Debates e projetos sobre escravidão na década de 1860
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/D.8.2020.tde-18112020-201659 |
Resumo: | A presente dissertação está inserida no debate historiográfico sobre o governo representativo do século XIX e na experiência liberal desenvolvida na Monarquia Constitucional brasileira. A partir deste vasto campo, a estratégia consistiu em analisar a dinâmica institucional com base em um estudo dos grupos políticos que estiveram presentes no parlamento e na imprensa partidária nos anos havidos entre 1860 e 1870, cujas discussões versaram sobre restrições ao uso de mão de obra escrava e posteriormente, ao projeto de emancipação cativa no período. Apesar dos muitos recuos e avanços, em um processo acidentado e não linear, a agenda foi construída entre os anos de 1860 e 1868 por progressistas, que defenderam, tanto nas duas Casas parlamentares, quanto na imprensa da capital do Império, de São Paulo e Pernambuco, que o momento era propício para aprovação de medidas legislativas sobre o assunto. A partir da inversão ministerial de 1868, o debate não foi esquecido e mesmo em meio a um governo de posição adversa ao avanço de tais discussões, composto pelo visconde de Itaboraí, conservador saquarema, projetos foram apresentados na Câmara dos Deputados por conservadores moderados entre 1869 e 1870. O percurso trilhado no início da década foi retomado ao longo dos anos e com participação do monarca e do gabinete chefiado pela terceira vez por Zacarias de Góes e Vasconcellos, a partir de 1866, se configurou em 1870 um ponto simultaneamente de chegada e de avanço dos debates: a emancipação brasileira passaria por decisões em torno do corpo da mulher escrava, geradora de novos cativos. |
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