Distribuição da biomassa arbórea e dos nutrientes em plantações puras e consorciadas de Liquidambar styraciflua L. e Pinus caribaea var. hondurensis Bar. Et Golf.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1985 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220208-005453/ |
Resumo: | O Pinus caribaea var. hondurensis, pela sua boa adaptabilidade nas regiões tropicais do Brasil, vem sendo uma das espécies mais utilizadas nos reflorestamentos. A Liquidambar styraciflua L., embora tenha sua principal ocorrência natural nas regiões subtropicais, tem-se mostrado também muito promissora em regiões tropicais. O bom crescimento e a grande produção de biomassa são motivos importantes para o interesse que esta folhosa vem despertando. A carência de trabalhos que envolvam o estudo da influência da consorciação de culturas com espécies florestais motivou a realização deste trabalho. Objetivou-se analisar as características silviculturais das espécies em plantios puros e mistos, bem como a produção, distribuição e concentração de nutrientes na biomassa arbórea. O trabalho foi desenvolvido na região de Agudos, Estado de São Paulo, utilizando parcelas puras e mistas de Liquidambar styraciflua e Pinus caribaea var. hondurensis implantadas em outubro de 1973, sem adubação, no espaçamento 2,0 x 2,5 m, perfazendo uma área de 3.600 m2, com seis parcelas de 20 x 30 m, compostas de cento e vinte árvores, sendo que, para efeito de análise, foram consideradas, apenas, as quarenta e oito centrais. O experimento foi analisado aos 10 anos de idade. Foram avaliadas as características dendrométricas e coletadas amostras de lenho, casca, galhos e folhas de quinze árvores por espécie, em cada tratamento. Posteriormente, estabeleceram-se as melhores equações para estimativa da biomassa de cada componente arbóreo, concentração e conteúdo de nutrientes, índices de eficiência de utilização dos nutrientes e índice de área foliar. Os resultados obtidos mostraram que a biomassa total produzida em parcelas puras pelas árvores de Liquidambar (127,2 t/ha) e Pinus (133,7 t/ha) é inferior à biomassa total produzida pelas árvores em parcelas mistas (143,5 t/ha). Nestas, todavia, 114,1 t/ha foram produzidas pelas árvores de Liquidambar. A biomassa das árvores de Liquidambar plantadas em parcelas puras apresentou por hectare os seguintes conteúdos de macronutrientes: 241 Kg de N, 17 Kg de P, 145 Kg de K, 158 Kg de Ca e 51 Kg de Mg. A biomassa das árvores de Pinus, plantadas em parcelas puras acumulou 350 Kg de N, 19 Kg de P, 135 Kg de K, 107 Kg de Ca e 35 Kg de Mg e as árvores das parcelas mistas de Liquidambar e Pinus acumularam 243 Kg de N, 17 Kg de P, 160 Kg de K, 171 Kg de Ca e 52 Kg de Mg. Observou-se que as copas das árvores de uma maneira geral, acumularam elevadas quantidades de nutrientes, variando de 32 a 61% do conteúdo total de nutrientes contidos na biomassa total das árvores. Os nutrientes nas arvores de Liquidambar se concentraram, de forma decrescente, nas folhas > casca > galhos > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 20,2 vezes mais nutrientes que o lenho. Nas árvores de Pinus a maior concentração foi nas folhas seguido de galhos > casca > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 10,6 vezes mais nutrientes que o lenho. O plantio misto, de modo geral, não afetou a concentração dos macronutrientes nas árvores de Liquidambar, salvo um decréscimo significativo na concentração do nitrogênio nos galhos e um acréscimo de P e K na casca. Nas árvores de Pinus o plantio misto afetou, significativamente, as concentrações dos nutrientes P, Ca e Mg, na casca, e Mg, nos galhos. O índice de área foliar para as árvores de Liquidambar e Pinus, em parcelas puras, foi respectivamente, de 3,2 e 12,5 m2/m2 e, nas parcelas mistas, as mesmas espécies apresentaram índices de 4,0 e 1,4 m2/m2, evidenciando que as árvores de Pinus foram dominadas pelas árvores de Liquidambar. De maneira geral, as árvores de Pinus foram mais eficientes na utilização dos nutrientes que as árvores de Liquidambar. |
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Distribuição da biomassa arbórea e dos nutrientes em plantações puras e consorciadas de Liquidambar styraciflua L. e Pinus caribaea var. hondurensis Bar. Et Golf.Biomass and nutrient distribution in pure and mixed stands of Liquidambar styraciflua L. and Pinus caribaea var. hondurensis Bar. Et Golf.BIOMASSACONSORCIAÇÃO DE CULTURASNUTRIENTES MINERAIS DO SOLOPINHEIROO Pinus caribaea var. hondurensis, pela sua boa adaptabilidade nas regiões tropicais do Brasil, vem sendo uma das espécies mais utilizadas nos reflorestamentos. A Liquidambar styraciflua L., embora tenha sua principal ocorrência natural nas regiões subtropicais, tem-se mostrado também muito promissora em regiões tropicais. O bom crescimento e a grande produção de biomassa são motivos importantes para o interesse que esta folhosa vem despertando. A carência de trabalhos que envolvam o estudo da influência da consorciação de culturas com espécies florestais motivou a realização deste trabalho. Objetivou-se analisar as características silviculturais das espécies em plantios puros e mistos, bem como a produção, distribuição e concentração de nutrientes na biomassa arbórea. O trabalho foi desenvolvido na região de Agudos, Estado de São Paulo, utilizando parcelas puras e mistas de Liquidambar styraciflua e Pinus caribaea var. hondurensis implantadas em outubro de 1973, sem adubação, no espaçamento 2,0 x 2,5 m, perfazendo uma área de 3.600 m2, com seis parcelas de 20 x 30 m, compostas de cento e vinte árvores, sendo que, para efeito de análise, foram consideradas, apenas, as quarenta e oito centrais. O experimento foi analisado aos 10 anos de idade. Foram avaliadas as características dendrométricas e coletadas amostras de lenho, casca, galhos e folhas de quinze árvores por espécie, em cada tratamento. Posteriormente, estabeleceram-se as melhores equações para estimativa da biomassa de cada componente arbóreo, concentração e conteúdo de nutrientes, índices de eficiência de utilização dos nutrientes e índice de área foliar. Os resultados obtidos mostraram que a biomassa total produzida em parcelas puras pelas árvores de Liquidambar (127,2 t/ha) e Pinus (133,7 t/ha) é inferior à biomassa total produzida pelas árvores em parcelas mistas (143,5 t/ha). Nestas, todavia, 114,1 t/ha foram produzidas pelas árvores de Liquidambar. A biomassa das árvores de Liquidambar plantadas em parcelas puras apresentou por hectare os seguintes conteúdos de macronutrientes: 241 Kg de N, 17 Kg de P, 145 Kg de K, 158 Kg de Ca e 51 Kg de Mg. A biomassa das árvores de Pinus, plantadas em parcelas puras acumulou 350 Kg de N, 19 Kg de P, 135 Kg de K, 107 Kg de Ca e 35 Kg de Mg e as árvores das parcelas mistas de Liquidambar e Pinus acumularam 243 Kg de N, 17 Kg de P, 160 Kg de K, 171 Kg de Ca e 52 Kg de Mg. Observou-se que as copas das árvores de uma maneira geral, acumularam elevadas quantidades de nutrientes, variando de 32 a 61% do conteúdo total de nutrientes contidos na biomassa total das árvores. Os nutrientes nas arvores de Liquidambar se concentraram, de forma decrescente, nas folhas > casca > galhos > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 20,2 vezes mais nutrientes que o lenho. Nas árvores de Pinus a maior concentração foi nas folhas seguido de galhos > casca > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 10,6 vezes mais nutrientes que o lenho. O plantio misto, de modo geral, não afetou a concentração dos macronutrientes nas árvores de Liquidambar, salvo um decréscimo significativo na concentração do nitrogênio nos galhos e um acréscimo de P e K na casca. Nas árvores de Pinus o plantio misto afetou, significativamente, as concentrações dos nutrientes P, Ca e Mg, na casca, e Mg, nos galhos. O índice de área foliar para as árvores de Liquidambar e Pinus, em parcelas puras, foi respectivamente, de 3,2 e 12,5 m2/m2 e, nas parcelas mistas, as mesmas espécies apresentaram índices de 4,0 e 1,4 m2/m2, evidenciando que as árvores de Pinus foram dominadas pelas árvores de Liquidambar. De maneira geral, as árvores de Pinus foram mais eficientes na utilização dos nutrientes que as árvores de Liquidambar.Due to its good adaptability to Brazilian tropical regions, the Pinus caribaea var. hondurensis has been the most utilized pine species for reforestation. Although the Liquidambar styraciflua L. is originally from subtropical regions, it has revealed to be promising in tropical regions. Its good growth along with its large biomass production are important features for the interest that this hardwood has raised. The lack of research work relating to the influence of the establishment of mixed stands motivated this work. The aim of this research was to analyze the silvicultural characteristics of the species in pure and mixed stands, as well as the production, distribution and concentration of nutrients in tree biomass. This research was developed in the region of Agudos, State of São Paulo, utilizing pure and mixed plots of Liquidambar styraciflua and Pinus caribaea var. hondurensis established in October, 1973, without fertilization, in a 2.0 x 2.5 m spacings in an area of 3,600 m2, with six 20 x 30 m plots of one handred and twenty trees of which fourty eight centrally located were used for analysis. The stands were analysed 10 years old. The dendrometric characteristics were evaluated and samples of wood, bark, branch and leaf were collected from fifteen trees from each species in each treatment. Later, the best equations were established for estimating the biomass of each tree component, nutrient concentration and content, index of nutrient utilization efficiency and the leaf area index. Results obtained revealed that the total biomass produced in pure plots of Liquidambar (127,2 t/ha) and Pinus (133,7 t/ha) is lower than the total biomass produced by the trees in mixed plots (143,5 t/ha). However, in the latter, 114,1 t/ha was produced by the Liquidambar trees. The biomass of L. styraciflua growing in pure stands stored the following macronutrient contents per hectare: 241 Kg of N, 17 Kg of P, 145 Kg of K, 158 Kg of Ca and 51 Kg of Mg. The biomass of Pinus in pure stands accumulated 350 Kg of N, 19 Kg of P, 135 Kg of K, 107 Kg of Ca and 35 Kg of Mg per hectare and the mixed stand of Liquidambar with Pinus, accumulated 243 Kg of N, 17 Kg of P, 160 Kg of K, 171 Kg of Ca and 52 Kg of Mg per hectare. The tree crowns had higher nutrient content than other tree components, varying from 32 70 61% of the total nutrients contained in the biomass. The nutrients in the Liquidambar trees were concentrated in a decreasing order: leaves > bark > branches > wood. In the Pinus trees, the concentration order was leaves > branches > bark > wood. In general, the mixed stand did not affect the macronutrient concentration in the Liquidambar trees. In the Pinus trees, the mixed stand significantly affected the concentration of the nutrients P, Ca, and Mg in the bark an Mg in the stems. The leaf area index for the Liquidambar and Pinus trees in pure stands where 3.2 and 12.5 m2/m2, respectively, and in the mixed stands, these same trees presented indexes of 4.0 and 1.4 m2/m2, revealing that the Pinus trees were dominated by the Liquidambar trees. In general, the Pinus trees presented a more efficient utilization of nutrients than the Liquidambar trees.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPoggiani, FabioDrumond, Marcos Antônio1985-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220208-005453/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-02-08T20:01:35Zoai:teses.usp.br:tde-20220208-005453Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-02-08T20:01:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O Pinus caribaea var. hondurensis, pela sua boa adaptabilidade nas regiões tropicais do Brasil, vem sendo uma das espécies mais utilizadas nos reflorestamentos. A Liquidambar styraciflua L., embora tenha sua principal ocorrência natural nas regiões subtropicais, tem-se mostrado também muito promissora em regiões tropicais. O bom crescimento e a grande produção de biomassa são motivos importantes para o interesse que esta folhosa vem despertando. A carência de trabalhos que envolvam o estudo da influência da consorciação de culturas com espécies florestais motivou a realização deste trabalho. Objetivou-se analisar as características silviculturais das espécies em plantios puros e mistos, bem como a produção, distribuição e concentração de nutrientes na biomassa arbórea. O trabalho foi desenvolvido na região de Agudos, Estado de São Paulo, utilizando parcelas puras e mistas de Liquidambar styraciflua e Pinus caribaea var. hondurensis implantadas em outubro de 1973, sem adubação, no espaçamento 2,0 x 2,5 m, perfazendo uma área de 3.600 m2, com seis parcelas de 20 x 30 m, compostas de cento e vinte árvores, sendo que, para efeito de análise, foram consideradas, apenas, as quarenta e oito centrais. O experimento foi analisado aos 10 anos de idade. Foram avaliadas as características dendrométricas e coletadas amostras de lenho, casca, galhos e folhas de quinze árvores por espécie, em cada tratamento. Posteriormente, estabeleceram-se as melhores equações para estimativa da biomassa de cada componente arbóreo, concentração e conteúdo de nutrientes, índices de eficiência de utilização dos nutrientes e índice de área foliar. Os resultados obtidos mostraram que a biomassa total produzida em parcelas puras pelas árvores de Liquidambar (127,2 t/ha) e Pinus (133,7 t/ha) é inferior à biomassa total produzida pelas árvores em parcelas mistas (143,5 t/ha). Nestas, todavia, 114,1 t/ha foram produzidas pelas árvores de Liquidambar. A biomassa das árvores de Liquidambar plantadas em parcelas puras apresentou por hectare os seguintes conteúdos de macronutrientes: 241 Kg de N, 17 Kg de P, 145 Kg de K, 158 Kg de Ca e 51 Kg de Mg. A biomassa das árvores de Pinus, plantadas em parcelas puras acumulou 350 Kg de N, 19 Kg de P, 135 Kg de K, 107 Kg de Ca e 35 Kg de Mg e as árvores das parcelas mistas de Liquidambar e Pinus acumularam 243 Kg de N, 17 Kg de P, 160 Kg de K, 171 Kg de Ca e 52 Kg de Mg. Observou-se que as copas das árvores de uma maneira geral, acumularam elevadas quantidades de nutrientes, variando de 32 a 61% do conteúdo total de nutrientes contidos na biomassa total das árvores. Os nutrientes nas arvores de Liquidambar se concentraram, de forma decrescente, nas folhas > casca > galhos > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 20,2 vezes mais nutrientes que o lenho. Nas árvores de Pinus a maior concentração foi nas folhas seguido de galhos > casca > lenho, onde as folhas concentraram, em média, 10,6 vezes mais nutrientes que o lenho. O plantio misto, de modo geral, não afetou a concentração dos macronutrientes nas árvores de Liquidambar, salvo um decréscimo significativo na concentração do nitrogênio nos galhos e um acréscimo de P e K na casca. Nas árvores de Pinus o plantio misto afetou, significativamente, as concentrações dos nutrientes P, Ca e Mg, na casca, e Mg, nos galhos. O índice de área foliar para as árvores de Liquidambar e Pinus, em parcelas puras, foi respectivamente, de 3,2 e 12,5 m2/m2 e, nas parcelas mistas, as mesmas espécies apresentaram índices de 4,0 e 1,4 m2/m2, evidenciando que as árvores de Pinus foram dominadas pelas árvores de Liquidambar. De maneira geral, as árvores de Pinus foram mais eficientes na utilização dos nutrientes que as árvores de Liquidambar. |
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