imaginario de paranaenses vinculados a tres escuelas ubicadas en Irati, Foz do Iguaçu y Curitiba. Se trata de una investigación sobre actitudes, representaciones y políticas lingüísticas que adopta como instrumentos para la composición del corpus cuestionarios y entrevistas con informantes variados, a saber: alumnos, padres de alumnos, profesores y gestores de la educación. La pesquisa se apoya en estudios como los de Lambert (1967), Calvet (2004) y Petitjean (2009), para fundamentar las cuestiones de actitudes y representaciones lingüísticas, en estudios como los de Cooper (1997), Calvet (2007) y Hamel (2013), para tratar de las nociones de políticas lingüísticas, y en pesquisas como las de Picanço (2003) y Rodrigues, F. (2012), para presentar un panorama de la inserción del español en el currículo escolar brasileño y paranaense. Los resultados de esta investigación apuntan que hay una cierta relativización en lo que se refiere a la representación de la facilidad del español para el brasileño, motivada principalmente por los efectos de la escolarización del español, ocurrida en las últimas dos décadas; se verificó, también, por medio de las actitudes y representaciones de los informantes, que el inglés aparece como una lengua que sirve para todo, que es la lengua de la ciencia y que los paranaenses poseen poco conocimiento de esa lengua, lo que hace con que haya necesidad de mensuración sobre el tamaño de su saber; se observó, además, en la amuestra pesquisada, un movimiento que tiende a negar una realidad lingüística existente en el Estado de Paraná y, por otra parte, una reafirmación de una supuesta diversidad que, obviamente, no condice con el real. Se concluye, por lo tanto, que la lengua española ocupa lugares diferentes, como, por ejemplo: i) lugar de lengua de lectura en una comparación con el inglés, que ocupa un lugar imaginario de lengua para la comunicación oral; ii) lugar de lengua internacional, necesaria y equiparada al inglés en algunas condiciones; iii) lugar de lengua posible para el brasileño, preferida en diversas situaciones comunicativas e indispensable en otras cuando no se puede usar el portugués.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFanjul, Adrian PabloJacumasso, Tadinei Daniel2017-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-28062018-100307/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-28062018-100307Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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