Investigação clínica e genética das paraplegias espásticas hereditárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freua, Fernando
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-14062022-123318/
Resumo: O presente estudo realizou análise retrospectiva e parcialmente prospectiva de pacientes com diagnóstico de paraplegia espástica hereditária que são acompanhados no ambulatório de Neurogenética (NCL6500) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Apresenta como objetivo principal descrever os aspectos clínicos, genéticos, laboratoriais, de neuroimagem e eletrofisiológicos destes pacientes e como objetivo secundário visa identificar características no exame clínico, nos estudos laboratoriais e eletrofisiológicos e nas diferentes técnicas de neuroimagem, além de dados epidemiológicos, que contribuam para a definição etiológica, além de relacionar achados clínicos e laboratoriais com possíveis padrões genéticos. Os pacientes incluídos foram avaliados clinicamente por meio da versão brasileira da escala SPRS (Spastic Paraplegia Rating Scale) e também com avaliação cognitiva através do mini-exame do estado mental (quando aplicável) e submetidos a estudo de ressonância magnética de encéfalo e eletrofisológicos (quando aplicáveis), além da realização da investigação genética com técnicas diversas, inclusive por meio do sequenciamento completo do exoma. Entre os 70 sujeitos incluídos na pesquisa, o estudo genético foi conclusivo em 39 . Nos casos confirmados foi realizada a descrição clínica e sociodemográficas detalhada e realizado comparação entre os resultados por meio de análise estatística descritiva. Foi realizada ainda análise estatística inferencial que revelou relação entre achado de neuroimagem de corpo caloso afilado com gravidade da escala SPRS. Conclui-se por este estudo que a apresentação demográfica dos pacientes com paraplegia espástica hereditária é fenotípica e geneticamente variável, sendo o padrão autossômico recessivo o mais encontrado nesta amostra, com destaque para SPG11. Identificamos ainda casos habitualmente não classificados entre as paraplegias espásticas hereditárias, tais como a deficiência de arginase ou que representam uma expansão fenotípica, como a forma autossômica recessiva de paraplegia espástica associada a SQSTM1
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Apresenta como objetivo principal descrever os aspectos clínicos, genéticos, laboratoriais, de neuroimagem e eletrofisiológicos destes pacientes e como objetivo secundário visa identificar características no exame clínico, nos estudos laboratoriais e eletrofisiológicos e nas diferentes técnicas de neuroimagem, além de dados epidemiológicos, que contribuam para a definição etiológica, além de relacionar achados clínicos e laboratoriais com possíveis padrões genéticos. Os pacientes incluídos foram avaliados clinicamente por meio da versão brasileira da escala SPRS (Spastic Paraplegia Rating Scale) e também com avaliação cognitiva através do mini-exame do estado mental (quando aplicável) e submetidos a estudo de ressonância magnética de encéfalo e eletrofisológicos (quando aplicáveis), além da realização da investigação genética com técnicas diversas, inclusive por meio do sequenciamento completo do exoma. Entre os 70 sujeitos incluídos na pesquisa, o estudo genético foi conclusivo em 39 . Nos casos confirmados foi realizada a descrição clínica e sociodemográficas detalhada e realizado comparação entre os resultados por meio de análise estatística descritiva. Foi realizada ainda análise estatística inferencial que revelou relação entre achado de neuroimagem de corpo caloso afilado com gravidade da escala SPRS. Conclui-se por este estudo que a apresentação demográfica dos pacientes com paraplegia espástica hereditária é fenotípica e geneticamente variável, sendo o padrão autossômico recessivo o mais encontrado nesta amostra, com destaque para SPG11. Identificamos ainda casos habitualmente não classificados entre as paraplegias espásticas hereditárias, tais como a deficiência de arginase ou que representam uma expansão fenotípica, como a forma autossômica recessiva de paraplegia espástica associada a SQSTM1The present study performed a retrospective and partially prospective analysis of all patients diagnosed with hereditary spastic paraplegia followed in the Neurogenetics Outpatient Service (NCL6500) at Hospital das Clinicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. Its main objective is to describe the clinical, genetic, laboratorial, neuroimaging and electrophysiological aspects of these patients and as a secondary objective it aims to identify characteristics in the clinical examination, laboratorial and electrophysiological studies and in the different neurological imaging techniques, in addition to epidemiological data that contribute for the etiological definition, as well to relate clinical and laboratory findings with possible genetic patterns. Included patients were clinically evaluated using the SPRS (Spastic Paraplegia Rating Scale) Brazilian version and a cognitive assessment through the mini mental state exam (when applicable). Additionally brain magnetic resonance imaging and whenever applicable, electrophysiological studies were done. Different techniques for genetic analysis were performed, including whole exome sequencing. Of the 70 patients included in the survey, a conclusive genetic result was achieved in 39. In confirmed cases, a detailed clinical and sociodemographic description was performed and a comparison between the results was carried out through descriptive statistical analysis. Inferential statistical analysis was also carried out, which revealed a relationship between the neuroimaging finding of the thin corpus callosum and the severity of the SPRS scale. This study concludes that the demographic presentation of patients with hereditary spastic paraplegia is phenotypic and genetically variable, with the autosomal recessive pattern being the most common in the sample and the pathogenic variants in the SPG11 gene the most prevalent. We also identified cases not habitually classified as hereditary spastic paraplegia, as arginase deficiency and a phenotypic expansion, as SQSTSM1-related autosomal recessive spastic paraplegiaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKok, FernandoFreua, Fernando2022-03-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-14062022-123318/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-06-22T16:45:06Zoai:teses.usp.br:tde-14062022-123318Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-06-22T16:45:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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