Estudos hidrogeológicos, hidrogeoquímicos e isotópicos das águas minerais e termais de Águas de Lindóia e Lindóia, SP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-15052014-114714/ |
Resumo: | As famosas \"águas minerais\" dos municípios de Águas de Lindóia e Lindóia têm sua circulação condicionada aos fraturamentos das rochas pertencentes ao Complexo Amparo. Os estudos da geologia e sua história evolutiva são importantes para o melhor entendimento da origem, dos mecanismos de circulação e mineralização das águas exploradas na área. Desta forma, as direções de fraturas de maior ocorrência e aquelas que se encontram abertas são definidas, através de análise de fraturamento, e correlacionadas com as tendências de maior capacidade específica e vazão. As análises químicas das águas das fontes e poços tubulares indicam baixa mineralização, com teores de STD em torno de 100 mg/l. Estas classificam-se, principalmente, como bicarbonatadas mistas e cálcicas, caracterizando águas enriquecidas de elementos provenientes dos processos de alteração de minerais silicatados de rochas de composição granítica. A hidrólise é o principal processo modificador das águas, seguida secundariamente pelos processos de troca de bases e oxi-redução. Através das relações hidroquímicas nota-se que estas águas possuem curto tempo de residência. Os valores dos isótopos de \'\'delta\' POT. 18\'O e \'\'delta\' POT. 2\'H apontam a origem meteórica destas águas e áreas de recarga diferentes, bem como detectam o fenômeno da evaporação, indicando a influência climática nas águas da área. A monitoração dos pontos selecionados determinou que alguns elementos ou parâmetros físico-químicos possuem correlação direta ou inversa com os índices pluviométricos e outros parecem estar sob influência dos processos de alteração. No tocante ao Código de Águas Minerais (decreto lei n° 7841 de 08/08/45), este está sendo reestruturado e atualizado, face ao desenvolvimento tecnológico e científico adquirido nestes 45 anos. Todavia, neste trabalho se discute o uso da radioatividade do gás radônio-222 como parâmetro classificatório de águas minerais, devido a sua natureza instável e periculosidade à saúde humana. |
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