Abordagem terapêutica na obesidade por profissionais de saúde na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Francisco, Lucas Vieira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042019-094001/
Resumo: A obesidade transpassa a esfera da saúde e se torna uma condição social do cotidiano da sociedade moderna. Cresce cada vez a necessidade de entender a obesidade no cotidiano da sociedade e os aspectos que influenciam as ações clínicas e da condução da sua terapêutica. O cuidado à saúde apesar de seu aspecto técnico, compartilha valores culturalmente construídos. Ambiguidades emergem entre o conhecimento reivindicado como técnico-profissional e o que é sentido na relação terapêutica. O objetivo deste estudo é compreender como a obesidade é abordada através da perspectiva cientifica e reinterpretada pela cultura. Trata-se de um estudo qualitativo com entrevistas e observações de campo em unidades básicas de saúde de duas localidades brasileiras distintas: uma em cidade pequena do interior e outra em uma capital no litoral. Foram entrevistados 17 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS)) além de observação das rotinas em ambas unidades. A análise de dados foi conduzida pela análise temática de Braun e Clarke. Inicialmente foram elaborados 20 códigos iniciais, depois agrupados em cinco temas iniciais e reagrupados nos três temas finais. Após a primeira etapa de análise, o pesquisador principal retornou à cada localidade para questionar e abordar o pontos que surgiram durante as análises iniciais. Os temas obtidos mostram as implicações diferente de como as construções culturais moldam a abordagem da obesidade. Os temas são: Obesidade como doença social; Tratamento da obesidade, ferramentas e contextos; Obesidade individual. No cotidiano terapêutico a obesidade é encarada como uma comorbidade ou um fator de risco apesar da sua definição como doença pela comunidade científica. O profissional de saúde, durante o ato terapêutico, mostra seus conhecimentos científicos atrelados à aspectos culturais. A produção de cuidado na saúde não está imune das crenças culturais que permeiam a sociedade atrelando os significados construídos pelos próprios usuários e profissionais sobre o que consideram saúde, doença e tratamentos ideias para cada condição. A obesidade não é vivida como doença, ela é vivida como uma condição e um plano de fundo para outras doenças.
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Trata-se de um estudo qualitativo com entrevistas e observações de campo em unidades básicas de saúde de duas localidades brasileiras distintas: uma em cidade pequena do interior e outra em uma capital no litoral. Foram entrevistados 17 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS)) além de observação das rotinas em ambas unidades. A análise de dados foi conduzida pela análise temática de Braun e Clarke. Inicialmente foram elaborados 20 códigos iniciais, depois agrupados em cinco temas iniciais e reagrupados nos três temas finais. Após a primeira etapa de análise, o pesquisador principal retornou à cada localidade para questionar e abordar o pontos que surgiram durante as análises iniciais. Os temas obtidos mostram as implicações diferente de como as construções culturais moldam a abordagem da obesidade. Os temas são: Obesidade como doença social; Tratamento da obesidade, ferramentas e contextos; Obesidade individual. No cotidiano terapêutico a obesidade é encarada como uma comorbidade ou um fator de risco apesar da sua definição como doença pela comunidade científica. O profissional de saúde, durante o ato terapêutico, mostra seus conhecimentos científicos atrelados à aspectos culturais. A produção de cuidado na saúde não está imune das crenças culturais que permeiam a sociedade atrelando os significados construídos pelos próprios usuários e profissionais sobre o que consideram saúde, doença e tratamentos ideias para cada condição. A obesidade não é vivida como doença, ela é vivida como uma condição e um plano de fundo para outras doenças.Obesity passes over the health sphere and becomes a social condition of daily life in modern society. It is growing the need to understand obesity in everyday society and the influence on the clinical actions and therapy. The health care despite the technical training, share culturally constructed values. Ambiguities arise between knowledge claimed as technical-professional and what is felt in the therapeutic relationship, which is part of cultural values. The aim of this study is to understand how obesity is addressed by the scientific perspective and reinterpreted by culture. This is a qualitative study with interviews and field observations in basic health units in two different locations in Brazil: one in small town and another in a capital on the coast. We interviewed 17 health professionals (doctors, nurses and community health workers (CHW)) as well as observation of the routines in both units. Data analysis was conducted by thematic analysis of Braun and Clarke. Initially were developed 20 initial codes, then grouped into five initial themes grouped in the three final themes. After the first analysis stage, the main investigator returned to each location to question and address the points raised during the initial analysis. The themes obtained show the different implications of cultural constructions shaping the approach of obesity. The themes are: Obesity as a social disease; Obesity treatment, tools and contexts; Individual obesity. In daily obesity therapy, obesity is perceived as comorbidity or a risk factor despite its definition as a disease by the scientific community. The health professional during the therapeutic act shows their scientific knowledge linked to cultural aspects. The health care is not immune to cultural beliefs that permeate society. It is linked meanings built by the users and professionals on WHAT consider health, disease and treatment ideas for each condition. Obesity is not experienced as a disease, it is experienced as a condition and a background for other diseases.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGarcia, Rosa Wanda DiezFrancisco, Lucas Vieira2017-04-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042019-094001/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-04T17:57:06Zoai:teses.usp.br:tde-10042019-094001Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-04T17:57:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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