A influência tardia do estresse agudo único na extinção da memória emocional em ratos Wistar.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-08082023-090725/ |
Resumo: | O estresse, causa importante de inúmeros transtornos de ansiedade, desencadeia diversas transformações endócrinas, comportamentais e neuronais. Uma dessas alterações é a ativação do eixo HPA (Hipotálamo-Hipófise-Adrenal), com a liberação glicocorticoides (GCs) e epinefrina/norepinefrina (Epi/NE). No sistema nervoso central (SNC), as modificações mnemônicas de conteúdo aversivo provocadas pelo estresse são alvo de investigações em inúmeros trabalhos recentes, sendo que regiões como o córtex pré-frontal (CPF) e o complexo basolateral da amígdala (BLA) desempenham papéis-chave nesse processo. Tanto o BLA (centro de regulação autonômica, comportamental e hormonal pós-estresse) quanto o CPF (região encefálica que coordena respostas cognitivas, emocionais e comportamentais a estímulos ameaçadores) são elementos cruciais no remodelamento sináptico, na atividade neuronal e em tarefas comportamentais relacionados à processos mnemônicos como a extinção da memória de conteúdo aversivo. Entretanto, a participação dessas estruturas pós-estresse na extinção da memória aversiva ainda é alvo de inúmeros estudos. Além disso, faltam investigações sobre a influência tardia do estresse sobre a extinção desse tipo de memória. Desse modo, utilizamos ratos Wistar (220-250 g, 60 dias de idade) e realizamos o estresse de contenção de 2 hs seguido da extinção da memória em 2 momentos: 24 hs e 10 dias após o estresse. Para a atividade de neurônios do BLA e CPF, realizamos ensaio de imuno-histoquímica (EGR1) no póschoque e ao final da extinção, além de dosagens séricas do hormônio Corticosterona (CORT). Nossos resultados mostraram que o estresse de contenção de 2 hs causa um prejuízo na extinção da memória emocional após 10 dias, mas não após 24 hs, com alterações na excitabilidade de estruturas como BLA e subdivisões do CPFm. Assim, este trabalho sugere que estresse pode modular, tardiamente, a extinção de uma memória aversiva e que o BLA e o CPFm participam da coordenação desse processo mnemônico. |
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A influência tardia do estresse agudo único na extinção da memória emocional em ratos Wistar.The late influence of single acute stress on aversive memory extinction in Wistar rats.AmígdalaAmygdalaAversive MemoryCerebral cortexCórtex cerebralEstresseExtinçãoextinctionMemória aversivaPTSDStressTEPTO estresse, causa importante de inúmeros transtornos de ansiedade, desencadeia diversas transformações endócrinas, comportamentais e neuronais. Uma dessas alterações é a ativação do eixo HPA (Hipotálamo-Hipófise-Adrenal), com a liberação glicocorticoides (GCs) e epinefrina/norepinefrina (Epi/NE). No sistema nervoso central (SNC), as modificações mnemônicas de conteúdo aversivo provocadas pelo estresse são alvo de investigações em inúmeros trabalhos recentes, sendo que regiões como o córtex pré-frontal (CPF) e o complexo basolateral da amígdala (BLA) desempenham papéis-chave nesse processo. Tanto o BLA (centro de regulação autonômica, comportamental e hormonal pós-estresse) quanto o CPF (região encefálica que coordena respostas cognitivas, emocionais e comportamentais a estímulos ameaçadores) são elementos cruciais no remodelamento sináptico, na atividade neuronal e em tarefas comportamentais relacionados à processos mnemônicos como a extinção da memória de conteúdo aversivo. Entretanto, a participação dessas estruturas pós-estresse na extinção da memória aversiva ainda é alvo de inúmeros estudos. Além disso, faltam investigações sobre a influência tardia do estresse sobre a extinção desse tipo de memória. Desse modo, utilizamos ratos Wistar (220-250 g, 60 dias de idade) e realizamos o estresse de contenção de 2 hs seguido da extinção da memória em 2 momentos: 24 hs e 10 dias após o estresse. Para a atividade de neurônios do BLA e CPF, realizamos ensaio de imuno-histoquímica (EGR1) no póschoque e ao final da extinção, além de dosagens séricas do hormônio Corticosterona (CORT). Nossos resultados mostraram que o estresse de contenção de 2 hs causa um prejuízo na extinção da memória emocional após 10 dias, mas não após 24 hs, com alterações na excitabilidade de estruturas como BLA e subdivisões do CPFm. Assim, este trabalho sugere que estresse pode modular, tardiamente, a extinção de uma memória aversiva e que o BLA e o CPFm participam da coordenação desse processo mnemônico.Stress, one of the fundamental causes of numerous anxiety disorders, triggers several endocrine, behavioral, and neuronal transformations. One of them is the HPA (Hypothalamus-Pituitary-Adrenal) axis activation, with the release of glucocorticoids (GCs) and epinephrine/norepinephrine (Epi/NE). In the central nervous system (CNS), the stress-induced mnemonic alterations of aversive content are the subject of investigations in numerous recent studies, and areas such as the medial prefrontal cortex (mPFC) and the basolateral amygdala complex (BLA) play critical roles in this process. The BLA (the post-stress autonomic, behavioral, and hormonal regulatory center) and the mPFC (that coordinates cognitive, emotional, and behavioral responses to threatening stimuli) are crucial elements in stress-related synaptic remodeling, neuronal activity, and behavioral tasks. However, the participation of these structures in the extinction of aversive memory is still the subject of numerous studies. More importantly, investigations about the late influence of stress on the extinction of this type of memory are lacking. Thus, we used Wistar rats (220-250 g, 60 days of age) and 2h of restraint stress, followed by contextual fear extinction initiated at 2 crucial moments: 24 h and 10 days after the stress. To address BLA and CPF neuronal activities, we analyzed EGR1 protein expression by immunohistochemistry 90 minutes after the unconditioned stimulus (US) presentation (footshock 0,5 mA, 1sec) and after the extinction test (6th day of daily contextual exposure) and serum corticosterone (CORT) levels in different time-points during restraint stress, US presentation and extinction test. Our results showed that the 2 h restraint stress causes extinction memory impairment after 10 days, but not after 24 h, with changes in the neuronal excitability in the BLA and infra-limbic (IL) and pre-limbic (PL) mPFC subdivisions. Therefore, our study suggests that a single acute stress experience can modulate the late aversive memory extinction and that the BLA and the IL- and PL-mPFC crucially coordinate this stress-induced effect in this mnemonic process.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMunhoz, Carolina DemarchiPerfetto, Juliano Genaro2022-10-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-08082023-090725/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-08-10T14:57:53Zoai:teses.usp.br:tde-08082023-090725Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-08-10T14:57:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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