Efeito do espaçamento e arranjo de plantio na produtividade e uniformidade de clones de Eucalyptus na região nordeste do Estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-30012006-160900/ |
Resumo: | A escolha do espaçamento de plantio, para uma determinada espécie ou clone, em silvicultura é de alta relevância por condicionar a quantidade de recursos naturais disponíveis ao crescimento de cada árvore. Isto influencia as taxas de crescimento e sobrevivência das plantas e a produtividade de madeira por hectare, afetando as práticas de manejo e colheita e, conseqüentemente, os custos de produção florestal. Adicionalmente, há a necessidade de se definir o arranjo de plantio, ou retangularidade (razão entre as distâncias entrelinhas e entreplantas), sendo que aqueles com maior distância entrelinhas possuem maior apelo operacional por reduzirem os custos de preparo de solo ou da colheita da madeira. No entanto, teoricamente, o aumento da retangularidade deve diminuir a produtividade e uniformidade das florestas por reduzir a interceptação de luz e acelerar a estratificação das árvores, além de aumentar os riscos de matocompetição e danos causados por ventos. Assim, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos de diferentes espaçamentos e arranjos de plantio na produtividade e uniformidade de dois clones de Eucalyptus selecionados para a região nordeste do Estado de São Paulo. O ensaio foi instalado em outubro de 1998, no município de Altinópolis-SP e consistiu de um fatorial completo 2 x 3 x 3, com 4 repetições, com dois materiais genéticos (clones de E.grandis x urophylla C041 e C219), três espaçamentos (6,0, 10,5 e 15,0 m² planta-1) e três arranjos, com distâncias entrelinhas de 3,0 m (3,00 x 2,00, 3,00 x 3,50 e 3,00 x 5,00), 6,0 (6,00 x 1,00, 6,00 x 1,75 e 6,00 x 2,50 ) e 9,0 metros (9,00 x 0.67, 9,00 x 1,17 e 9,00 x 1,67). Cada parcela teve uma área total de 900 m², com número de árvores e áreas úteis variáveis de 12 a 78 plantas, e de 180 a 468 m², totalizando 6,48 ha de ensaio. As avaliações dendrométricas foram realizadas aos 1,0, 1,5, 3,0, 4,0, 5,0 e 6,0 anos, e a biomassa da parte aérea (folhas, galhos, casca e lenho) foi avaliada ao final da rotação. Aos 6 anos, o clone C041 foi 11% mais produtivo em volume e 5% mais produtivo em biomassa de lenho do que o clone C219, com incrementos médios anuais (IMA) de 33,8 e 30,5 m³ ha-1 ano-1, respectivamente. Esta menor produtividade do C219 deveu-se a sua significativa maior susceptibilidade à quebra pelo vento, notadamente no arranjo de 9 metros. Para ambos os clones, verificou-se maior produção, em volume e biomassa de lenho no espaçamento de 6,0 m², com valores médios de 212 m3 ha-1 e 92 Mg ha-1, com reduções de 10% e 18% na produção para os espaçamentos de 10,5 e 15,0 m2 planta-1. Houve redução da produtividade com o aumento das distâncias entrelinhas, e o arranjo de 3 metros, com 34.0 m3 ha-1 ano-1 e 14.6 Mg ha-1 ano-1, foi 16% superior ao arranjo de 9 metros. Obteve-se um modelo de predição da produtividade, por clone, em função do espaçamento e do arranjo do plantio. Finalmente, observou-se a redução da uniformidade entre árvores clonais com a idade, com a redução do espaçamento e com o aumento da retangularidade. |
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Efeito do espaçamento e arranjo de plantio na produtividade e uniformidade de clones de Eucalyptus na região nordeste do Estado de São PauloSpacing and layout effects on the productivity and uniformity of clonal Eucalyptus in northeastern of São Paulo StateclonagemespaçamentoeucaliptoeucalyptuslayoutplantioprodutividaderectangularityspacingstockingA escolha do espaçamento de plantio, para uma determinada espécie ou clone, em silvicultura é de alta relevância por condicionar a quantidade de recursos naturais disponíveis ao crescimento de cada árvore. Isto influencia as taxas de crescimento e sobrevivência das plantas e a produtividade de madeira por hectare, afetando as práticas de manejo e colheita e, conseqüentemente, os custos de produção florestal. Adicionalmente, há a necessidade de se definir o arranjo de plantio, ou retangularidade (razão entre as distâncias entrelinhas e entreplantas), sendo que aqueles com maior distância entrelinhas possuem maior apelo operacional por reduzirem os custos de preparo de solo ou da colheita da madeira. No entanto, teoricamente, o aumento da retangularidade deve diminuir a produtividade e uniformidade das florestas por reduzir a interceptação de luz e acelerar a estratificação das árvores, além de aumentar os riscos de matocompetição e danos causados por ventos. Assim, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos de diferentes espaçamentos e arranjos de plantio na produtividade e uniformidade de dois clones de Eucalyptus selecionados para a região nordeste do Estado de São Paulo. O ensaio foi instalado em outubro de 1998, no município de Altinópolis-SP e consistiu de um fatorial completo 2 x 3 x 3, com 4 repetições, com dois materiais genéticos (clones de E.grandis x urophylla C041 e C219), três espaçamentos (6,0, 10,5 e 15,0 m² planta-1) e três arranjos, com distâncias entrelinhas de 3,0 m (3,00 x 2,00, 3,00 x 3,50 e 3,00 x 5,00), 6,0 (6,00 x 1,00, 6,00 x 1,75 e 6,00 x 2,50 ) e 9,0 metros (9,00 x 0.67, 9,00 x 1,17 e 9,00 x 1,67). Cada parcela teve uma área total de 900 m², com número de árvores e áreas úteis variáveis de 12 a 78 plantas, e de 180 a 468 m², totalizando 6,48 ha de ensaio. As avaliações dendrométricas foram realizadas aos 1,0, 1,5, 3,0, 4,0, 5,0 e 6,0 anos, e a biomassa da parte aérea (folhas, galhos, casca e lenho) foi avaliada ao final da rotação. Aos 6 anos, o clone C041 foi 11% mais produtivo em volume e 5% mais produtivo em biomassa de lenho do que o clone C219, com incrementos médios anuais (IMA) de 33,8 e 30,5 m³ ha-1 ano-1, respectivamente. Esta menor produtividade do C219 deveu-se a sua significativa maior susceptibilidade à quebra pelo vento, notadamente no arranjo de 9 metros. Para ambos os clones, verificou-se maior produção, em volume e biomassa de lenho no espaçamento de 6,0 m², com valores médios de 212 m3 ha-1 e 92 Mg ha-1, com reduções de 10% e 18% na produção para os espaçamentos de 10,5 e 15,0 m2 planta-1. Houve redução da produtividade com o aumento das distâncias entrelinhas, e o arranjo de 3 metros, com 34.0 m3 ha-1 ano-1 e 14.6 Mg ha-1 ano-1, foi 16% superior ao arranjo de 9 metros. Obteve-se um modelo de predição da produtividade, por clone, em função do espaçamento e do arranjo do plantio. Finalmente, observou-se a redução da uniformidade entre árvores clonais com a idade, com a redução do espaçamento e com o aumento da retangularidade.Defining initial spacing for tree species, or clones, is relevant in silviculture because determines the amount of natural resources available for each tree growth. This influences tree growth rates and survival, and the final wood production, which affects the forest management and harvesting practices and, consequently, the forest production cost. Besides spacing, it is also necessary to define the plantation layout, or rectangularity (between-row to between-plants ratio), and the ones with larger betweenrow distance tend to be select by operational areas due to their low soil preparation or harvest costs. However, theoretically, the increase in rectangularity should reduce productivity and forest uniformity due to the reduction in light interception and the speed up of forest stratification, and can also increase weed competition and wind damage risks. This study was carried out to evaluate the spacing and layout effects on the productivity and uniformity of two Eucalyptus clones in the northeastern of Sao Paulo State. A complete 2 x 3 x 3 factorial design, with four repetitions, was installed in October 1998 in Altinopolis, with 2 clones (C041 and C219), 3 spacings (6,0, 10,5 and 15,0 m² tree-1) and 3 layouts with between-row distances of 3,0 m (3,00 x 2,00, 3,00 x 3,50 and 3,00 x 5,00), 6,0 m (6,00 x 1,00, 6,00 x 1,75 and 6,00 x 2,50 ) and 9,0 m (9,00 x 0.67, 9,00 x 1,17 and 9,00 x 1,67). Each plot had a total area of 900 m², with measured trees and areas ranging from 12 to 78, and 180 to 468 m², totalizing 6,48 ha. DBH and height measurements were done at 1.0, 1.5, 3.0, 4.0, 5.0 and 6.0 years-old, and aboveground biomass (leaves, branches, bark and stem) quantification at the end of the rotation. At 6 years-old, clone C041 was 11% more productive in volume and 5% more productive in stem biomass than clone C219, with mean anual increments (MAI) of 33.8 and 30.5 m³ ha-1 yr-1, respectively. Clone C219 was less productive due to its higher susceptibility to wind damage, mainly at 9 m layouts. For both clones, the 6,0 m² tree-1 spacing showed the larger production, 212 m3 ha-1 and 92 Mg ha-1, with a drop of 10% and 18% for the 10,5 and 15,0 m2 tree-1 spacing. Forest yield reduced with the increase in between-row spacing, and the 3 m layout, with 34.0 m3 ha-1 yr-1 and 14.6 Mg ha-1 yr-1, was 16% superior to the 9 m one. Yield prediction regression, per clone, was obtained as a function of spacing and layout. A reduction in forest uniformity among trees increased with increasing age, lower spacing and higher rectangularity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStape, Jose LuizSilva, Claudio Roberto da2005-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-30012006-160900/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:49Zoai:teses.usp.br:tde-30012006-160900Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A escolha do espaçamento de plantio, para uma determinada espécie ou clone, em silvicultura é de alta relevância por condicionar a quantidade de recursos naturais disponíveis ao crescimento de cada árvore. Isto influencia as taxas de crescimento e sobrevivência das plantas e a produtividade de madeira por hectare, afetando as práticas de manejo e colheita e, conseqüentemente, os custos de produção florestal. Adicionalmente, há a necessidade de se definir o arranjo de plantio, ou retangularidade (razão entre as distâncias entrelinhas e entreplantas), sendo que aqueles com maior distância entrelinhas possuem maior apelo operacional por reduzirem os custos de preparo de solo ou da colheita da madeira. No entanto, teoricamente, o aumento da retangularidade deve diminuir a produtividade e uniformidade das florestas por reduzir a interceptação de luz e acelerar a estratificação das árvores, além de aumentar os riscos de matocompetição e danos causados por ventos. Assim, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos de diferentes espaçamentos e arranjos de plantio na produtividade e uniformidade de dois clones de Eucalyptus selecionados para a região nordeste do Estado de São Paulo. O ensaio foi instalado em outubro de 1998, no município de Altinópolis-SP e consistiu de um fatorial completo 2 x 3 x 3, com 4 repetições, com dois materiais genéticos (clones de E.grandis x urophylla C041 e C219), três espaçamentos (6,0, 10,5 e 15,0 m² planta-1) e três arranjos, com distâncias entrelinhas de 3,0 m (3,00 x 2,00, 3,00 x 3,50 e 3,00 x 5,00), 6,0 (6,00 x 1,00, 6,00 x 1,75 e 6,00 x 2,50 ) e 9,0 metros (9,00 x 0.67, 9,00 x 1,17 e 9,00 x 1,67). Cada parcela teve uma área total de 900 m², com número de árvores e áreas úteis variáveis de 12 a 78 plantas, e de 180 a 468 m², totalizando 6,48 ha de ensaio. As avaliações dendrométricas foram realizadas aos 1,0, 1,5, 3,0, 4,0, 5,0 e 6,0 anos, e a biomassa da parte aérea (folhas, galhos, casca e lenho) foi avaliada ao final da rotação. Aos 6 anos, o clone C041 foi 11% mais produtivo em volume e 5% mais produtivo em biomassa de lenho do que o clone C219, com incrementos médios anuais (IMA) de 33,8 e 30,5 m³ ha-1 ano-1, respectivamente. Esta menor produtividade do C219 deveu-se a sua significativa maior susceptibilidade à quebra pelo vento, notadamente no arranjo de 9 metros. Para ambos os clones, verificou-se maior produção, em volume e biomassa de lenho no espaçamento de 6,0 m², com valores médios de 212 m3 ha-1 e 92 Mg ha-1, com reduções de 10% e 18% na produção para os espaçamentos de 10,5 e 15,0 m2 planta-1. Houve redução da produtividade com o aumento das distâncias entrelinhas, e o arranjo de 3 metros, com 34.0 m3 ha-1 ano-1 e 14.6 Mg ha-1 ano-1, foi 16% superior ao arranjo de 9 metros. Obteve-se um modelo de predição da produtividade, por clone, em função do espaçamento e do arranjo do plantio. Finalmente, observou-se a redução da uniformidade entre árvores clonais com a idade, com a redução do espaçamento e com o aumento da retangularidade. |
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