O transtorno mental na adolescência e o convívio familiar - relato dos pais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Conceiçao Aparecida
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7134/tde-03102006-105959/
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar a convivência do adolescente doente mental com sua família através do relato dos pais. Foram realizadas entrevistas semi estruturadas com pais de adolescentes em acompanhamento no ambulatório do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do HCFMUSP (SEPIA), no período de março a maio de 2006. Participaram cinco mães e três pais. Utilizou-se a análise de conteúdo, elegendo para este estudo a análise temática, segundo MINAYO. Foram identificadas cinco categorias: “Sentimentos gerados na família ao receber o diagnóstico"; “Mudanças no relacionamento familiar e social no convívio familiar com a doença mental"; “Sentimentos que surgiram no convívio com o transtorno mental"; “Descrença quanto ao tratamento"; “Caminhada do desconhecimento ao conhecimento". Evidenciou-se que os familiares têm dificuldade em aceitar o diagnóstico de uma doença mental em um de seus filhos. A presença desta provocou alterações na dinâmica familiar, acarretando mudanças, não só no convívio da família nuclear, mas afetando os demais componentes da família. O relacionamento na rede social também sofre modificações, em especial com professores e vizinhança. O conhecimento sobre a doença, por parte dos familiares, levou a uma melhor aceitação dessa. Essa constatação mostra, mais uma vez, que as famílias são carentes de orientação e apoio por parte da equipe de saúde que cuida de seus filhos. Apesar de se preconizar, no modelo vigente de saúde mental, o atendimento também às famílias, isto ainda acontece de maneira tímida em determinados locais, sendo a família considerada apenas como fonte de informação. A compreensão do que a família experimenta no seu caminhar com a doença mental, destacada nesse estudo, evidenciou a necessidade de programas de educação em saúde para que possa enfrentar suas dificuldades com mais segurança. Este estudo possibilitou entender um pouco do mundo do adolescente e de seus familiares, enfatizando a importância do profissional Enfermeiro em seu papel de educador. Com base nos resultados desta pesquisa e em resultados de outras, a implantação de programa psicoeducacional aberto, se mostra como possível recurso eficaz coadjuvante para sanar a falta de conhecimento e orientação. Este já se configura como um desdobramento do presente estudo, enfeixando o ensino, pesquisa e assistência.
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Foram identificadas cinco categorias: “Sentimentos gerados na família ao receber o diagnóstico"; “Mudanças no relacionamento familiar e social no convívio familiar com a doença mental"; “Sentimentos que surgiram no convívio com o transtorno mental"; “Descrença quanto ao tratamento"; “Caminhada do desconhecimento ao conhecimento". Evidenciou-se que os familiares têm dificuldade em aceitar o diagnóstico de uma doença mental em um de seus filhos. A presença desta provocou alterações na dinâmica familiar, acarretando mudanças, não só no convívio da família nuclear, mas afetando os demais componentes da família. O relacionamento na rede social também sofre modificações, em especial com professores e vizinhança. O conhecimento sobre a doença, por parte dos familiares, levou a uma melhor aceitação dessa. Essa constatação mostra, mais uma vez, que as famílias são carentes de orientação e apoio por parte da equipe de saúde que cuida de seus filhos. Apesar de se preconizar, no modelo vigente de saúde mental, o atendimento também às famílias, isto ainda acontece de maneira tímida em determinados locais, sendo a família considerada apenas como fonte de informação. A compreensão do que a família experimenta no seu caminhar com a doença mental, destacada nesse estudo, evidenciou a necessidade de programas de educação em saúde para que possa enfrentar suas dificuldades com mais segurança. Este estudo possibilitou entender um pouco do mundo do adolescente e de seus familiares, enfatizando a importância do profissional Enfermeiro em seu papel de educador. Com base nos resultados desta pesquisa e em resultados de outras, a implantação de programa psicoeducacional aberto, se mostra como possível recurso eficaz coadjuvante para sanar a falta de conhecimento e orientação. Este já se configura como um desdobramento do presente estudo, enfeixando o ensino, pesquisa e assistência.The aim of this research was to analyze the mentally sick adolescent’s acquaintance with his family through the parents report. Semi-structured interviews with the adolescents’ parents who have been treated in the ambulatory of the Child and Adolescent Psychiatric Service of HCFMUSP (SEPIA) were done, from March to May, 2006. Five mothers and three fathers participated. The content analysis was used, electing for this research the thematic analysis according to MINAYO. Five categories were identified: “Feelings begot in the family at the moment of the diagnostic “; Changes in the family and social relationship living together with the mental disease"; “Feelings that emerged when living together with the mental disorder"; Faithlessness to the treatment"; “Walk from the unknown to the knowledge". It became evident that parents have difficulty in accepting the mental disorder diagnostic in one of their children. This presence created modification in the family dynamic bringing changes not only to the core of the living together family, but affecting the other components of the family. The relationship in the social area also suffered modifications, especially with teachers and neighborhood. The knowledge about this disease brought a better acceptation. This shows, one more time, that families are poorly informed and supported by the health team that takes care of their children. Despite the fact the current mental health model praises also an attending for the family, this still happens in a shy way in certain places, the family is considered only as a source of information. The comprehension of what the family experiments during the journey in the mental disease stood out in this research showed the necessity of health educational programs, so that they can face their difficulties safely. This study helped understand a little the adolescents and family’s world, emphasizing the importance of the Nurse professional in his educational role. Based on the results of this and other researches, it is suggested the establishment of an open educational program as an efficient co adjuvant resource to clear out the lack of knowledge and orientation. This is a display of the present research, tying together : teaching, research and assistance.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStefanelli, Maguida CostaCruz, Conceiçao Aparecida2006-08-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7134/tde-03102006-105959/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-16T20:48:23Zoai:teses.usp.br:tde-03102006-105959Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-16T20:48:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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