Estudo tomográfico da região do Shelf mandibular em diferentes tipos faciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Annelise Nazareth Cunha
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23151/tde-14032019-155833/
Resumo: A ancoragem ortodôntica tem sido motivo de preocupação para os ortodontistas desde o inicio da prática ortodôntica. Os dispositivos transitórios de ancoragem esquelética (miniparafuso) definiram um novo conceito de ancoragem em Ortodontia. A colocação dos dispositivos em uma região extra-alveolar mandibular permite o uso de parafusos de maior diâmetro que podem ser inseridos paralelamente à inclinação axial de molares inferiores sem interferir com as raízes dos dentes que serão movimentados. Na literatura são descritos diferentes tipos faciais que diferem na predominância em relação ao padrão de crescimento facial vertical ou horizontal configurando conformações ósseas mandibulares distintas entre os tipos faciais. Desta forma, o objetivo deste estudo é avaliar se há diferença na espessura do osso vestibular na região do shelf mandibular entre os tipos faciais. Para este estudo retrospectivo foi selecionada uma amostra composta por 84 tomografias computadorizadas por feixe cônico (TCFC) de indivíduos dos gêneros masculino e feminino, adultos, com idade entre 18 e 40 anos. As imagens foram avaliadas no software Dolphin® (versão 11.0, Dolphin Imaging and Management Solutions, Chatsworth, CA - EUA). As tomografias foram divididas em três grupos de acordo com o tipo facial, determinado por meio de reconstruções bidimensionais em norma lateral para realização do traçado da análise cafalométrica proposta por Bjork-Jarabak, sendo: 28 do tipo facial hiperdivergente (Grupo1), 28 do tipo facial neutro (Grupo 2) e 28 do tipo facial hipodivergente (Grupo 3). Para atender aos objetivos do estudo, as medidas foram realizadas nas seguintes regiões: 1- Vestibular da raiz mesial do primeiro molar inferior dos lados esquerdo e direito; 2 - Vestibular da raiz distal do primeiro molar inferior dos lados esquerdo e direito; 3 - Vestibular entre o primeiro e segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito; 4 - Vestibular da raiz mesial do segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito; 5 - Vestibular da raiz distal do segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito. As medidas foram realizadas a 3, 6 e 9 milímetros a partir da junção amelocementária (JAC) dos primeiros e segundos molares, em direção apical, no corte axial, estendendo-se do ponto médio das raízes mesial e distal até a borda mais externa da cortical óssea alveolar adjacente. Os resultados mostraram que, com relação à idade e gênero, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. As medidas do Grupo 1 mostraram que na vestibular da raiz distal do 2º molar a 9mm da JAC apresentaram, em média, valores maiores de 5mm, sendo considerada possível de instação de miniparafuso nesta região, em ambos os lados. No grupo 2 observou-se espaço suficiente para instalação de miniparafuso na vestibular da raiz distal do 2º molar a 6 mm e 9 mm da JAC. Para o Grupo 3 observou-se medidas acima de 5 mm na vestibular da raiz mesial dos segundos molares a 9 mm da JAC e na vestibular da raiz distal a 6 mm e 9 mm da JAC. Baseados nos resultados obtidos, consideramos que existe uma diferença de espessura entre os tipos faciais e que este fator deve ser considerado durante o planejamento para instalação de miniparafusos de ancoragem ortodôntica, no entando para todos os grupos a região mais adequada é na vestibular da raiz distal dos segundos molares inferiores.
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Na literatura são descritos diferentes tipos faciais que diferem na predominância em relação ao padrão de crescimento facial vertical ou horizontal configurando conformações ósseas mandibulares distintas entre os tipos faciais. Desta forma, o objetivo deste estudo é avaliar se há diferença na espessura do osso vestibular na região do shelf mandibular entre os tipos faciais. Para este estudo retrospectivo foi selecionada uma amostra composta por 84 tomografias computadorizadas por feixe cônico (TCFC) de indivíduos dos gêneros masculino e feminino, adultos, com idade entre 18 e 40 anos. As imagens foram avaliadas no software Dolphin® (versão 11.0, Dolphin Imaging and Management Solutions, Chatsworth, CA - EUA). As tomografias foram divididas em três grupos de acordo com o tipo facial, determinado por meio de reconstruções bidimensionais em norma lateral para realização do traçado da análise cafalométrica proposta por Bjork-Jarabak, sendo: 28 do tipo facial hiperdivergente (Grupo1), 28 do tipo facial neutro (Grupo 2) e 28 do tipo facial hipodivergente (Grupo 3). Para atender aos objetivos do estudo, as medidas foram realizadas nas seguintes regiões: 1- Vestibular da raiz mesial do primeiro molar inferior dos lados esquerdo e direito; 2 - Vestibular da raiz distal do primeiro molar inferior dos lados esquerdo e direito; 3 - Vestibular entre o primeiro e segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito; 4 - Vestibular da raiz mesial do segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito; 5 - Vestibular da raiz distal do segundo molar inferior dos lados esquerdo e direito. As medidas foram realizadas a 3, 6 e 9 milímetros a partir da junção amelocementária (JAC) dos primeiros e segundos molares, em direção apical, no corte axial, estendendo-se do ponto médio das raízes mesial e distal até a borda mais externa da cortical óssea alveolar adjacente. Os resultados mostraram que, com relação à idade e gênero, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. As medidas do Grupo 1 mostraram que na vestibular da raiz distal do 2º molar a 9mm da JAC apresentaram, em média, valores maiores de 5mm, sendo considerada possível de instação de miniparafuso nesta região, em ambos os lados. No grupo 2 observou-se espaço suficiente para instalação de miniparafuso na vestibular da raiz distal do 2º molar a 6 mm e 9 mm da JAC. Para o Grupo 3 observou-se medidas acima de 5 mm na vestibular da raiz mesial dos segundos molares a 9 mm da JAC e na vestibular da raiz distal a 6 mm e 9 mm da JAC. Baseados nos resultados obtidos, consideramos que existe uma diferença de espessura entre os tipos faciais e que este fator deve ser considerado durante o planejamento para instalação de miniparafusos de ancoragem ortodôntica, no entando para todos os grupos a região mais adequada é na vestibular da raiz distal dos segundos molares inferiores.Orthodontic anchorage has been of concern to orthodontists since the beginning of orthodontic practice. The transitory anchorage devices (miniscrew) have defined a new concept of anchorage in Orthodontics. Placement of the devices in a mandibular extra alveolar region allows the use of larger diameter screws that can be inserted parallel to the axial inclination of lower molars without interfering with the roots of the teeth that will be moved. The literature describes different facial types that differ in the predominance in relation to the vertical or horizontal facial growth pattern, configuring different mandibular bone conformations between the facial types. Thus, the objective of this study is to evaluate if there is difference in the thickness of the buccal bone in the MBS region between the facial types. For this retrospective study, a sample composed of 84 Cone Beam Computed Tomography (CBCT) of males and females adults, aged between 18 and 40 years, was selected. The images were evaluated in Dolphin® software (version 11.0, Dolphin Imaging and Manegement Solutions, Chatsworth, CA - USA). CT scans were divided into three groups according to the facial type, pre-determined by two-dimensional reconstructions in lateral norm for tracing cephalometric analysis proposed for Bjork-Jarabak\'s: 28 of the hyperdivergent facial type (Group 1), 28 of the neutral facial type (Group 2) and 28 of the hypodivergent facial type (Group 3). To respond the objectives of the study, the measurements were performed in the following regions: 1- Mesial root vestibular of the first lower molar of the left and right sides; 2 - Vestibular of the distal root of the first lower molar of the left and right sides; 3 - Vestibular between the first and second lower molars of the left and right sides; 4 - Vestibular mesial root of the second lower molar of the left and right sides; 5 - Vestibular of the distal root of the second lower molar of the left and right sides. Measurements were made at 3, 6 and 9 millimeters from the amelocemental junction of the first and second molars, apically in the axial cut, extending from the midpoint of the mesial and distal roots to the external border of the alveolar cortical bone adjacent. The results showed that, regarding age and gender, there was no significant statistical difference between the groups. The measurements of Group 1 showed that in the distal root of the 2nd molar to 9mm of the JAC presented, in average, values greater than 5mm, being considered possible of insertion of miniscrew in this region, in both sides. In group 2, sufficient space was observed for the installation of a miniscrew in the distal root of the 2nd molar to 6 mm and 9 mm of the JAC. For Group 3, measurements above 5 mm in the mesial root of the 2nd molars were observed at 9 mm from the JAC and in the distal root of 2nd to 6 mm and 9 mm of the JAC. Based on the results obtained, we consider that there is a difference in thickness between the facial types and that this factor should be considered during the planning for installation of orthodontic miniscrew, whereas for all groups the most suitable region is the vestibular of the distal root of second molars.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPaiva, João Batista deRibeiro, Annelise Nazareth Cunha2018-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23151/tde-14032019-155833/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:51:56Zoai:teses.usp.br:tde-14032019-155833Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:51:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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