Análise do New Injury Severity Score como preditor prognóstico em vítimas de traumatismo cranioencefálico com lesões focais e fatores associados ao desfecho
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-16092021-095520/ |
Resumo: | Introdução: O trauma cranioencefálico (TCE) é o resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o acidente e se estendem por dias a semanas. O TCE focal grave é um fator importante para determinação da morbimortalidade após o TCE. Entretanto, poucas pesquisas evidenciam a importância da utilização do New Injury Severity Score (NISS) como preditor prognóstico em vitimas de TCE focal e os fatores relacionados ao desfecho. Objetivo: Descrever o NISS como preditor prognóstico das vítimas de TCE focal grave, o desfecho seis e doze meses após o trauma e identificar os fatores associados à mortalidade e ao desfecho aos seis e doze meses. Método: Trata-se de um estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, três, seis e doze meses após o TCE focal grave. Fizeram parte do estudo vítimas de TCE grave com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no período de coleta de dados, com escore na Escala de Coma de Glasgow (ECGl) 8, com diagnóstico de TCE focal grave. Para avaliar a recuperação das vítimas de TCE focal foram aplicadas escalas de funcionalidade - Escala de Resultados de Glasgow Ampliada (ERGA), Disability Rating Scale (DRS) e atividades de vida diária (Katz) em quatro períodos de avaliação (alta, três, seis e doze meses após o trauma) e escala de atividades instrumentais de vida diária (Lawton) em três períodos de avalição (três, seis e doze meses). A diferença da pontuação desses instrumentos nas abordagens programadas permitirá caracterizar o desfecho observado, a Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) foi aplicada para análise de desempenho do NISS em comparação com os índices de trauma RTS, ISS, TRISS e NTRISS. Foram realizadas comparações entre grupos de indivíduos e os desfechos avaliados aos seis e doze meses após TCE focal. Nessas comparações, foram aplicados os testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, teste t-Student para duas amostras, teste de Wilcoxon-Mann Whitney e teste de Brunner- Munzel para identificar fatores clínicos associados ao desfecho. Resultados: A casuística compôsse de 131 pacientes de TCE focal grave com idade média de 34,08 anos (dp = 12,35), a grande maioria do sexo masculino (88,7%). As médias dos índices de trauma foram: RTS: 4,635 (dp = 0,972), ISS: 33,17 (dp = 8,79), NISS: 53,27 (dp = 15,21), TRISS: 56,57 (dp = 24,2), NTRISS: 29,7 (dp = 26,43). O NISS apresentou melhor discriminação para verificar a mortalidade em 14 dias em comparação com os outros índices (AUC = 0,662), apresentou desempenho satisfatório para predição de desfecho desfavorável em seis meses (AUC = 0,692) e em doze meses (AUC = 0,673). 80,27% das vítimas apresentou desfecho favorável pela ERGA após doze meses. O escore médio aos doze meses foi de 3,09 (dp = 6,39) pela escala de Katz e 4,21 (dp = 6,9) pela DRS. Conclusão: O NISS foi o único índice de trauma que apresentou associação com significância estatística para todos os desfechos avaliados. |
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Análise do New Injury Severity Score como preditor prognóstico em vítimas de traumatismo cranioencefálico com lesões focais e fatores associados ao desfechoEvaluation of new injury severity score as a prognostic predictor in traumatic brain injury victims with focal injuries and outcome related factorsCraniocerebral traumaEscala de resultado de GlasgowFerimentos e lesõesGlasgow outcome scaleHemorragias intracranianasÍndice de gravidade de doençaIntracranial hemorrhagesRecovery of functionRecuperação da função fisiológicaResultado de tratamentoSeverity of illness indexTraumatismos craniocerebraisTreatment outcomeWounds and injuriesIntrodução: O trauma cranioencefálico (TCE) é o resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o acidente e se estendem por dias a semanas. O TCE focal grave é um fator importante para determinação da morbimortalidade após o TCE. Entretanto, poucas pesquisas evidenciam a importância da utilização do New Injury Severity Score (NISS) como preditor prognóstico em vitimas de TCE focal e os fatores relacionados ao desfecho. Objetivo: Descrever o NISS como preditor prognóstico das vítimas de TCE focal grave, o desfecho seis e doze meses após o trauma e identificar os fatores associados à mortalidade e ao desfecho aos seis e doze meses. Método: Trata-se de um estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, três, seis e doze meses após o TCE focal grave. Fizeram parte do estudo vítimas de TCE grave com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no período de coleta de dados, com escore na Escala de Coma de Glasgow (ECGl) 8, com diagnóstico de TCE focal grave. Para avaliar a recuperação das vítimas de TCE focal foram aplicadas escalas de funcionalidade - Escala de Resultados de Glasgow Ampliada (ERGA), Disability Rating Scale (DRS) e atividades de vida diária (Katz) em quatro períodos de avaliação (alta, três, seis e doze meses após o trauma) e escala de atividades instrumentais de vida diária (Lawton) em três períodos de avalição (três, seis e doze meses). A diferença da pontuação desses instrumentos nas abordagens programadas permitirá caracterizar o desfecho observado, a Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) foi aplicada para análise de desempenho do NISS em comparação com os índices de trauma RTS, ISS, TRISS e NTRISS. Foram realizadas comparações entre grupos de indivíduos e os desfechos avaliados aos seis e doze meses após TCE focal. Nessas comparações, foram aplicados os testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, teste t-Student para duas amostras, teste de Wilcoxon-Mann Whitney e teste de Brunner- Munzel para identificar fatores clínicos associados ao desfecho. Resultados: A casuística compôsse de 131 pacientes de TCE focal grave com idade média de 34,08 anos (dp = 12,35), a grande maioria do sexo masculino (88,7%). As médias dos índices de trauma foram: RTS: 4,635 (dp = 0,972), ISS: 33,17 (dp = 8,79), NISS: 53,27 (dp = 15,21), TRISS: 56,57 (dp = 24,2), NTRISS: 29,7 (dp = 26,43). O NISS apresentou melhor discriminação para verificar a mortalidade em 14 dias em comparação com os outros índices (AUC = 0,662), apresentou desempenho satisfatório para predição de desfecho desfavorável em seis meses (AUC = 0,692) e em doze meses (AUC = 0,673). 80,27% das vítimas apresentou desfecho favorável pela ERGA após doze meses. O escore médio aos doze meses foi de 3,09 (dp = 6,39) pela escala de Katz e 4,21 (dp = 6,9) pela DRS. Conclusão: O NISS foi o único índice de trauma que apresentou associação com significância estatística para todos os desfechos avaliados.Introduction: Traumatic brain injury (TBI) is the result of pathophysiological mechanisms that begin with the accident and extend for days to weeks. Severe focal TBI is an important factor in determining morbidity and mortality after TBI. However, few studies show the importance of using the New Injury Severity Score (NISS) as a prediction scale in focal TBI victims and outcome-related factors. Objective: To describe the NISS as a prognostic predictor of victims of severe focal TBI, the outcome six and twelve months after trauma and to identify associated factors to mortality and outcome at six and twelve months. Method: This is a prospective cohort study, with data collected on admission, discharge, three, six and twelve months after severe focal TBI. The study included victims of severe TBI aged 18 years and 60 years, admitted to the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) during the data collection period, with a Glasgow Coma Scale. (GCS) 8, diagnosed with severe focal TBI. To assess the recovery of focal TBI victims, functionality scales - Glasgow Outcome Scale Extended (GOS-E), Disability Rating Scale (DRS) and daily living activities (Katz) were applied in four assessment periods (discharge, three, six and twelve months after trauma) and scale of instrumental activities of daily living (Lawton) in three evaluation periods (three, six and twelve months). The difference in the score of these instruments in the programmed approaches will characterize the observed outcome. The Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) was applied for NISS performance analysis in comparison with the RTS, ISS, TRISS and NTRISS trauma indices. Comparisons were made between groups of individuals and outcomes assessed at six and twelve months after focal TBI. In these comparisons, Pearson\'s chi-square or Fisher\'s exact tests, Student\'s t-test for two samples, Wilcoxon-Mann Whitney test and Brunner-Menzel test were applied to identify clinical factors associated with the outcome. Results: The sample consisted of 131 patients with severe focal TBI with a mean age of 34.08 years (SD = 12.35), the majority was males (88.7%). The average trauma rates were: RTS: 4.635 (SD = 0.972), ISS: 33.17 (SD = 8.79), NISS: 53.27 (SD = 15.21), TRISS: 56.57 (SD = 24.2), NTRISS: 29.7 (SD = 26.43). NISS presented better discrimination to verify 14-day mortality compared to other indices (AUC = 0.622), presented satisfactory performance to predict an unfavorable outcome at six months (AUC = 0.692) and at twelve months (AUC = 0.673). 80.27% of the victims had a favorable outcome by ERGA after twelve months. The mean score at twelve months was 3.09 (SD = 6.39) by the Katz scale and 4.21 (SD = 6.9) by the DRS. Conclusion: NISS was the only trauma index that have shown statistically significant results for all outcomes evaluated.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPaiva, Wellingson SilvaOliveira, Daniel Vieira de2020-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-16092021-095520/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-09-16T13:06:02Zoai:teses.usp.br:tde-16092021-095520Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-09-16T13:06:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: O trauma cranioencefálico (TCE) é o resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o acidente e se estendem por dias a semanas. O TCE focal grave é um fator importante para determinação da morbimortalidade após o TCE. Entretanto, poucas pesquisas evidenciam a importância da utilização do New Injury Severity Score (NISS) como preditor prognóstico em vitimas de TCE focal e os fatores relacionados ao desfecho. Objetivo: Descrever o NISS como preditor prognóstico das vítimas de TCE focal grave, o desfecho seis e doze meses após o trauma e identificar os fatores associados à mortalidade e ao desfecho aos seis e doze meses. Método: Trata-se de um estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, três, seis e doze meses após o TCE focal grave. Fizeram parte do estudo vítimas de TCE grave com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no período de coleta de dados, com escore na Escala de Coma de Glasgow (ECGl) 8, com diagnóstico de TCE focal grave. Para avaliar a recuperação das vítimas de TCE focal foram aplicadas escalas de funcionalidade - Escala de Resultados de Glasgow Ampliada (ERGA), Disability Rating Scale (DRS) e atividades de vida diária (Katz) em quatro períodos de avaliação (alta, três, seis e doze meses após o trauma) e escala de atividades instrumentais de vida diária (Lawton) em três períodos de avalição (três, seis e doze meses). A diferença da pontuação desses instrumentos nas abordagens programadas permitirá caracterizar o desfecho observado, a Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) foi aplicada para análise de desempenho do NISS em comparação com os índices de trauma RTS, ISS, TRISS e NTRISS. Foram realizadas comparações entre grupos de indivíduos e os desfechos avaliados aos seis e doze meses após TCE focal. Nessas comparações, foram aplicados os testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, teste t-Student para duas amostras, teste de Wilcoxon-Mann Whitney e teste de Brunner- Munzel para identificar fatores clínicos associados ao desfecho. Resultados: A casuística compôsse de 131 pacientes de TCE focal grave com idade média de 34,08 anos (dp = 12,35), a grande maioria do sexo masculino (88,7%). As médias dos índices de trauma foram: RTS: 4,635 (dp = 0,972), ISS: 33,17 (dp = 8,79), NISS: 53,27 (dp = 15,21), TRISS: 56,57 (dp = 24,2), NTRISS: 29,7 (dp = 26,43). O NISS apresentou melhor discriminação para verificar a mortalidade em 14 dias em comparação com os outros índices (AUC = 0,662), apresentou desempenho satisfatório para predição de desfecho desfavorável em seis meses (AUC = 0,692) e em doze meses (AUC = 0,673). 80,27% das vítimas apresentou desfecho favorável pela ERGA após doze meses. O escore médio aos doze meses foi de 3,09 (dp = 6,39) pela escala de Katz e 4,21 (dp = 6,9) pela DRS. Conclusão: O NISS foi o único índice de trauma que apresentou associação com significância estatística para todos os desfechos avaliados. |
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