A ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder no Egito e seu impacto na política externa egípcia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-27072015-134431/ |
Resumo: | Por meio de dois artigos, um de revisão bibliográfica e outro de pesquisa empírica, este trabalho busca examinar os impactos para o Egito, e as repercussões para o Oriente Médio, da ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder após a deposição de Hosni Mubarak, ditador egípcio durante três décadas. O caso do Egito é o objeto da pesquisa pois exemplifica de forma cristalina como as aberturas democráticas nos países árabe-muçulmanos representam um enorme desafio para essas sociedades. A atuação da Irmandade Muçulmana em um ambiente de liberdade era aguardada por observadores dentro e fora do Oriente Médio pois, como principal movimento adepto do chamado islã político, seu sucesso ou fracasso poderiam indicar a possibilidade de êxito na construção das democracias locais, uma vez que parece inevitável o islamismo, como sinônimo de islã político, ser o primordial beneficiário da ruína dos regimes despóticos que grassam na região. Como base para esta análise, o primeiro artigo busca, por meio de uma revisão bibliográfica da história e da ideologia da Irmandade Muçulmana, desde sua fundação, em 1928, as explicações para o comportamento do grupo após a queda de Mubarak. O segundo artigo, por sua vez, estuda a conduta da política externa do Egito e reconstrói a forma como a ditadura de Mubarak desempenhava suas relações exteriores, comparando esta com a política externa do Egito durante o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito presidente do país em junho de 2012. Por fim, o segundo artigo busca entender os impactos provocados pelo período de governo da Irmandade Muçulmana na política externa do Egito na fase seguinte, após a deposição de Morsi (julho de 2013), em que o país passou a ser liderado pelo marechal Abdel Fattah al-Sissi, cujas ações na seara internacional são manifestamente tomadas em oposição não apenas à Irmandade Muçulmana, mas a qualquer elemento que possa ser identificado com o islã político. |
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A ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder no Egito e seu impacto na política externa egípciaThe rise of the Muslim Brotherhood to power in Egypt and its impact on Egyptian foreign policyEgitoEgyptIrmandade muçulmanaIslã políticoIslamismIslamismoMiddle EastMuslim brotherhoodOriente Médiopolitical IslamPor meio de dois artigos, um de revisão bibliográfica e outro de pesquisa empírica, este trabalho busca examinar os impactos para o Egito, e as repercussões para o Oriente Médio, da ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder após a deposição de Hosni Mubarak, ditador egípcio durante três décadas. O caso do Egito é o objeto da pesquisa pois exemplifica de forma cristalina como as aberturas democráticas nos países árabe-muçulmanos representam um enorme desafio para essas sociedades. A atuação da Irmandade Muçulmana em um ambiente de liberdade era aguardada por observadores dentro e fora do Oriente Médio pois, como principal movimento adepto do chamado islã político, seu sucesso ou fracasso poderiam indicar a possibilidade de êxito na construção das democracias locais, uma vez que parece inevitável o islamismo, como sinônimo de islã político, ser o primordial beneficiário da ruína dos regimes despóticos que grassam na região. Como base para esta análise, o primeiro artigo busca, por meio de uma revisão bibliográfica da história e da ideologia da Irmandade Muçulmana, desde sua fundação, em 1928, as explicações para o comportamento do grupo após a queda de Mubarak. O segundo artigo, por sua vez, estuda a conduta da política externa do Egito e reconstrói a forma como a ditadura de Mubarak desempenhava suas relações exteriores, comparando esta com a política externa do Egito durante o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito presidente do país em junho de 2012. Por fim, o segundo artigo busca entender os impactos provocados pelo período de governo da Irmandade Muçulmana na política externa do Egito na fase seguinte, após a deposição de Morsi (julho de 2013), em que o país passou a ser liderado pelo marechal Abdel Fattah al-Sissi, cujas ações na seara internacional são manifestamente tomadas em oposição não apenas à Irmandade Muçulmana, mas a qualquer elemento que possa ser identificado com o islã político.Through two articles, a literature review and an empirical analysis, this paper seeks to examine the impacts to Egypt, and the implications for the Middle East, of the rise to power of the Muslim Brotherhood after the overthrow of Hosni Mubarak, Egyptian dictator for three decades. The case of Egypt is the object of research because it exemplifies in a crystalline way how the democratic openings in the Arab-Muslim countries represent a huge challenge for these societies. The performance of the Muslim Brotherhood in a freer environment was expected by observers inside and outside the Middle East because, as the main supporter of the movement called political Islam, its success or failure could indicate the possibility of success in the construction of local democracies, since it seems inevitable that Islamism, as synonymous with political Islam, be the primary beneficiary of the ruin of the despotic regimes that are rife in the region. As a basis for this analysis, the first article seeks, through a literature review of the history and ideology of the Muslim Brotherhood, since its founding in 1928, the explanations for the behavior of the group after the fall of Mubarak. The second article, in turn, studies the conduct of foreign policy of Egypt and reconstructs how the dictatorship of Mubarak played its foreign relations, comparing this with the foreign policy of Egypt during the reign of Mohamed Morsi, muslim brother elected president of the country in June 2012. Finally, the second article seeks to understand the impacts caused by the period of government of the Muslim Brotherhood in Egypt\'s foreign policy in the next stage, after the deposition of Morsi (July 2013), in which the country was led by Marshal Abdel Fattah al-Sissi, whose actions in the international arena are clearly taken in opposition not only to the Muslim Brotherhood, but the elements which can be identified with political Islam.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDemant, Peter RobertLima, José Antonio Geraldes Graziani Vieira2015-05-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-27072015-134431/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-27072015-134431Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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