Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Lídia Jacintho Delgado
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.10.2020.tde-18052020-110425
Resumo: As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior causa de mortes do mundo todo, e em casos como infarto agudo do miocárdio, o tratamento padrão ouro é o transplante do órgão. O número de doadores cresceu no país nos últimos anos, ainda não consegue suprir a demanda. Neste contexto, a medicina regenerativa vem ganhando espaço, mais precisamente na produção de órgãos e tecidos a partir da técnica de descelularização, onde todas as células e fatores imunogênicos são retirados, mantendo apenas a arquitetura tridimensional, formada a partir de matriz extracelular (MEC). A MEC é um microambiente composto principalmente por proteínas estruturais, como por exemplo colágeno e elastina, proteínas de adesão e também os glicosaminoglicanos (GAGs), responsáveis pela substância amorfa. Ela não é responsável apenas pela arquitetura do tecido, mas também é responsável por todo suporte de comunicação, sinalização e estruturação. Embora inúmeros trabalhos venham estudando os componentes da MEC, faz-se necessário quantifica-los para melhor compreensão e sua aplicação. A MEC cardíaca é composta, na sua maioria por colágeno e elastina, elementos que fornecem estrutura mecânica do órgão. Neste trabalho objetivou-se caracterizar corações suínos descelularizados como um scaffold e quantificar estereologicamente, por meio de colorações específicas, como o colágeno e glicosaminoglicano totais, além de avaliar a complacência do órgão. A descelularização foi testada com formas de canulação diferentes, adotando a canulação pela artéria aorta, realizada a perfusão retrógrada em 25 dias, com sódio dodecil sulfato (SDS) a 1%, focando na maior retenção possível da estrutura da MEC. Em relação à sua composição, os corações descelularizados não apresentaram diferenças significativas quanto à complacência e ao valor de colágeno total, enquanto houve a diminuição dos GAGs; Essa diminuição nos corações decelularizados pode ser justificada pelo uso do SDS, já que são moléculas que possuem características higroscópica. Esses resultados reforçam a ideia de que o nosso protocolo de descelularização foi eficiente em relação à retenção das proteínas da MEC.
id USP_67ecf5db04dbafe025f876f2e2223df7
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-18052020-110425
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo Decellularization of the porcine heart: characterization and stereological quantification of the extracellular matrix of the left ventricle 2020-02-19Maria Angélica MiglinoChristina Ramires FerreiraSilvio Pires GomesAna Lídia Jacintho DelgadoUniversidade de São PauloAnatomia dos Animais Domésticos e SilvestresUSPBR Decellularization Descelularização Extracellular matrix Matriz extracelular Scaffold Scaffold As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior causa de mortes do mundo todo, e em casos como infarto agudo do miocárdio, o tratamento padrão ouro é o transplante do órgão. O número de doadores cresceu no país nos últimos anos, ainda não consegue suprir a demanda. Neste contexto, a medicina regenerativa vem ganhando espaço, mais precisamente na produção de órgãos e tecidos a partir da técnica de descelularização, onde todas as células e fatores imunogênicos são retirados, mantendo apenas a arquitetura tridimensional, formada a partir de matriz extracelular (MEC). A MEC é um microambiente composto principalmente por proteínas estruturais, como por exemplo colágeno e elastina, proteínas de adesão e também os glicosaminoglicanos (GAGs), responsáveis pela substância amorfa. Ela não é responsável apenas pela arquitetura do tecido, mas também é responsável por todo suporte de comunicação, sinalização e estruturação. Embora inúmeros trabalhos venham estudando os componentes da MEC, faz-se necessário quantifica-los para melhor compreensão e sua aplicação. A MEC cardíaca é composta, na sua maioria por colágeno e elastina, elementos que fornecem estrutura mecânica do órgão. Neste trabalho objetivou-se caracterizar corações suínos descelularizados como um scaffold e quantificar estereologicamente, por meio de colorações específicas, como o colágeno e glicosaminoglicano totais, além de avaliar a complacência do órgão. A descelularização foi testada com formas de canulação diferentes, adotando a canulação pela artéria aorta, realizada a perfusão retrógrada em 25 dias, com sódio dodecil sulfato (SDS) a 1%, focando na maior retenção possível da estrutura da MEC. Em relação à sua composição, os corações descelularizados não apresentaram diferenças significativas quanto à complacência e ao valor de colágeno total, enquanto houve a diminuição dos GAGs; Essa diminuição nos corações decelularizados pode ser justificada pelo uso do SDS, já que são moléculas que possuem características higroscópica. Esses resultados reforçam a ideia de que o nosso protocolo de descelularização foi eficiente em relação à retenção das proteínas da MEC. Cardiovascular diseases are responsible for the biggest cause of death worldwide, and in cases such as acute myocardial infarction, the gold standard treatment is organ transplantation. The number of donors has grown in the country in recent years, still unable to meet the demand. In this context, regenerative medicine has been gaining space, more precisely in the production of organs and tissues using the decellularization technique, where all cells and immunogenic factors are removed, maintaining only the three-dimensional architecture, formed from extracellular matrix (ECM). MEC is a microenvironment mainly composed of structural proteins, such as collagen and elastin, adhesion proteins and also glycosaminoglycans (GAGs), responsible for the amorphous substance. She is not only responsible for the architecture of the tissue, but is also responsible for all communication, signage and structuring support. Although numerous studies have been studying the components of MEC, it is necessary to quantify them for better understanding and their application. Cardiac ECM is mostly composed of collagen and elastin, elements that provide the organ\'s mechanical structure. This work aimed to characterize decellularized pig hearts as a scaffold and to quantify stereologically, through specific stains, such as total collagen and glycosaminoglycan, in addition to assessing the organ\'s compliance. Decellularization was tested with different forms of cannulation, adopting cannulation through the aortic artery, performed a retrograde perfusion in 25 days, with 1% sodium dodecyl sulfate (SDS), focusing on the greatest possible retention of the ECM structure. Regarding their composition, decellularized hearts did not show significant differences regarding compliance and total collagen value, while there was a decrease in GAGs; This decrease in decellularized hearts can be justified by the use of SDS, since they are molecules that have hygroscopic characteristics. These results reinforce the idea that our decellularization protocol was efficient in relation to the retention of MEC proteins. https://doi.org/10.11606/D.10.2020.tde-18052020-110425info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:17:43Zoai:teses.usp.br:tde-18052020-110425Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:51:12.093107Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Decellularization of the porcine heart: characterization and stereological quantification of the extracellular matrix of the left ventricle
title Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
spellingShingle Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
Ana Lídia Jacintho Delgado
title_short Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
title_full Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
title_fullStr Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
title_full_unstemmed Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
title_sort Descelularização de coração suíno: caracterização e quantificação estereológica da matriz extracelular do ventrículo esquerdo
author Ana Lídia Jacintho Delgado
author_facet Ana Lídia Jacintho Delgado
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Angélica Miglino
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Christina Ramires Ferreira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Silvio Pires Gomes
dc.contributor.author.fl_str_mv Ana Lídia Jacintho Delgado
contributor_str_mv Maria Angélica Miglino
Christina Ramires Ferreira
Silvio Pires Gomes
description As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior causa de mortes do mundo todo, e em casos como infarto agudo do miocárdio, o tratamento padrão ouro é o transplante do órgão. O número de doadores cresceu no país nos últimos anos, ainda não consegue suprir a demanda. Neste contexto, a medicina regenerativa vem ganhando espaço, mais precisamente na produção de órgãos e tecidos a partir da técnica de descelularização, onde todas as células e fatores imunogênicos são retirados, mantendo apenas a arquitetura tridimensional, formada a partir de matriz extracelular (MEC). A MEC é um microambiente composto principalmente por proteínas estruturais, como por exemplo colágeno e elastina, proteínas de adesão e também os glicosaminoglicanos (GAGs), responsáveis pela substância amorfa. Ela não é responsável apenas pela arquitetura do tecido, mas também é responsável por todo suporte de comunicação, sinalização e estruturação. Embora inúmeros trabalhos venham estudando os componentes da MEC, faz-se necessário quantifica-los para melhor compreensão e sua aplicação. A MEC cardíaca é composta, na sua maioria por colágeno e elastina, elementos que fornecem estrutura mecânica do órgão. Neste trabalho objetivou-se caracterizar corações suínos descelularizados como um scaffold e quantificar estereologicamente, por meio de colorações específicas, como o colágeno e glicosaminoglicano totais, além de avaliar a complacência do órgão. A descelularização foi testada com formas de canulação diferentes, adotando a canulação pela artéria aorta, realizada a perfusão retrógrada em 25 dias, com sódio dodecil sulfato (SDS) a 1%, focando na maior retenção possível da estrutura da MEC. Em relação à sua composição, os corações descelularizados não apresentaram diferenças significativas quanto à complacência e ao valor de colágeno total, enquanto houve a diminuição dos GAGs; Essa diminuição nos corações decelularizados pode ser justificada pelo uso do SDS, já que são moléculas que possuem características higroscópica. Esses resultados reforçam a ideia de que o nosso protocolo de descelularização foi eficiente em relação à retenção das proteínas da MEC.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.11606/D.10.2020.tde-18052020-110425
url https://doi.org/10.11606/D.10.2020.tde-18052020-110425
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres
dc.publisher.initials.fl_str_mv USP
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1794502832214245376