Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Capelli, Natalie do Valle
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-04052022-193133/
Resumo: Os nectários florais em Apocynaceae podem ocupar diferentes posições, apresentar diversas estruturas e estratégias para a liberação e armazenamento do néctar, sendo um bom modelo para o estudo da evolução desta glândula em relação à diversificação da família. Analisamos a estrutura, posição e origem dos nectários de Apocynaceae, com enfoque na sua evolução heterotópica. Para este estudo, utilizamos flores pertencentes aos grupos Rauvolfioideae, Apocynoideae, Periplocoideae e Asclepiadoideae. Nos grados Rauvolfioideae e Apocynoideae, o nectário está presente em algumas espécies e ausente em outras. Em ambos os grados, os nectários podem apresentar morfologias diversas, podendo ser inconspícuos, projeções laterais ao ovário ou formando um disco, contínuo ou lobado, ao redor do ovário ou no topo do ovário. Anatomicamente, esses nectários são compostos por epiderme e parênquima, ou apenas parênquima nectarífero. Quanto a liberação do néctar, pode ocorrer por meio da epiderme quando ela é nectarífera, por meio de estômatos quando apenas o parênquima é nectarífero, ou ainda, em alguns casos pode ser liberado de forma mista quando a epiderme é secretora e os estômatos também estão presentes. A origem destes nectários na maioria das espécies pertencentes a Rauvolfioideae é do ovário, e em poucas espécies do receptáculo; em Apocynoideae a origem pode ser do receptáculo, da corola ou do ovário. Nas flores de Asclepiadoideae, os nectários primários são originados do androceu, na região interestaminal do tubo dos filetes; adicionalmente alguns gêneros possuem nectários originários da corona, principalmente na posição estaminal (nectários secundários), e ainda podem apresentar nectários terciários quando existe uma corona anular. Os nectários, das Asclepiadoideae são compostos apenas por uma epiderme ou epiderme e mais algumas camadas de células de parênquima subepidérmico. Esses nectários não apresentam estômatos e o néctar é liberado diretamente pela epiderme. A heterotopia desses nectários florais pode refletir novas estratégias de polinização relacionadas à maior diversificação dessas flores dentro da família.
id USP_6ca7956c9e63e4c72c368a427c180d70
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-04052022-193133
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Evolução heterotópica dos nectários florais em ApocynaceaeHeterotopic evolution of floral nectaries in ApocynaceaeevoluçãoevolutionheterotopiaheterotopyNectárioNectaryorigemoriginpolinizaçãopollinationOs nectários florais em Apocynaceae podem ocupar diferentes posições, apresentar diversas estruturas e estratégias para a liberação e armazenamento do néctar, sendo um bom modelo para o estudo da evolução desta glândula em relação à diversificação da família. Analisamos a estrutura, posição e origem dos nectários de Apocynaceae, com enfoque na sua evolução heterotópica. Para este estudo, utilizamos flores pertencentes aos grupos Rauvolfioideae, Apocynoideae, Periplocoideae e Asclepiadoideae. Nos grados Rauvolfioideae e Apocynoideae, o nectário está presente em algumas espécies e ausente em outras. Em ambos os grados, os nectários podem apresentar morfologias diversas, podendo ser inconspícuos, projeções laterais ao ovário ou formando um disco, contínuo ou lobado, ao redor do ovário ou no topo do ovário. Anatomicamente, esses nectários são compostos por epiderme e parênquima, ou apenas parênquima nectarífero. Quanto a liberação do néctar, pode ocorrer por meio da epiderme quando ela é nectarífera, por meio de estômatos quando apenas o parênquima é nectarífero, ou ainda, em alguns casos pode ser liberado de forma mista quando a epiderme é secretora e os estômatos também estão presentes. A origem destes nectários na maioria das espécies pertencentes a Rauvolfioideae é do ovário, e em poucas espécies do receptáculo; em Apocynoideae a origem pode ser do receptáculo, da corola ou do ovário. Nas flores de Asclepiadoideae, os nectários primários são originados do androceu, na região interestaminal do tubo dos filetes; adicionalmente alguns gêneros possuem nectários originários da corona, principalmente na posição estaminal (nectários secundários), e ainda podem apresentar nectários terciários quando existe uma corona anular. Os nectários, das Asclepiadoideae são compostos apenas por uma epiderme ou epiderme e mais algumas camadas de células de parênquima subepidérmico. Esses nectários não apresentam estômatos e o néctar é liberado diretamente pela epiderme. A heterotopia desses nectários florais pode refletir novas estratégias de polinização relacionadas à maior diversificação dessas flores dentro da família.Floral nectaries in the Apocynaceae family can occupy different positions, or present different structures and strategies for the release and storage of nectar, being a good model for the study of the evolution of this gland concerning the diversification of the family. We analyzed the structure, position, and origin of Apocynaceae nectaries, focusing on their heterotopic evolution. For this study, we used flowers belonging to the groups Rauvolfioideae, Apocynoidaeae, Periplocoideae, and Asclepiadoideae. In the Rauvolfioideae and Apocynoideae grades, nectary is present in some species and absent in others. In both grades, the nectaries may have different morphologies, which may be inconspicuous, projections lateral to the ovary, or forming a continuous or lobed disc around the ovary or on top of the ovary. Anatomically, these nectaries are composed of epidermis and parenchyma, or just by nectary parenchyma. As for the release of nectar, it can occur through the epidermis when it is nectariferous, through stomata when only the parenchyma is nectariferous, or even, in some cases it can be released in a mixed way when the epidermis is secretory and the stomata are also present. The origin of these nectaries in most species belonging to Rauvolfioideae is from the ovary, and in a few species from the receptacle; in Apocynoideae the origin may be from the receptacle, corolla, or ovary. In the flowers of Asclepiadoideae, the primary nectaries originate from the androecium, in the interstaminal areas of the filament tube; additionally, some genera have nectaries originating from the corona, mainly in the staminal position (secondary nectaries), and may also present tertiary nectaries when there is an annular corona. The nectaries of the Asclepiadoideae are composed only of either just an epidermis or epidermis and a few more layers of subepidermal parenchyma cells. These nectaries do not have stomata and the nectar is released directly from the epidermis. The heterotopy of these floral nectaries may reflect new pollination strategies related to the greater diversification of these flowers within the family.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDemarco, DiegoFerreira, Marcelo José PenaCapelli, Natalie do Valle2022-02-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-04052022-193133/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-02-08T13:00:28Zoai:teses.usp.br:tde-04052022-193133Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-02-08T13:00:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
Heterotopic evolution of floral nectaries in Apocynaceae
title Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
spellingShingle Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
Capelli, Natalie do Valle
evolução
evolution
heterotopia
heterotopy
Nectário
Nectary
origem
origin
polinização
pollination
title_short Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
title_full Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
title_fullStr Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
title_full_unstemmed Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
title_sort Evolução heterotópica dos nectários florais em Apocynaceae
author Capelli, Natalie do Valle
author_facet Capelli, Natalie do Valle
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Demarco, Diego
Ferreira, Marcelo José Pena
dc.contributor.author.fl_str_mv Capelli, Natalie do Valle
dc.subject.por.fl_str_mv evolução
evolution
heterotopia
heterotopy
Nectário
Nectary
origem
origin
polinização
pollination
topic evolução
evolution
heterotopia
heterotopy
Nectário
Nectary
origem
origin
polinização
pollination
description Os nectários florais em Apocynaceae podem ocupar diferentes posições, apresentar diversas estruturas e estratégias para a liberação e armazenamento do néctar, sendo um bom modelo para o estudo da evolução desta glândula em relação à diversificação da família. Analisamos a estrutura, posição e origem dos nectários de Apocynaceae, com enfoque na sua evolução heterotópica. Para este estudo, utilizamos flores pertencentes aos grupos Rauvolfioideae, Apocynoideae, Periplocoideae e Asclepiadoideae. Nos grados Rauvolfioideae e Apocynoideae, o nectário está presente em algumas espécies e ausente em outras. Em ambos os grados, os nectários podem apresentar morfologias diversas, podendo ser inconspícuos, projeções laterais ao ovário ou formando um disco, contínuo ou lobado, ao redor do ovário ou no topo do ovário. Anatomicamente, esses nectários são compostos por epiderme e parênquima, ou apenas parênquima nectarífero. Quanto a liberação do néctar, pode ocorrer por meio da epiderme quando ela é nectarífera, por meio de estômatos quando apenas o parênquima é nectarífero, ou ainda, em alguns casos pode ser liberado de forma mista quando a epiderme é secretora e os estômatos também estão presentes. A origem destes nectários na maioria das espécies pertencentes a Rauvolfioideae é do ovário, e em poucas espécies do receptáculo; em Apocynoideae a origem pode ser do receptáculo, da corola ou do ovário. Nas flores de Asclepiadoideae, os nectários primários são originados do androceu, na região interestaminal do tubo dos filetes; adicionalmente alguns gêneros possuem nectários originários da corona, principalmente na posição estaminal (nectários secundários), e ainda podem apresentar nectários terciários quando existe uma corona anular. Os nectários, das Asclepiadoideae são compostos apenas por uma epiderme ou epiderme e mais algumas camadas de células de parênquima subepidérmico. Esses nectários não apresentam estômatos e o néctar é liberado diretamente pela epiderme. A heterotopia desses nectários florais pode refletir novas estratégias de polinização relacionadas à maior diversificação dessas flores dentro da família.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-02-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-04052022-193133/
url https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-04052022-193133/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256658924797952