Estudo analítico e comparativo da craniotomia pterional, pré-temporal e sua variante orbitozigomática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-08082019-110806/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Embora a craniotomia pterional e suas variantes sejam os acessos mais utilizados em neurocirurgia, poucos estudos analisaram de forma quantitativa a exposição fornecida em cada uma delas. OBJETIVOS: Neste estudo, realizou-se avaliação comparativa das exposições cirúrgicas fornecidas pelas craniotomias pterional (PT), pré-temporal (PreT) e orbitozigomática (OZ) por meio de medidas quantitativas da área de exposição cirúrgica ao redor círculo arterial do cérebro, exposição angular e exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. MÉTODOS: Oito cadáveres adultos frescos, com tempo máximo de 24 horas após a morte, foram utilizados no estudo. As craniotomias foram realizadas sequencialmente no mesmo cadáver, em um único lado, iniciando-se com a PT, seguido da PreT e terminando com a OZ. Após cada craniotomia, calculou-se a área de exposição cirúrgica, delimitada pelos seguintes pontos: (1) ponto mais lateral da fissura orbitária superior ipsilateral; (2) bifurcação da artéria cerebral média (ACM) ipsilateral; (3) ponto mais distal da artéria cerebral posterior (ACP) ipsilateral; (4) ponto mais distal da ACP contralateral; (5) ponto mais distal da ACM contralateral; (6) ponto mais lateral na asa menor do esfenoide contralateral. Calculou-se ainda, após cada craniotomia, a exposição angular nos eixos horizontal e vertical das seguintes estruturas vasculares: (1) bifurcação da ACM ipsilateral; (2) bifurcação da artéria carótida interna (ACI) ipsilateral; (3) topo da artéria basilar; (4) ponto médio da artéria comunicante anterior; (5) bifurcação da ACI contralateral; (6) ponto mais distal da ACM contralateral. Por fim, após cada craniotomia, mediu-se a exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. Todas as aferições foram feitas utilizando-se um sistema de neuronavegação computadorizado. RESULTADOS: A OZ apresentou maior exposição cirúrgica em torno do círculo arterial do cérebro (PT = 844,7 ± 233,3 mm2; PreT = 1.134 ± 223,3 mm2; OZ = 1.301,3 ± 215,9 mm2) com aumento de 456,7 mm2 em relação à PT (p < 0,01) e de 167,4 mm2 comparado com a PreT (p < 0,05). A exposição linear da artéria basilar aumentou significativamente com a extensão da craniotomia PT para a PreT e sequencialmente para a OZ. A extensão da PT para PreT e OZ aumentou a exposição angular em todas as medições. Ao compararmos as craniotomias PreT e OZ encontramos um aumento na exposição angular horizontal do topo da artéria basilar (p = 0,02) e bifurcação da artéria carótida interna contralateral (p = 0,048). CONCLUSÕES: A craniotomia OZ oferece vantagens cirúrgicas significativas em relação à PT e PreT, no que diz respeito à área de exposição cirúrgica e exposição linear da artéria basilar. A remoção de parte da margem orbital e do arco zigomático forneceu aumento significativo da exposição angular, proporcionando maior liberdade cirúrgica para acessar estruturas da fossa interpeduncular, cisterna pré-pontina e cisternas subaracnóideas contralaterais. Os dados apresentados no estudo, somados à experiência do cirurgião podem auxiliar na escolha do melhor acesso cirúrgico para cada lesão a ser tratada |
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Estudo analítico e comparativo da craniotomia pterional, pré-temporal e sua variante orbitozigomáticaQuantitative and comparative study of pterional, pretemporal, and orbitozygomatic approachesCadaverCadáverCraniotomiaCraniotomyMicrocirurgiaMicrosurgeryNeuroanatomiaNeuroanatomyNeurocirurgiaNeuronavegaçãoNeuronavigationNeurosurgeryProcedimentos cirúrgicosSurgical proceduresINTRODUÇÃO: Embora a craniotomia pterional e suas variantes sejam os acessos mais utilizados em neurocirurgia, poucos estudos analisaram de forma quantitativa a exposição fornecida em cada uma delas. OBJETIVOS: Neste estudo, realizou-se avaliação comparativa das exposições cirúrgicas fornecidas pelas craniotomias pterional (PT), pré-temporal (PreT) e orbitozigomática (OZ) por meio de medidas quantitativas da área de exposição cirúrgica ao redor círculo arterial do cérebro, exposição angular e exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. MÉTODOS: Oito cadáveres adultos frescos, com tempo máximo de 24 horas após a morte, foram utilizados no estudo. As craniotomias foram realizadas sequencialmente no mesmo cadáver, em um único lado, iniciando-se com a PT, seguido da PreT e terminando com a OZ. Após cada craniotomia, calculou-se a área de exposição cirúrgica, delimitada pelos seguintes pontos: (1) ponto mais lateral da fissura orbitária superior ipsilateral; (2) bifurcação da artéria cerebral média (ACM) ipsilateral; (3) ponto mais distal da artéria cerebral posterior (ACP) ipsilateral; (4) ponto mais distal da ACP contralateral; (5) ponto mais distal da ACM contralateral; (6) ponto mais lateral na asa menor do esfenoide contralateral. Calculou-se ainda, após cada craniotomia, a exposição angular nos eixos horizontal e vertical das seguintes estruturas vasculares: (1) bifurcação da ACM ipsilateral; (2) bifurcação da artéria carótida interna (ACI) ipsilateral; (3) topo da artéria basilar; (4) ponto médio da artéria comunicante anterior; (5) bifurcação da ACI contralateral; (6) ponto mais distal da ACM contralateral. Por fim, após cada craniotomia, mediu-se a exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. Todas as aferições foram feitas utilizando-se um sistema de neuronavegação computadorizado. RESULTADOS: A OZ apresentou maior exposição cirúrgica em torno do círculo arterial do cérebro (PT = 844,7 ± 233,3 mm2; PreT = 1.134 ± 223,3 mm2; OZ = 1.301,3 ± 215,9 mm2) com aumento de 456,7 mm2 em relação à PT (p < 0,01) e de 167,4 mm2 comparado com a PreT (p < 0,05). A exposição linear da artéria basilar aumentou significativamente com a extensão da craniotomia PT para a PreT e sequencialmente para a OZ. A extensão da PT para PreT e OZ aumentou a exposição angular em todas as medições. Ao compararmos as craniotomias PreT e OZ encontramos um aumento na exposição angular horizontal do topo da artéria basilar (p = 0,02) e bifurcação da artéria carótida interna contralateral (p = 0,048). CONCLUSÕES: A craniotomia OZ oferece vantagens cirúrgicas significativas em relação à PT e PreT, no que diz respeito à área de exposição cirúrgica e exposição linear da artéria basilar. A remoção de parte da margem orbital e do arco zigomático forneceu aumento significativo da exposição angular, proporcionando maior liberdade cirúrgica para acessar estruturas da fossa interpeduncular, cisterna pré-pontina e cisternas subaracnóideas contralaterais. Os dados apresentados no estudo, somados à experiência do cirurgião podem auxiliar na escolha do melhor acesso cirúrgico para cada lesão a ser tratadaINTRODUCTION: Although pterional craniotomy and its variants are the most used approaches in neurosurgery, few studies have analyzed quantitatively the exposure provided by each of them. OBJECTIVES: In this study we compared the surgical exposures provided by pterional (PT), pretemporal (PreT) and orbitozygomatic (OZ) approaches through quantitative measurements of area of surgical exposure around the circle of Willis, angular exposures, and linear exposure of basilar artery in the interpeduncular fossa and prepontine cistern. METHODS: Eight adult fresh cadavers were used within 24 hours after death. The craniotomies were sequentially performed in the same cadaver, first starting with the PT, followed by the PreT, ending up with the OZ. After each craniotomy the area of surgical exposure was calculated, delimited by the following points: (1) lateral aspect of the superior orbital fissure in the ipsilateral sphenoid wing; (2) bifurcation of ipsilateral middle cerebral artery (MCA); (3) most posterior visible point of the ipsilateral posterior cerebral artery (PCA); (4) most posterior visible point of the contralateral PCA; (5) most distal visible point of the contralateral MCA; (6) most lateral visible point of the contralateral lesser sphenoid wing. After each craniotomy, the angular exposure in the horizontal and vertical axes of the following vascular structures was calculated: (1) bifurcation of the ipsilateral MCA; (2) bifurcation of the ipsilateral internal carotid artery (ICA); (3) basilar artery tip; (4) middle point of anterior communicating artery; (5) bifurcation of the contralateral ICA; (6) most distal point of the contralateral MCA. Finally, after each craniotomy, linear exposure of the basilar artery was measured in the interpeduncular fossa and prepontine cistern. All measurements were performed using a computerized neuronavigation system. RESULTS: OZ presented a wider surgical exposure of the circle of Willis (PT = 844.7 ± 233.3 mm2; PreT = 1134 ± 223.3 mm2; OZ = 1301.3 ± 215.9 mm2) with an increase of 456.7 mm2 in relation to the PT (p < 0.01) and of 167.4 mm2 to the PreT (p < 0.05). The linear exposure of the basilar artery significantly increased with the craniotomy extension to the PreT and then to OZ. The extension from PT to PreT and OZ increases angles in all measurements. When comparing the PreT and OZ we found an increase in the horizontal angular exposure to the basilar tip (p = 0.02) and contralateral ICA bifurcation (p = 0.048). CONCLUSIONS: The OZ approach offered significant surgical advantages compared to the traditional PT and PreT regarding to the area of exposure and linear exposure to basilar artery. With regards to the angular exposure, the orbital rim and zygomatic arch removal provided greater surgical freedom to access structures of the interpeduncular fossa, prepontine cistern, and contralateral subarachnoid cisterns. The data presented in the study added to the experience of the surgeon can help in choosing the best individualized surgical approachBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, Almir Ferreira deFigueiredo, Eberval GadelhaSilva, Saul Almeida da2019-05-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-08082019-110806/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-20T23:19:57Zoai:teses.usp.br:tde-08082019-110806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:19:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: Embora a craniotomia pterional e suas variantes sejam os acessos mais utilizados em neurocirurgia, poucos estudos analisaram de forma quantitativa a exposição fornecida em cada uma delas. OBJETIVOS: Neste estudo, realizou-se avaliação comparativa das exposições cirúrgicas fornecidas pelas craniotomias pterional (PT), pré-temporal (PreT) e orbitozigomática (OZ) por meio de medidas quantitativas da área de exposição cirúrgica ao redor círculo arterial do cérebro, exposição angular e exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. MÉTODOS: Oito cadáveres adultos frescos, com tempo máximo de 24 horas após a morte, foram utilizados no estudo. As craniotomias foram realizadas sequencialmente no mesmo cadáver, em um único lado, iniciando-se com a PT, seguido da PreT e terminando com a OZ. Após cada craniotomia, calculou-se a área de exposição cirúrgica, delimitada pelos seguintes pontos: (1) ponto mais lateral da fissura orbitária superior ipsilateral; (2) bifurcação da artéria cerebral média (ACM) ipsilateral; (3) ponto mais distal da artéria cerebral posterior (ACP) ipsilateral; (4) ponto mais distal da ACP contralateral; (5) ponto mais distal da ACM contralateral; (6) ponto mais lateral na asa menor do esfenoide contralateral. Calculou-se ainda, após cada craniotomia, a exposição angular nos eixos horizontal e vertical das seguintes estruturas vasculares: (1) bifurcação da ACM ipsilateral; (2) bifurcação da artéria carótida interna (ACI) ipsilateral; (3) topo da artéria basilar; (4) ponto médio da artéria comunicante anterior; (5) bifurcação da ACI contralateral; (6) ponto mais distal da ACM contralateral. Por fim, após cada craniotomia, mediu-se a exposição linear da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina. Todas as aferições foram feitas utilizando-se um sistema de neuronavegação computadorizado. RESULTADOS: A OZ apresentou maior exposição cirúrgica em torno do círculo arterial do cérebro (PT = 844,7 ± 233,3 mm2; PreT = 1.134 ± 223,3 mm2; OZ = 1.301,3 ± 215,9 mm2) com aumento de 456,7 mm2 em relação à PT (p < 0,01) e de 167,4 mm2 comparado com a PreT (p < 0,05). A exposição linear da artéria basilar aumentou significativamente com a extensão da craniotomia PT para a PreT e sequencialmente para a OZ. A extensão da PT para PreT e OZ aumentou a exposição angular em todas as medições. Ao compararmos as craniotomias PreT e OZ encontramos um aumento na exposição angular horizontal do topo da artéria basilar (p = 0,02) e bifurcação da artéria carótida interna contralateral (p = 0,048). CONCLUSÕES: A craniotomia OZ oferece vantagens cirúrgicas significativas em relação à PT e PreT, no que diz respeito à área de exposição cirúrgica e exposição linear da artéria basilar. A remoção de parte da margem orbital e do arco zigomático forneceu aumento significativo da exposição angular, proporcionando maior liberdade cirúrgica para acessar estruturas da fossa interpeduncular, cisterna pré-pontina e cisternas subaracnóideas contralaterais. Os dados apresentados no estudo, somados à experiência do cirurgião podem auxiliar na escolha do melhor acesso cirúrgico para cada lesão a ser tratada |
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