Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Utiyama, Carlos Eduardo
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-04092002-143923/
Resumo: Dois experimentos foram realizados, com o objetivo de avaliar a viabilidade da utilização do resíduo de semente processada de urucum, como um alimento alternativo para suínos na fase de crescimento. O Experimento I constituiu-se de um ensaio de digestibilidade, sendo utilizados quatro fêmeas e quatro machos castrados, mestiços Landrace x Large White, com peso médio de 39,23 kg. Pela técnica de coleta parcial de fezes, utilizando o óxido crômico (Cr2O3) como marcador, determinaram-se os valores dos coeficientes de digestibilidade aparente da energia e da proteína do resíduo de semente processada de urucum, sendo, respectivamente, de 63,2 e 59,7%. Aplicando estes coeficientes sobre os valores de energia bruta (3.740 kcal/kg) e proteína bruta (14,73%), foram determinados os valores de 2.365 kcal/kg e 8,80% para, respectivamente, a energia e a proteína digestíveis do alimento em questão. O valor de energia digestível do resíduo de semente de urucum foi empregado na formulação das rações experimentais do ensaio de desempenho. Foram utilizados 40 suínos (20 machos castrados e 20 fêmeas) com peso médio inicial de 22,49 kg . Os tratamentos consistiram de cinco rações com níveis de 0,0, 2,5, 5,0, 7,5 e 10,0% de inclusão do resíduo de semente processada de urucum, sendo as mesmas isoenergéticas (3.400 kcal/kg de energia digestível), isoprotéicas (18% de proteína bruta) e isolisínicas (0,90%). Água e ração foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental de 35 dias. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento e dois animais (um macho castrado e uma fêmea) por unidade experimental (baia). As pesagens dos animais e o cálculo do consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) foram feitos semanalmente. Não houve diferença (P>0,05) entre os níveis de inclusão de resíduo de semente de urucum na dieta sobre o CDR, GDP e CA dos animais. Mesmo após a decomposição dos graus de liberdade dos tratamentos em seus componentes linear, quadrático, cúbico e de quarto grau pelos polinômios ortogonais, não foi detectada (P>0,05) qualquer tendência das referidas variáveis. Assim, pode-se concluir que, em relação a uma dieta padrão de milho e farelo de soja, uma vez mantidas as dietas isoenergéticas, isoprotéicas e isolisínicas, o resíduo de semente de urucum pode ser incluído até o nível de 10%, sem influenciar o desempenho dos suínos em crescimento (22,5 a 53,5 kg PV).
id USP_6ca5d74ac6350777399c1907dc7f7a07
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-04092002-143923
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.Use of annatto (bixa orellana l.) seed byproduct for growing pigs.alimentação animalanimal feedinganimal growthanimal performanceannatto seedcrescimento animaldesempenho animalplant byproductresíduo vegetalsemente de urucumsubproduto vegetalsuínoswineDois experimentos foram realizados, com o objetivo de avaliar a viabilidade da utilização do resíduo de semente processada de urucum, como um alimento alternativo para suínos na fase de crescimento. O Experimento I constituiu-se de um ensaio de digestibilidade, sendo utilizados quatro fêmeas e quatro machos castrados, mestiços Landrace x Large White, com peso médio de 39,23 kg. Pela técnica de coleta parcial de fezes, utilizando o óxido crômico (Cr2O3) como marcador, determinaram-se os valores dos coeficientes de digestibilidade aparente da energia e da proteína do resíduo de semente processada de urucum, sendo, respectivamente, de 63,2 e 59,7%. Aplicando estes coeficientes sobre os valores de energia bruta (3.740 kcal/kg) e proteína bruta (14,73%), foram determinados os valores de 2.365 kcal/kg e 8,80% para, respectivamente, a energia e a proteína digestíveis do alimento em questão. O valor de energia digestível do resíduo de semente de urucum foi empregado na formulação das rações experimentais do ensaio de desempenho. Foram utilizados 40 suínos (20 machos castrados e 20 fêmeas) com peso médio inicial de 22,49 kg . Os tratamentos consistiram de cinco rações com níveis de 0,0, 2,5, 5,0, 7,5 e 10,0% de inclusão do resíduo de semente processada de urucum, sendo as mesmas isoenergéticas (3.400 kcal/kg de energia digestível), isoprotéicas (18% de proteína bruta) e isolisínicas (0,90%). Água e ração foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental de 35 dias. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento e dois animais (um macho castrado e uma fêmea) por unidade experimental (baia). As pesagens dos animais e o cálculo do consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) foram feitos semanalmente. Não houve diferença (P>0,05) entre os níveis de inclusão de resíduo de semente de urucum na dieta sobre o CDR, GDP e CA dos animais. Mesmo após a decomposição dos graus de liberdade dos tratamentos em seus componentes linear, quadrático, cúbico e de quarto grau pelos polinômios ortogonais, não foi detectada (P>0,05) qualquer tendência das referidas variáveis. Assim, pode-se concluir que, em relação a uma dieta padrão de milho e farelo de soja, uma vez mantidas as dietas isoenergéticas, isoprotéicas e isolisínicas, o resíduo de semente de urucum pode ser incluído até o nível de 10%, sem influenciar o desempenho dos suínos em crescimento (22,5 a 53,5 kg PV).The purpose of this study was to evaluate the use of annatto (Bixa orellana L.) seed byproduct as an alternative feed ingredient for growing pig. In Experiment I, eight Landrace x Large White crossbred growing pigs (four barrows and four gilts), averaging 39.23 kg live weight, were used for digestibility assay. The method was the partial faeces collection, using the chromium oxide (Cr2O3) as fecal marker. The determined apparent digestibility coefficients of energy and protein were, respectively, 63.2 and 59.7%, resulting in 2,365 kcal/kg of digestible energy and 8.8 % of digestible protein. In Experiment II, forty pigs were assigned to five treatments, in a randomized complete block design based on initial live weight and genetic group (30 Seghers and 10 Landrace x Large White crossbred pigs). The five treatments consisted of dietary levels of 0.0, 2.5, 5.0, 7.5 and 10. 0% of annatto seed byproduct. All experimental diets were formulated to contain the same levels of digestible energy (3,400 kcal/kg), crude protein (18.0% CP) and total lysine (0.90%). Pigs were housed in 20 pens, with two pigs (a barrow and a gilt) per pen (experimental unit), and four replications per treatment. Feed and water were given ad libitum to pigs during all 35-day experimental period. The live weight and the data of feed intake per pen were registered every week. Pig performance data, such as daily feed intake (DFI), average daily gain (ADG) and feed conversion (FC) were analyzed by polynomial regression and the treatment means were compared by Tukey test. No treatment effects were observed on DFI, ADG and FC. Therefore, it can be concluded that the annatto seed byproduct can be used up to 10% in growing pig diets, adjusted for the same levels of energy and protein.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMiyada, Valdomiro ShigueruUtiyama, Carlos Eduardo2001-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-04092002-143923/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:16Zoai:teses.usp.br:tde-04092002-143923Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
Use of annatto (bixa orellana l.) seed byproduct for growing pigs.
title Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
spellingShingle Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
Utiyama, Carlos Eduardo
alimentação animal
animal feeding
animal growth
animal performance
annatto seed
crescimento animal
desempenho animal
plant byproduct
resíduo vegetal
semente de urucum
subproduto vegetal
suíno
swine
title_short Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
title_full Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
title_fullStr Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
title_full_unstemmed Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
title_sort Utilização do resíduo de sementes processadas de urucum (Bixa orellana L.) na alimentação de suínos em crescimento.
author Utiyama, Carlos Eduardo
author_facet Utiyama, Carlos Eduardo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Miyada, Valdomiro Shigueru
dc.contributor.author.fl_str_mv Utiyama, Carlos Eduardo
dc.subject.por.fl_str_mv alimentação animal
animal feeding
animal growth
animal performance
annatto seed
crescimento animal
desempenho animal
plant byproduct
resíduo vegetal
semente de urucum
subproduto vegetal
suíno
swine
topic alimentação animal
animal feeding
animal growth
animal performance
annatto seed
crescimento animal
desempenho animal
plant byproduct
resíduo vegetal
semente de urucum
subproduto vegetal
suíno
swine
description Dois experimentos foram realizados, com o objetivo de avaliar a viabilidade da utilização do resíduo de semente processada de urucum, como um alimento alternativo para suínos na fase de crescimento. O Experimento I constituiu-se de um ensaio de digestibilidade, sendo utilizados quatro fêmeas e quatro machos castrados, mestiços Landrace x Large White, com peso médio de 39,23 kg. Pela técnica de coleta parcial de fezes, utilizando o óxido crômico (Cr2O3) como marcador, determinaram-se os valores dos coeficientes de digestibilidade aparente da energia e da proteína do resíduo de semente processada de urucum, sendo, respectivamente, de 63,2 e 59,7%. Aplicando estes coeficientes sobre os valores de energia bruta (3.740 kcal/kg) e proteína bruta (14,73%), foram determinados os valores de 2.365 kcal/kg e 8,80% para, respectivamente, a energia e a proteína digestíveis do alimento em questão. O valor de energia digestível do resíduo de semente de urucum foi empregado na formulação das rações experimentais do ensaio de desempenho. Foram utilizados 40 suínos (20 machos castrados e 20 fêmeas) com peso médio inicial de 22,49 kg . Os tratamentos consistiram de cinco rações com níveis de 0,0, 2,5, 5,0, 7,5 e 10,0% de inclusão do resíduo de semente processada de urucum, sendo as mesmas isoenergéticas (3.400 kcal/kg de energia digestível), isoprotéicas (18% de proteína bruta) e isolisínicas (0,90%). Água e ração foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental de 35 dias. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento e dois animais (um macho castrado e uma fêmea) por unidade experimental (baia). As pesagens dos animais e o cálculo do consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) foram feitos semanalmente. Não houve diferença (P>0,05) entre os níveis de inclusão de resíduo de semente de urucum na dieta sobre o CDR, GDP e CA dos animais. Mesmo após a decomposição dos graus de liberdade dos tratamentos em seus componentes linear, quadrático, cúbico e de quarto grau pelos polinômios ortogonais, não foi detectada (P>0,05) qualquer tendência das referidas variáveis. Assim, pode-se concluir que, em relação a uma dieta padrão de milho e farelo de soja, uma vez mantidas as dietas isoenergéticas, isoprotéicas e isolisínicas, o resíduo de semente de urucum pode ser incluído até o nível de 10%, sem influenciar o desempenho dos suínos em crescimento (22,5 a 53,5 kg PV).
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-06-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-04092002-143923/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-04092002-143923/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256668195258368