Avaliação da resistência à tração, em diferentes períodos de cicatrização, de mini-parafusos utilizados como ancoragem temporária em ortodontia: estudo em cães da raça Beagle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrazzo, Vilmar Antonio
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23151/tde-21012009-144722/
Resumo: Com o objetivo de avaliar a influência do processo de cicatrização óssea sobre o desempenho biomecânico de mini-parafusos utilizados como ancoragem em ortodontia, foram inseridos 60 mini-parafusos (1,6 x 6mm) auto-rosqueantes (Tomas® Dentaurum / Germany) na maxila e na mandíbula de 5 cães adultos da Raça Beagle. Os pré-molares (P1, P2, P3, P4) superiores e inferiores foram extraídos três meses antes da inserção vertical dos mini-parafusos. Os cães foram sacrificados nos dias 0, 2, 7, 15 e 30 após a instalação dos mini-parafusos. Os maxilares foram dissecados e os corpos de provas contendo os mini-parafusos foram preparados para avaliação da resistência à tração na Máquina de Ensaios Universal EMIC® 2000, utilizando uma garra desenvolvida especificamente para este estudo. Os valores e gráficos correspondentes ao desempenho mecânico foram imediatamente gerados e registrados pelo programa de aquisição Tesc 3.01®. As possíveis diferenças entre os períodos de cicatrização foram avaliadas pela análise de variância (ANOVA) e pelo teste de comparações múltiplas de Bonferroni. Os resultados demonstraram um índice de sucesso de 100% dos mini-parafusos inseridos. Após a dissecação dos segmentos ósseos, verificou-se que em alguns casos a superfície da rosca ficou parcialmente exposta, razão pela qual o cálculo da resistência à tração (média na maxila de: 141,76 ± 92,82 Ncm a 237,02 ± 78,34 Ncm e média na mandíbula de: 156,86 ± 75,55 Ncm a 328,76 ± 82,17 Ncm) foi feito em relação à área real de inserção (maxila: 24,01 ± 6,09mm2 e mandíbula: 22,88 ± 5,31mm2), observando-se um valor médio por mm2 significativamente maior na mandíbula (11,60 ± 5,22 Ncm) quando comparado à maxila (8,22 ± 5,04 Ncm). A relação entre a intensidade da força de tração (Ncm), superfície inserida (mm2) e períodos de cicatrização não apresentaram diferenças significantes (p= 0,126). Com base nestes resultados podemos concluir que os mini-parafusos avaliados demonstraram excelente desempenho biomecânico nos diferentes períodos de cicatrização analisados, apresentando maior resistência à tração no osso mandibular.
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Os maxilares foram dissecados e os corpos de provas contendo os mini-parafusos foram preparados para avaliação da resistência à tração na Máquina de Ensaios Universal EMIC® 2000, utilizando uma garra desenvolvida especificamente para este estudo. Os valores e gráficos correspondentes ao desempenho mecânico foram imediatamente gerados e registrados pelo programa de aquisição Tesc 3.01®. As possíveis diferenças entre os períodos de cicatrização foram avaliadas pela análise de variância (ANOVA) e pelo teste de comparações múltiplas de Bonferroni. Os resultados demonstraram um índice de sucesso de 100% dos mini-parafusos inseridos. Após a dissecação dos segmentos ósseos, verificou-se que em alguns casos a superfície da rosca ficou parcialmente exposta, razão pela qual o cálculo da resistência à tração (média na maxila de: 141,76 ± 92,82 Ncm a 237,02 ± 78,34 Ncm e média na mandíbula de: 156,86 ± 75,55 Ncm a 328,76 ± 82,17 Ncm) foi feito em relação à área real de inserção (maxila: 24,01 ± 6,09mm2 e mandíbula: 22,88 ± 5,31mm2), observando-se um valor médio por mm2 significativamente maior na mandíbula (11,60 ± 5,22 Ncm) quando comparado à maxila (8,22 ± 5,04 Ncm). A relação entre a intensidade da força de tração (Ncm), superfície inserida (mm2) e períodos de cicatrização não apresentaram diferenças significantes (p= 0,126). Com base nestes resultados podemos concluir que os mini-parafusos avaliados demonstraram excelente desempenho biomecânico nos diferentes períodos de cicatrização analisados, apresentando maior resistência à tração no osso mandibular.With the purpose of evaluating the influence of bone healing process on the biomechanical performance of mini-screws used as anchorage in orthodontics, 60 self-tapping (Tomas® - Dentaurum / Germany) mini-screws were inserted (1.6 x 6 mm) in the maxilla and in the mandible of 5 adult Beagle dogs. Upper and lower premolars (P1, P2, P3, P4) were extracted three months before the vertical insertion of mini-screws. The dogs were sacrified on days 0, 2, 7, 15 and 30 after the insertion of mini-screws. The jaws were dissected and the bone blocks, containing the miniscrews, were prepared to the axial pull-out strength in the Universal Testing Machine EMIC ® 2000, using a device developed specifically for this study. The values and graphics for the mechanical performance were immediately generated and recorded by the acquisition program. The clinical success rate of mini-screws was 100%. The possible differences between the healing periods were analyzed by Bonferroni´s multiple test comparisons and variance analysis (ANOVA). After the dissection of the bone segments, it was found that in some cases, the mini-screw thread was not fully inserted into the bone, reason why the pull-out strength (average of the maxilla: 141.76 ± 92.82 Ncm to 237.02 ± 78.34 Ncm and average in the mandible of 156.86 ± 75.55 Ncm to 328.76 ± 82.17 Ncm) was evaluated in relation to the real area of insertion (maxilla: 24.01 ± 6.09 mm2 and mandible: 22.88 ± 5.31 mm2). Mean value/mm2 were significantly higher in the mandible (11.60 ± 5.22 Ncm/mm2) than the maxilla (8.22 ± 5.04 Ncm/mm2). There was no statistically significant difference (p = 0126) between pull-out strength (Ncm), surface inserted (mm2) and the observed healing periods. Based on these results it can be concluded that mini-screws evaluated in this study demonstrated an excellent biomechanical behavior in all different periods of healing, showing more resistance to traction in the mandibular bone.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMorea, Gladys Cristina DominguezFerrazzo, Vilmar Antonio2008-10-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23151/tde-21012009-144722/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:57Zoai:teses.usp.br:tde-21012009-144722Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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