Atividades cicatrizante e antimicrobiana do óleo-resina de copaíba (Copaifera langsdorffii) em úlceras cutâneas
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12062012-133912/ |
Resumo: | O estudo avaliou o óleo-resina (OR) proveniente da Copaifera langsdorffii quanto: à citotoxicidade; ao potencial cicatrizante em modelos animais; aos efeitos no modelo ex vivo de cicatrização da pele humana; à atividade antimicrobiana in vitro e in vivo. A citotoxicidade do OR (1, 10, 50, 100, 500 e 1000 µg/mL) foi avaliada em culturas de fibroblastos 3T3 pela determinação da viabilidade e proliferação celular. A atividade cicatrizante foi avaliada em úlceras cutâneas em orelha de coelho, com aplicações tópicas diárias, por 21 dias, do OR in natura e em creme (10 e 25%) e controles [creme base (Cr) e solução fisiológica]; no dorso de ratos, o tratamento consistiu de creme a 10% e os mesmos controles, por 14 dias. As úlceras foram avaliadas por análise de imagem, índices de cicatrização e histologia nos dias 2, 7, 14 e 21. Parâmetros bioquímicos (hidroxiprolina e metaloproteinases) foram incluídos na investigação da cicatrização em ratos. No modelo ex vivo, os fragmentos de pele receberam diariamente: OR in natura, cremes a 10 e 25% e controles (Cr e meio de cultura (DMEM), por 21 dias, e foram avaliados nos dias 0, 1, 3, 7, 14 e 21, por análises clínico-fotográfica e histológica. A atividade antimicrobiana in vitro foi avaliada pela determinação das concentrações inibitória e bactericida mínimas para bactérias Gram-positivas: S. aureus (ATCC 6538), S. pyogenes (ATCC 19615) e Enterococcus faecalis (ATCC 10541) e Gram-negativas: P. aeruginosa (ATCC 2327) e E. coli (ATCC 10538). A atividade antimicrobiana in vivo foi avaliada nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos, pela contagem bacteriana no exsudato e biópsias nos dias 2, 7 e 14 após úlceras e inoculação bacteriana além da atividade cicatrizante. O OR não apresentou toxicidade aos fibroblastos até 100 µg/mL, com viabilidade e proliferação de 90 a 100%. Promoveu melhor cicatrização a 10%, nos modelos orelha de coelho e dorso de ratos, enquanto, in natura ocasionou agressão tecidual. O modelo ex vivo manteve-se viável por 21 dias; a 10% o OR inibiu a reepitelização das úlceras, diferente do controle (DMEM), evidenciando que sua atividade cicatrizante é dependente do processo inflamatório, ausente neste modelo. Apresentou atividade antimicrobiana in vitro (S. aureus, S. pyogenes e E. faecalis), a qual se manteve in vivo observada pelo estímulo cicatrizante do OR a 10% em creme nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos. Os resultados evidenciaram que o OR da C. langsdorffii não foi citotóxico, apresentou atividade antimicrobiana in vitro e in vivo, além de importante atividade cicatrizante dependente, essencialmente da fase inflamatória, demonstrada nos modelos animais e ausente no modelo ex vivo, contribuindo para o conhecimento quanto ao seu mecanismo de ação, eficácia e segurança para o uso clínico na cicatrização de úlceras cutâneas. |
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Atividades cicatrizante e antimicrobiana do óleo-resina de copaíba (Copaifera langsdorffii) em úlceras cutâneasHealing and antimicrobial activities of copaiba oleoresin (Copaifera langsdorffii) on cutaneous wounds.Copaifera langsdorffiiCopaifera langsdorffiiAnimal modelsCicatrização de feridasEfficacyEficáciaFitoterapiaModelos animaisPhytotherapySafetySegurançaWound healingO estudo avaliou o óleo-resina (OR) proveniente da Copaifera langsdorffii quanto: à citotoxicidade; ao potencial cicatrizante em modelos animais; aos efeitos no modelo ex vivo de cicatrização da pele humana; à atividade antimicrobiana in vitro e in vivo. A citotoxicidade do OR (1, 10, 50, 100, 500 e 1000 µg/mL) foi avaliada em culturas de fibroblastos 3T3 pela determinação da viabilidade e proliferação celular. A atividade cicatrizante foi avaliada em úlceras cutâneas em orelha de coelho, com aplicações tópicas diárias, por 21 dias, do OR in natura e em creme (10 e 25%) e controles [creme base (Cr) e solução fisiológica]; no dorso de ratos, o tratamento consistiu de creme a 10% e os mesmos controles, por 14 dias. As úlceras foram avaliadas por análise de imagem, índices de cicatrização e histologia nos dias 2, 7, 14 e 21. Parâmetros bioquímicos (hidroxiprolina e metaloproteinases) foram incluídos na investigação da cicatrização em ratos. No modelo ex vivo, os fragmentos de pele receberam diariamente: OR in natura, cremes a 10 e 25% e controles (Cr e meio de cultura (DMEM), por 21 dias, e foram avaliados nos dias 0, 1, 3, 7, 14 e 21, por análises clínico-fotográfica e histológica. A atividade antimicrobiana in vitro foi avaliada pela determinação das concentrações inibitória e bactericida mínimas para bactérias Gram-positivas: S. aureus (ATCC 6538), S. pyogenes (ATCC 19615) e Enterococcus faecalis (ATCC 10541) e Gram-negativas: P. aeruginosa (ATCC 2327) e E. coli (ATCC 10538). A atividade antimicrobiana in vivo foi avaliada nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos, pela contagem bacteriana no exsudato e biópsias nos dias 2, 7 e 14 após úlceras e inoculação bacteriana além da atividade cicatrizante. O OR não apresentou toxicidade aos fibroblastos até 100 µg/mL, com viabilidade e proliferação de 90 a 100%. Promoveu melhor cicatrização a 10%, nos modelos orelha de coelho e dorso de ratos, enquanto, in natura ocasionou agressão tecidual. O modelo ex vivo manteve-se viável por 21 dias; a 10% o OR inibiu a reepitelização das úlceras, diferente do controle (DMEM), evidenciando que sua atividade cicatrizante é dependente do processo inflamatório, ausente neste modelo. Apresentou atividade antimicrobiana in vitro (S. aureus, S. pyogenes e E. faecalis), a qual se manteve in vivo observada pelo estímulo cicatrizante do OR a 10% em creme nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos. Os resultados evidenciaram que o OR da C. langsdorffii não foi citotóxico, apresentou atividade antimicrobiana in vitro e in vivo, além de importante atividade cicatrizante dependente, essencialmente da fase inflamatória, demonstrada nos modelos animais e ausente no modelo ex vivo, contribuindo para o conhecimento quanto ao seu mecanismo de ação, eficácia e segurança para o uso clínico na cicatrização de úlceras cutâneas.The study evaluated oleoresin (OR) obtained from Copaifera langsdorffii regarding its: cytotoxicity; wound healing potential in animal models; effects on the ex vivo model of human skin healing; and antimicrobial activity in vitro and in vivo. The cytotoxic effect of OR (1, 10, 50, 100, 500 and 1000 µg/ mL) was assessed on 3T3 fibroblasts by viability and proliferation assays. The wound healing activity was performed in a rabbit ear model, with daily topical treatment, over 21 days: in natura OR, and at 10 and 25% cream, and controls [base cream (Cr) and saline]; in dorsal wounds in rats, the treatment consisted of daily topical application of 10% OR cream and the same controls, over 14 days. The wounds were assessed by image analysis, wound healing rates and histology on days 2, 7 and 14. Biochemical tests (hydroxyproline and metalloproteinases) were included for the healing investigation in rats. In the ex vivo model, skin fragments received daily: in natura OR, 10 and 25% creams, and controls (Cr and culture medium (DMEM), for 21 days, and on days 0, 1, 3, 7, 14 and 21, fragments were analyzed by photographical and histological analyses. The in vitro antimicrobial activity was assessed by the minimal inhibitory and bactericidal concentrations assays, on Gram-positive: S. aureus (ATCC 6538), S. pyogenes (ATCC 19615) and Enterococcus faecalis (ATCC 10541) and Gram-negative: P. aeruginosa (ATCC 2327) and E. coli (ATCC 10538). The in vivo antimicrobial activity was assessed in wounds infected either with S. aureus or S. pyogenes, by bacterial count in the exudates and biopsies on days 2, 7 and 14 after wounding and bacterial inoculation, along with the healing activity. OR was not cytotoxic to fibroblasts up to 100 µg/mL, showing 90 to 100% cell viability and proliferation. OR 10% cream enhanced healing in rabbits and in rats, however, in natura it caused aggression to the tissue. The ex vivo model was viable for 21 days; at 10% OR inhibited wound reepithelialization, different from the control (DMEM), showing evidence that healing properties of OR depend on the inflammatory phase, absent in this model. OR showed in vitro antimicrobial activity (S. aureus, S. pyogenes and E. faecalis), which was maintained in vivo, observed by a healing stimulus of 10% OR cream in wounds infected with S. aureus or S. pyogenes, in rats. The results showed that OR from C. langsdorffii showed no cytotoxicity, and presented in vitro and in vivo antimicrobial activity. It also enhanced healing, depending, essentially, on the inflammatory phase, demonstrated by the animal models of injury and repair and absent in the ex vivo model. These findings contribute to an understanding of the OR mechanism of action, efficacy and safety for clinical use in wound healing.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFrade, Marco Andrey CiprianiMasson, Daniela dos Santos2011-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12062012-133912/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-12062012-133912Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O estudo avaliou o óleo-resina (OR) proveniente da Copaifera langsdorffii quanto: à citotoxicidade; ao potencial cicatrizante em modelos animais; aos efeitos no modelo ex vivo de cicatrização da pele humana; à atividade antimicrobiana in vitro e in vivo. A citotoxicidade do OR (1, 10, 50, 100, 500 e 1000 µg/mL) foi avaliada em culturas de fibroblastos 3T3 pela determinação da viabilidade e proliferação celular. A atividade cicatrizante foi avaliada em úlceras cutâneas em orelha de coelho, com aplicações tópicas diárias, por 21 dias, do OR in natura e em creme (10 e 25%) e controles [creme base (Cr) e solução fisiológica]; no dorso de ratos, o tratamento consistiu de creme a 10% e os mesmos controles, por 14 dias. As úlceras foram avaliadas por análise de imagem, índices de cicatrização e histologia nos dias 2, 7, 14 e 21. Parâmetros bioquímicos (hidroxiprolina e metaloproteinases) foram incluídos na investigação da cicatrização em ratos. No modelo ex vivo, os fragmentos de pele receberam diariamente: OR in natura, cremes a 10 e 25% e controles (Cr e meio de cultura (DMEM), por 21 dias, e foram avaliados nos dias 0, 1, 3, 7, 14 e 21, por análises clínico-fotográfica e histológica. A atividade antimicrobiana in vitro foi avaliada pela determinação das concentrações inibitória e bactericida mínimas para bactérias Gram-positivas: S. aureus (ATCC 6538), S. pyogenes (ATCC 19615) e Enterococcus faecalis (ATCC 10541) e Gram-negativas: P. aeruginosa (ATCC 2327) e E. coli (ATCC 10538). A atividade antimicrobiana in vivo foi avaliada nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos, pela contagem bacteriana no exsudato e biópsias nos dias 2, 7 e 14 após úlceras e inoculação bacteriana além da atividade cicatrizante. O OR não apresentou toxicidade aos fibroblastos até 100 µg/mL, com viabilidade e proliferação de 90 a 100%. Promoveu melhor cicatrização a 10%, nos modelos orelha de coelho e dorso de ratos, enquanto, in natura ocasionou agressão tecidual. O modelo ex vivo manteve-se viável por 21 dias; a 10% o OR inibiu a reepitelização das úlceras, diferente do controle (DMEM), evidenciando que sua atividade cicatrizante é dependente do processo inflamatório, ausente neste modelo. Apresentou atividade antimicrobiana in vitro (S. aureus, S. pyogenes e E. faecalis), a qual se manteve in vivo observada pelo estímulo cicatrizante do OR a 10% em creme nas úlceras infectadas com S. aureus ou S. pyogenes em ratos. Os resultados evidenciaram que o OR da C. langsdorffii não foi citotóxico, apresentou atividade antimicrobiana in vitro e in vivo, além de importante atividade cicatrizante dependente, essencialmente da fase inflamatória, demonstrada nos modelos animais e ausente no modelo ex vivo, contribuindo para o conhecimento quanto ao seu mecanismo de ação, eficácia e segurança para o uso clínico na cicatrização de úlceras cutâneas. |
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