Avaliação do implante de lente intraocular na cirurgia de catarata pediátrica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-18042021-160319/ |
Resumo: | Introdução: O implante de lente intraocular (LIO) na cirurgia de catarata pediátrica é recente e, apesar de ser progressivamente mais realizado, há ainda controvérsias em relação à técnica cirúrgica empregada e em relação ao momento ideal para se implantar a LIO. Existem evidências na literatura de que a idade ideal para realizar o implante primário seja após os dois anos de idade e para o implante secundário após os três anos de idade. Contudo, são poucas as publicações de implante de LIO em crianças antes dessa faixa etária, o que pode enviesar as conclusões. Existem também novas plataformas de LIOs que ainda não foram avaliadas em crianças. Objetivos: Avaliar os resultados de implante de LIO em crianças submetidas a cirurgia de catarata. Métodos: Os principais desfechos avaliados foram complicações pós-operatórias, cirurgias adicionais e mudança refracional. Foram realizados três estudos retrospectivos e um estudo prospectivo. No primeiro estudo retrospectivo, comparou-se duas técnicas cirúrgicas de capsulotomia posterior (via corneal e via pars plana) com vitrectomia anterior no implante primário de LIO no saco capsular em 46 crianças (56 olhos) entre três meses e nove anos de idade. No segundo estudo retrospectivo, avaliou-se o implante primário de LIO no saco capsular em 68 crianças (93 olhos) entre cinco e 24 meses de idade. No terceiro estudo retrospectivo, foi avaliado o implante secundário de LIO no sulco ciliar em 50 crianças (75 olhos) entre 11 e 30 meses de vida. Prospectivamente, no quarto estudo, comparouse duas LIOs acrílicas, uma hidrofóbica (AcrySof SA60AT) e outra hidrofílica (Akreos Adapt AO) com bordas quadradas implantadas em 17 crianças (26 olhos) entre cinco e 12 anos. Resultados: No primeiro estudo houve mais complicações na modalidade cirúrgica via corneal (p <0,005), sendo que a corectopia foi a mais frequente (28,5%), seguida pela opacidade de cápsula posterior (OCP) (21,4%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 39,2% dos olhos, sendo a maioria dos pacientes do grupo via corneal (51,8% versus 27,6% p=0,1132). No segundo estudo, a OCP (13,97%) foi a complicação mais frequente, seguida pela corectopia (5,37%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 19,3% dos olhos. A mudança refracional foi maior nos pacientes operados antes dos sete meses de vida. No terceiro estudo, o glaucoma (16%) foi a complicação mais frequente, seguido pela corectopia (13,3%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 17,33% dos olhos. Houve correlação negativa entre maior período de acompanhamento e miopia (R=-0,415). Com relação à comparação prospectiva entre as lentes acrílicas hidrofóbica versus hidrofílica, avaliou-se que a OCP foi a complicação mais frequente, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,902) entre os grupos. A capsulotomia posterior com Nd:YAG foi requerida em seis olhos (23,07%) após um ano da cirurgia, não havendo diferença estatística entre os grupos (p=0.097). Todos pacientes melhoraram a acuidade visual após o procedimento cirúrgico. Conclusões: O implante de LIO na cirurgia de catarata pediátrica pode ser realizado mais precocemente do que o preconizado atualmente. A OCP segue como uma complicação frequente no pós-operatório, podendo ser reduzida com a técnica de capsulotomia posterior per-operatória via pars plana, e o material ou desenho da LIO não diminui sua ocorrência em crianças. |
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Avaliação do implante de lente intraocular na cirurgia de catarata pediátricaEvaluation of intraocular lens implantation in pediatric cataract surgeryAfaciaAphakiaCataractCatarataIntraocular lensesLentes intraocularesOpacidade de cápsula posteriorPosterior capsule opacification.PseudofaciaPseudophakiaIntrodução: O implante de lente intraocular (LIO) na cirurgia de catarata pediátrica é recente e, apesar de ser progressivamente mais realizado, há ainda controvérsias em relação à técnica cirúrgica empregada e em relação ao momento ideal para se implantar a LIO. Existem evidências na literatura de que a idade ideal para realizar o implante primário seja após os dois anos de idade e para o implante secundário após os três anos de idade. Contudo, são poucas as publicações de implante de LIO em crianças antes dessa faixa etária, o que pode enviesar as conclusões. Existem também novas plataformas de LIOs que ainda não foram avaliadas em crianças. Objetivos: Avaliar os resultados de implante de LIO em crianças submetidas a cirurgia de catarata. Métodos: Os principais desfechos avaliados foram complicações pós-operatórias, cirurgias adicionais e mudança refracional. Foram realizados três estudos retrospectivos e um estudo prospectivo. No primeiro estudo retrospectivo, comparou-se duas técnicas cirúrgicas de capsulotomia posterior (via corneal e via pars plana) com vitrectomia anterior no implante primário de LIO no saco capsular em 46 crianças (56 olhos) entre três meses e nove anos de idade. No segundo estudo retrospectivo, avaliou-se o implante primário de LIO no saco capsular em 68 crianças (93 olhos) entre cinco e 24 meses de idade. No terceiro estudo retrospectivo, foi avaliado o implante secundário de LIO no sulco ciliar em 50 crianças (75 olhos) entre 11 e 30 meses de vida. Prospectivamente, no quarto estudo, comparouse duas LIOs acrílicas, uma hidrofóbica (AcrySof SA60AT) e outra hidrofílica (Akreos Adapt AO) com bordas quadradas implantadas em 17 crianças (26 olhos) entre cinco e 12 anos. Resultados: No primeiro estudo houve mais complicações na modalidade cirúrgica via corneal (p <0,005), sendo que a corectopia foi a mais frequente (28,5%), seguida pela opacidade de cápsula posterior (OCP) (21,4%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 39,2% dos olhos, sendo a maioria dos pacientes do grupo via corneal (51,8% versus 27,6% p=0,1132). No segundo estudo, a OCP (13,97%) foi a complicação mais frequente, seguida pela corectopia (5,37%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 19,3% dos olhos. A mudança refracional foi maior nos pacientes operados antes dos sete meses de vida. No terceiro estudo, o glaucoma (16%) foi a complicação mais frequente, seguido pela corectopia (13,3%). Cirurgias adicionais foram requeridas em 17,33% dos olhos. Houve correlação negativa entre maior período de acompanhamento e miopia (R=-0,415). Com relação à comparação prospectiva entre as lentes acrílicas hidrofóbica versus hidrofílica, avaliou-se que a OCP foi a complicação mais frequente, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,902) entre os grupos. A capsulotomia posterior com Nd:YAG foi requerida em seis olhos (23,07%) após um ano da cirurgia, não havendo diferença estatística entre os grupos (p=0.097). Todos pacientes melhoraram a acuidade visual após o procedimento cirúrgico. Conclusões: O implante de LIO na cirurgia de catarata pediátrica pode ser realizado mais precocemente do que o preconizado atualmente. A OCP segue como uma complicação frequente no pós-operatório, podendo ser reduzida com a técnica de capsulotomia posterior per-operatória via pars plana, e o material ou desenho da LIO não diminui sua ocorrência em crianças.Purpose: Intraocular lens (IOL) implantation in pediatric cataract surgery is recent and, despite becoming increasingly common, there are still controversies surrounding appropriate surgical technique and the ideal moment to implant an IOL. There is evidence that the ideal time to perform the primary IOL is over the age of two years, and the secondary IOL implantation is for patients older than three. However, there are few publications of IOL implantation in children under that age group, which can bias conclusions. In addition, there are new IOL platforms that have to be evaluated in children. Objectives: To evaluate the results of IOL implantation in children who underwent cataract surgery. Methods: The main outcomes were postoperative complications, additional surgeries and myopic shift. Three retrospective studies and one prospective were performed. In the first retrospective study, two surgical techniques of posterior capsulotomy (corneal and pars plana approach) and anterior vitrectomy with primary IOL implantation were compared in 46 children (56 eyes) between three months and nine years of age. In the second retrospective study, the primary IOL implantation inthe-bag was evaluated in 68 children (93 eyes) between five and 24 months of age. In the third retrospective study, the secondary IOL implantation in the ciliary sulcus was evaluated in 50 children (75 eyes) between 11 and 30 months of age. Prospectively, the fourth study, compared two acrylic IOLs, one hydrophobic (AcrySof SA60AT) and another hydrophilic (Akreos Adapt AO) with square-edge implanted in 17 children (26 eyes) undergoing cataract surgery between five and 12 years of age. Results: In the first study, there were more complications in the corneal group (p <0,005), corectopia being the most frequent (28.5%), followed by posterior capsule opacification (OCP) (21.4%). Additional surgeries were required in 39.2% of the eyes, most patients being in the corneal group (51.8% versus 27.6% p = 0.1132). In the second study, OCP (13.97%) was the most frequent complication, followed by corectopia (5.37%). Additional surgeries were required in 19.3%. The highest myopic shift was observed in infants who underwent surgery at five and six months of age. In the third study, glaucoma (16%) was the most frequent complication, followed by corectopia (13.3%). Additional surgeries were required in 17.33% of the eyes. There was a negative correlation between a longer followup period and myopia (R=-0,415). Regarding the prospective comparison between hydrophobic versus hydrophilic acrylic lenses, PCO tuned out to be the most frequent complication with no statistically significant difference (p=0.902) between the groups. All patients improved visual acuity after the surgical procedure. Posterior capsulotomy with Nd:YAG was required in six of the eyes (23.07%) after one year of surgery, no significant differences were observed between the two groups (p=0,097). Conclusions: IOL implantation in pediatric cataract can be performed earlier than currently recommended. PCO continues as a frequent complication in the postoperative period, which can be reduced with the perioperative posterior capsulotomy technique via pars plana and the IOL material or design will not reduce PCO occurrence in childrenBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJosé Junior, Newton KaraPena, Camila Ribeiro Koch2020-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-18042021-160319/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-04-18T22:19:02Zoai:teses.usp.br:tde-18042021-160319Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-04-18T22:19:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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