Estudo prospectivo sobre os resultados estéticos, funcionais e clínicos da craniotomia minipterional em comparação com a craniotomia pterional clássica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-14102013-115952/ |
Resumo: | Introdução: O acesso pterional é uma das craniotomias mais utilizadas. Entretanto, apresenta algumas desvantagens, como a dissecação ampla do músculo temporal, que pode causar atrofia e deformidade do contorno facial. A craniotomia minipterional descrita em 2007 propiciou exposição anatômica semelhante a da craniotomia pterional clássica. Objetivos: Comparar os resultados clínicos, funcionais e estéticos dos dois acessos cirúrgicos destinados ao tratamento de aneurismas da circulação anterior. Métodos: Cinquenta e oito doentes, com aneurismas rotos (40) e não rotos (18) foram admitidos no estudo. No grupo A, 28 indivíduos foram submetidos à craniotomia minipterional. No grupo B, 30 doentes foram operados com a craniotomia pterional clássica. Doentes com hematomas intracranianos, aneurismas do segmento oftálmico e aneurismas gigantes foram excluídos. Os resultados estéticos foram analisados por meio de dois métodos. No primeiro, uma autoavaliação utilizava uma régua escalonada de 0 a 100, na qual o zero representou o melhor resultado e 100 o pior resultado na percepção do próprio doente. Fotografias dos doentes foram mostradas a dois observadores independentes. Os resultados foram classificados como ótimo, bom, regular e mau (de acordo com uma escala pré-determinada). A gradação da atrofia foi mensurada por meio de três métodos, utilizando a tomografia computadorizada de crânio. No primeiro, observou-se a percentagem de redução do complexo músculo temporal, tecido subcutâneo e pele. No segundo método, a percentagem de redução da espessura do músculo temporal foi analisada isoladamente. O terceiro método foi a mensuração da volumetria do músculo temporal, tecido subcutâneo e pele calculados a partir da margem superior do arco zigomático até a linha temporal superior utilizando-se o software OsiriX (Pixmeo Sarl Geneva/ Suíça OsiriX). Para os resultados clínicos e funcionais, foi utilizada a Escala de Rankin modificada. Outras variáveis, como paralisia do ramo frontal do nervo facial, hemorragia pós-operatória, fistula liquórica, hidrocefalia e mortalidade, também foram analisadas. Resultados: Em ambos os grupos, os dados demográficos e as características pré-operatórias foram similares. A satisfação com o resultado estético foi observada em 79% (19) no grupo A e 52% (13) no grupo B (p=0,07). O valor médio da régua foi 27 no grupo A e 45,8 no grupo B (p=0,03). Quando somente doentes classificados como Rankin modificado 0 ou 1 foram analisados, o valor médio da régua foi de 25,2 no grupo A e 39,4 no grupo B (p=0,11). Dois avaliadores independentes analisaram as fotografias dos doentes e o coeficiente de correlação kappa para os resultados estéticos foi de 0,73. De acordo com os mesmos ótimo e bom, foram observados em 87% (21) no grupo minipterional e 48% (12) no grupo pterional. A percentagem de redução do músculo temporal, subcutâneo e pele (método 1) foi de 14,9% no grupo A e 24,3% no grupo B (p=0,01). Quando somente o músculo temporal foi analisado (método 2), a percentagem de redução foi de 12,7% no grupo A e 22% no grupo B (p=0,005). A redução volumétrica das estruturas (método 3) foi de 14,8% no grupo A e 24,5% no grupo B (p=0,012). Na avaliação clínica no 6? mês, os valores da Escala de Rankin modificada foram similares (p=0,99). O óbito ocorreu em 4 doentes no grupo A e 5 doentes no grupo B (p=1,0). Conclusão: Os resultados clínicos demonstraram que a craniotomia minipterional é um procedimento seguro, com prognóstico similar ao da técnica convencional. Os resultados cosméticos foram melhores com menor deformidade no contorno facial, uma vez que a percentagem de redução da espessura, do volume do músculo temporal, do tecido subcutâneo e da pele foi menor com a técnica proposta. A craniotomia minipterional foi a melhor alternativa em relação à craniotomia pterional clássica para tratar aneurismas rotos e não rotos da circulação anterior |
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Estudo prospectivo sobre os resultados estéticos, funcionais e clínicos da craniotomia minipterional em comparação com a craniotomia pterional clássicaProspective randomized study designed to compare aesthetics, functional and clinical results between minipterional and pterional craniotomiesAneurisma intracranianoAtrofiaAtrophyCraniotomiaCraniotomyEstéticaEstheticsHemorragia subaracnóideIntracranial aneurysmsSubarachnoid hemorrhageIntrodução: O acesso pterional é uma das craniotomias mais utilizadas. Entretanto, apresenta algumas desvantagens, como a dissecação ampla do músculo temporal, que pode causar atrofia e deformidade do contorno facial. A craniotomia minipterional descrita em 2007 propiciou exposição anatômica semelhante a da craniotomia pterional clássica. Objetivos: Comparar os resultados clínicos, funcionais e estéticos dos dois acessos cirúrgicos destinados ao tratamento de aneurismas da circulação anterior. Métodos: Cinquenta e oito doentes, com aneurismas rotos (40) e não rotos (18) foram admitidos no estudo. No grupo A, 28 indivíduos foram submetidos à craniotomia minipterional. No grupo B, 30 doentes foram operados com a craniotomia pterional clássica. Doentes com hematomas intracranianos, aneurismas do segmento oftálmico e aneurismas gigantes foram excluídos. Os resultados estéticos foram analisados por meio de dois métodos. No primeiro, uma autoavaliação utilizava uma régua escalonada de 0 a 100, na qual o zero representou o melhor resultado e 100 o pior resultado na percepção do próprio doente. Fotografias dos doentes foram mostradas a dois observadores independentes. Os resultados foram classificados como ótimo, bom, regular e mau (de acordo com uma escala pré-determinada). A gradação da atrofia foi mensurada por meio de três métodos, utilizando a tomografia computadorizada de crânio. No primeiro, observou-se a percentagem de redução do complexo músculo temporal, tecido subcutâneo e pele. No segundo método, a percentagem de redução da espessura do músculo temporal foi analisada isoladamente. O terceiro método foi a mensuração da volumetria do músculo temporal, tecido subcutâneo e pele calculados a partir da margem superior do arco zigomático até a linha temporal superior utilizando-se o software OsiriX (Pixmeo Sarl Geneva/ Suíça OsiriX). Para os resultados clínicos e funcionais, foi utilizada a Escala de Rankin modificada. Outras variáveis, como paralisia do ramo frontal do nervo facial, hemorragia pós-operatória, fistula liquórica, hidrocefalia e mortalidade, também foram analisadas. Resultados: Em ambos os grupos, os dados demográficos e as características pré-operatórias foram similares. A satisfação com o resultado estético foi observada em 79% (19) no grupo A e 52% (13) no grupo B (p=0,07). O valor médio da régua foi 27 no grupo A e 45,8 no grupo B (p=0,03). Quando somente doentes classificados como Rankin modificado 0 ou 1 foram analisados, o valor médio da régua foi de 25,2 no grupo A e 39,4 no grupo B (p=0,11). Dois avaliadores independentes analisaram as fotografias dos doentes e o coeficiente de correlação kappa para os resultados estéticos foi de 0,73. De acordo com os mesmos ótimo e bom, foram observados em 87% (21) no grupo minipterional e 48% (12) no grupo pterional. A percentagem de redução do músculo temporal, subcutâneo e pele (método 1) foi de 14,9% no grupo A e 24,3% no grupo B (p=0,01). Quando somente o músculo temporal foi analisado (método 2), a percentagem de redução foi de 12,7% no grupo A e 22% no grupo B (p=0,005). A redução volumétrica das estruturas (método 3) foi de 14,8% no grupo A e 24,5% no grupo B (p=0,012). Na avaliação clínica no 6? mês, os valores da Escala de Rankin modificada foram similares (p=0,99). O óbito ocorreu em 4 doentes no grupo A e 5 doentes no grupo B (p=1,0). Conclusão: Os resultados clínicos demonstraram que a craniotomia minipterional é um procedimento seguro, com prognóstico similar ao da técnica convencional. Os resultados cosméticos foram melhores com menor deformidade no contorno facial, uma vez que a percentagem de redução da espessura, do volume do músculo temporal, do tecido subcutâneo e da pele foi menor com a técnica proposta. A craniotomia minipterional foi a melhor alternativa em relação à craniotomia pterional clássica para tratar aneurismas rotos e não rotos da circulação anteriorIntroduction: The pterional approach is one of the most commonly used craniotomy. However it has disadvantages, such as complete dissection of the temporalis muscle. This may lead to muscular atrophy and facial deformity. The minipterional craniotomy was described in 2007 and the anatomic exposure provided by the pterional and minipterional approaches were similar in the total area of exposure and angular view. Objectives: This prospective randomized study was designed to compare the clinical, functional and aesthetic results of two surgical techniques for microsurgical clipping of anterior circulation aneurysms. Methods: Overall, 58 eligible patients admitted with ruptured and unruptured anterior circulation aneurysms were enrolled in the study. In group A, 28 patients were operated with the minipterional technique. In Group B 30 patients were operated according to the classical pterional craniotomy. Patients with intracranial haematomas, ophthalmic aneurysms and giant aneurysms were excluded. The aesthetic results were analyzed with 2 methods. In the first, the patients were showed to a rule, with a scale from 0 to 100, in which 0 mean the best result and 100 the worst result. Photos were taken and showed to two independent observers, the results were classified as excellent, good, regular or poor, according to a pre-determined scale. The degree of atrophy was measured with three methods. In the first one, the authors observed the percentage of thick reduction in the temporal muscle, subcutaneous tissue and skin. In the second method the percentage of thick reduction of the isolated temporal muscle was observed and the third the volumetric analysis of the temporal muscle, subcutaneous tissue and skin was calculated from the superior edge of zygomatic arch to superior temporal line using the OsiriX software (OsiriX - Pixmeo Sarl Geneva/Suíça). The functional results were compared using the Modified Rankin Score. Others variables such frontal facial palsy, post-operative hemorrhage, cerebrospinal fistulas, hydrocephalus and mortality were also analyzed. Results: In both groups the demographic and pre-operative characteristics were similar. The satisfaction with aesthetic results were observed in 79% (19) in group A and 52% (13) in group B (p=0,07). The mean value observed in the rule was 27 in group A and 45,8 in group B (p=0,03). When patients classified as Rankin Modified Score of 0 or 1 only were included the mean value observed in the rule was 25,2 in group A and 39,4 in group B (p=0,11). Two independent observers analyzed the patients photos and the kappa coefficient correlation for the aesthetic results was 0,73. According to them excellent and good results were observed in 87% (21) in minipterional group and 48% (12) in the pterional group. The degree of atrophy of temporal muscle, subcutaneous tissue and skin (method 1) was14,9% in group A and 24,3% in group B (p=0,01). The measurement of temporal muscle (method 2) revealed that the degree of atrophy was 12,7% in group A and 22% in group B (p=0,005). The volumetric reduction of the structures (method 3) was 14,8% in group A and 24,5% in group B (p=0,012). Rankin Modified Score was similar in both groups in the 6-month evaluation (p=0,99). Mortality occurred in 4 patients in group A and 5 patients in group B (p=1,0). Conclusion: These clinical results indicate that the minipterional is a safe procedure. We can estimate the better cosmetic results with less facial contour deformity since the percentage of thick and volumetric reduction in temporal muscle, subcutaneous tissue and skin were demonstrated. It can be an excellent and better alternative to the classical pterional approachBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFigueiredo, Eberval GadelhaWelling, Leonardo Christiaan2013-08-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-14102013-115952/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-14102013-115952Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: O acesso pterional é uma das craniotomias mais utilizadas. Entretanto, apresenta algumas desvantagens, como a dissecação ampla do músculo temporal, que pode causar atrofia e deformidade do contorno facial. A craniotomia minipterional descrita em 2007 propiciou exposição anatômica semelhante a da craniotomia pterional clássica. Objetivos: Comparar os resultados clínicos, funcionais e estéticos dos dois acessos cirúrgicos destinados ao tratamento de aneurismas da circulação anterior. Métodos: Cinquenta e oito doentes, com aneurismas rotos (40) e não rotos (18) foram admitidos no estudo. No grupo A, 28 indivíduos foram submetidos à craniotomia minipterional. No grupo B, 30 doentes foram operados com a craniotomia pterional clássica. Doentes com hematomas intracranianos, aneurismas do segmento oftálmico e aneurismas gigantes foram excluídos. Os resultados estéticos foram analisados por meio de dois métodos. No primeiro, uma autoavaliação utilizava uma régua escalonada de 0 a 100, na qual o zero representou o melhor resultado e 100 o pior resultado na percepção do próprio doente. Fotografias dos doentes foram mostradas a dois observadores independentes. Os resultados foram classificados como ótimo, bom, regular e mau (de acordo com uma escala pré-determinada). A gradação da atrofia foi mensurada por meio de três métodos, utilizando a tomografia computadorizada de crânio. No primeiro, observou-se a percentagem de redução do complexo músculo temporal, tecido subcutâneo e pele. No segundo método, a percentagem de redução da espessura do músculo temporal foi analisada isoladamente. O terceiro método foi a mensuração da volumetria do músculo temporal, tecido subcutâneo e pele calculados a partir da margem superior do arco zigomático até a linha temporal superior utilizando-se o software OsiriX (Pixmeo Sarl Geneva/ Suíça OsiriX). Para os resultados clínicos e funcionais, foi utilizada a Escala de Rankin modificada. Outras variáveis, como paralisia do ramo frontal do nervo facial, hemorragia pós-operatória, fistula liquórica, hidrocefalia e mortalidade, também foram analisadas. Resultados: Em ambos os grupos, os dados demográficos e as características pré-operatórias foram similares. A satisfação com o resultado estético foi observada em 79% (19) no grupo A e 52% (13) no grupo B (p=0,07). O valor médio da régua foi 27 no grupo A e 45,8 no grupo B (p=0,03). Quando somente doentes classificados como Rankin modificado 0 ou 1 foram analisados, o valor médio da régua foi de 25,2 no grupo A e 39,4 no grupo B (p=0,11). Dois avaliadores independentes analisaram as fotografias dos doentes e o coeficiente de correlação kappa para os resultados estéticos foi de 0,73. De acordo com os mesmos ótimo e bom, foram observados em 87% (21) no grupo minipterional e 48% (12) no grupo pterional. A percentagem de redução do músculo temporal, subcutâneo e pele (método 1) foi de 14,9% no grupo A e 24,3% no grupo B (p=0,01). Quando somente o músculo temporal foi analisado (método 2), a percentagem de redução foi de 12,7% no grupo A e 22% no grupo B (p=0,005). A redução volumétrica das estruturas (método 3) foi de 14,8% no grupo A e 24,5% no grupo B (p=0,012). Na avaliação clínica no 6? mês, os valores da Escala de Rankin modificada foram similares (p=0,99). O óbito ocorreu em 4 doentes no grupo A e 5 doentes no grupo B (p=1,0). Conclusão: Os resultados clínicos demonstraram que a craniotomia minipterional é um procedimento seguro, com prognóstico similar ao da técnica convencional. Os resultados cosméticos foram melhores com menor deformidade no contorno facial, uma vez que a percentagem de redução da espessura, do volume do músculo temporal, do tecido subcutâneo e da pele foi menor com a técnica proposta. A craniotomia minipterional foi a melhor alternativa em relação à craniotomia pterional clássica para tratar aneurismas rotos e não rotos da circulação anterior |
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