Exposição à radiação ionizante dos pacientes e operador na embolização das artérias prostáticas para tratamento da hiperplasia benigna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Gustavo Henrique Vieira de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-20082020-113301/
Resumo: A embolização das artérias prostáticas (EAP) para tratamento dos sintomas obstrutivos da hiperplasia benigna é um procedimento complexo pela variabilidade anatômica, superposição de vasos e estruturas pélvicas, além do fino calibre e tortuosidade destas artérias. Embora venha ganhando cada vez mais aceitação, não tem sido alvo de estudos dosimétricos. Este trabalho apresenta os resultados de exposição à radiação ionizante dos pacientes e do operador em 34 pacientes consecutivos submetidos à EAP no Hospital da Restauração, Recife-PE. Dados epidemiológicos gerais e do procedimento foram obtidos tais como tempo de fluoroscopia, parâmetros de radiação, projeções e número de imagens. A dosimetria dos pacientes foi realizada através da dose máxima na pele (PSD) obtida com filme radiocrômico (Gafchromic XR RV3), pelo produto kerma ar-área (PKA) e do kerma ar no ponto de referência (Ka,r). A dosimetria ocupacional foi realizada com dosímetros termoluminescentes distribuídos em várias regiões do radiologista intervencionista. As primeiras 25 EAPs foram realizadas com protocolo padrão do equipamento. Neste grupo, a média da máxima dose na pele dos pacientes foi de 2,4 Gy, com PKA médio de 450.7 Gy.cm2. A dose efetiva média do médico foi de 17μSv. Após implementação e testes em phantoms do protocolo otimizado de radiação denominado RECiFE (Radiation Exposure Curtailment For Embolization) desenvolvido em parceria e baseado no sistema CARE - Siemens (Combined applications to reduce exposure), foram realizadas 9 EAPs e os resultados dos protocolos foram comparados. Houve redução das doses do operador de aproximadamente 80%. Concluímos que a EAP é um procedimento com elevada exposição dos pacientes e operador e a otimização dos parâmetros é mandatória, questionando-se os protocolos convencionais dos fabricantes.
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