Avaliação da reatividade de equinos durante o manejo e na presença de estímulo desconhecido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-16092013-085916/ |
Resumo: | O estudo teve como objetivo adaptar a avaliação comportamental dos equinos durante manejos de rotina como metodologia da averiguação da reatividade dos animais. Para isso foram realizados dois experimentos, o primeiro identificou as variáveis relacionadas à expressão da reatividade dos equinos durante manejos de rotina; e o segundo avaliou a reatividade dos equinos frente à presença de um estímulo sonoro desconhecido durante o manejo habitual de escovação. O primeiro desenvolvido em um criatório de equinos da raça Lusitano situado na cidade de Itapira, SP, avaliou 364 animais de diferentes idades, constituindo 188 éguas adultas reprodutoras e 176 potros (machos e fêmeas), durante os manejos de casqueamento, aplicação de vermífugo, vacinação, tosa, manejos reprodutivos como, palpação, rufiação, lavagem para cobertura, cobertura, inseminação artificial e infusão uterina. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos comportamentos de: movimentação; posição das orelhas e dos olhos, respiração, vocalização, velocidade de fuga, e micção. Também foi conferida uma variável resposta denominada de reatividade, com variação de escore de reatividade 1 (atribuída ao animal não reativo ou calmo) até escore de reatividade 4 (atribuída ao animal muito reativo ou agressivo). A verificação das possíveis variáveis (idade, sexo e comportamento), que explicam a variável resposta (reatividade), foi feita pelo modelo ordinal de odds proporcionais. Este comprovou que os maiores escores de reatividade estão associados aos potros (P<0,01). Da mesma forma foi comprovado que os maiores escores dos comportamentos de movimentação, posição das orelhas e olhos e os escores de respiração e vocalização não inferiores a 2 estão associados a maiores escores de reatividade (P<0,01). No segundo experimento desenvolvido em um criatório de Mangalarga Marchador situado na cidade de Amparo, SP, foram observados durante o manejo habitual de escovação 20 animais de diferentes idades, sendo 10 éguas e 10 potros, divididos em dois tratamentos. No primeiro (N=10, tratamento controle) os animais foram avaliados sem estímulo desconhecido, e no segundo (N=10, tratamento com estímulo sonoro desconhecido) os animais foram observados na presença do som de um chocalho e um tamborim. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos mesmos comportamentos do primeiro experimento, exceto a velocidade de fuga. Ao final da observação foi atribuído um escore de reatividade final (variável resposta) com valores de 1 a 4 (não reativo ou calmo a muito reativo ou agressivo). Foi ajustado um modelo de regressão logística ordinal usando como covariáveis as categorias (categoria A: potros de 6 a 7 meses; categoria B: potros de 8 a 9 meses; categoria C: éguas de 2 a 6 anos; categoria D: éguas de 11 a 19 anos); o sexo (masculino e feminino), o dia (0, 1, 2, 3, 30, 31, 45, 46) e o tratamento (tratamento controle e tratamento com estímulo sonoro desconhecido). Os animais do tratamento com estímulo desconhecido apresentaram maior reatividade (P<0,01). Os dias do período experimental influenciaram a reatividade dos animais da categoria A (P<0,01), com diminuição das possibilidades dos animais dessa idade apresentarem maior reatividade. |
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Avaliação da reatividade de equinos durante o manejo e na presença de estímulo desconhecidoEvaluation of the reactivity of horses during handling and in the presence of unknown stimulusagebehaviorcavaloscomportamentohorsesidadetemperamenttemperamentoO estudo teve como objetivo adaptar a avaliação comportamental dos equinos durante manejos de rotina como metodologia da averiguação da reatividade dos animais. Para isso foram realizados dois experimentos, o primeiro identificou as variáveis relacionadas à expressão da reatividade dos equinos durante manejos de rotina; e o segundo avaliou a reatividade dos equinos frente à presença de um estímulo sonoro desconhecido durante o manejo habitual de escovação. O primeiro desenvolvido em um criatório de equinos da raça Lusitano situado na cidade de Itapira, SP, avaliou 364 animais de diferentes idades, constituindo 188 éguas adultas reprodutoras e 176 potros (machos e fêmeas), durante os manejos de casqueamento, aplicação de vermífugo, vacinação, tosa, manejos reprodutivos como, palpação, rufiação, lavagem para cobertura, cobertura, inseminação artificial e infusão uterina. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos comportamentos de: movimentação; posição das orelhas e dos olhos, respiração, vocalização, velocidade de fuga, e micção. Também foi conferida uma variável resposta denominada de reatividade, com variação de escore de reatividade 1 (atribuída ao animal não reativo ou calmo) até escore de reatividade 4 (atribuída ao animal muito reativo ou agressivo). A verificação das possíveis variáveis (idade, sexo e comportamento), que explicam a variável resposta (reatividade), foi feita pelo modelo ordinal de odds proporcionais. Este comprovou que os maiores escores de reatividade estão associados aos potros (P<0,01). Da mesma forma foi comprovado que os maiores escores dos comportamentos de movimentação, posição das orelhas e olhos e os escores de respiração e vocalização não inferiores a 2 estão associados a maiores escores de reatividade (P<0,01). No segundo experimento desenvolvido em um criatório de Mangalarga Marchador situado na cidade de Amparo, SP, foram observados durante o manejo habitual de escovação 20 animais de diferentes idades, sendo 10 éguas e 10 potros, divididos em dois tratamentos. No primeiro (N=10, tratamento controle) os animais foram avaliados sem estímulo desconhecido, e no segundo (N=10, tratamento com estímulo sonoro desconhecido) os animais foram observados na presença do som de um chocalho e um tamborim. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos mesmos comportamentos do primeiro experimento, exceto a velocidade de fuga. Ao final da observação foi atribuído um escore de reatividade final (variável resposta) com valores de 1 a 4 (não reativo ou calmo a muito reativo ou agressivo). Foi ajustado um modelo de regressão logística ordinal usando como covariáveis as categorias (categoria A: potros de 6 a 7 meses; categoria B: potros de 8 a 9 meses; categoria C: éguas de 2 a 6 anos; categoria D: éguas de 11 a 19 anos); o sexo (masculino e feminino), o dia (0, 1, 2, 3, 30, 31, 45, 46) e o tratamento (tratamento controle e tratamento com estímulo sonoro desconhecido). Os animais do tratamento com estímulo desconhecido apresentaram maior reatividade (P<0,01). Os dias do período experimental influenciaram a reatividade dos animais da categoria A (P<0,01), com diminuição das possibilidades dos animais dessa idade apresentarem maior reatividade.The study aimed to adapt the evaluation of the horses\' behavior during routine managements as a method of investigating the reactivity of animals. Two experiments were conducted; the first recognized the variables related to the expression of the reactivity of horses during handling, and the second was done during usual brushing management against the presence of an unknown sonorous stimulus. The first experiment was developed in a farm of Lusitano horses located in Itapira, SP, where 364 animals of different ages were evaluated, representing 188 adult mares and 176 foals (males and females) during the managements hooves trimming, vermifuge application, vaccination, leathering, breeding managements as palpation, ruffian presentation, wash to cover, cover, artificial insemination and uterine infusion. The reactivity was estimated by assigning scores to behaviors: movement, position of ears and eyes, breathing, vocalization, flight speed, and urination. A response variable called reactivity was attributed to the animal, ranging from reactivity score 1 (attributed to the animal not reactive or calm) to reactivity score 4 (attributed to the animal very reactive or aggressive). The verification of the possible variables (age, sex, and behavior), which explain the response variable (reactivity), was taken by ordinal proportional odds model. This proved that higher reactivity scores are associated with foals. Likewise it was proven that the higher scores of the behaviors of movement, position of ears and eyes and breathing and vocalization scores of no less than 2 are associated with higher reactivity scores (P<0.01). In the second experiment developed in a farm of Mangalarga Marchador horses located in Amparo, SP, the 20 animals of different ages (10 mares and 10 foals) were observed during usual brushing management, and they were divided into two treatments. In the first (N = 10, control) animals were evaluated without stimulation unknown, and the second (N = 10, treatment with unknown sonorous stimulus) the animals were observed in the presence of the sound stimulus from a rattle and a tambourine. The reactivity was estimated by assigning scores to the same behaviors of the first experiment, except for flight speed. At the end of the observation it was assigned a final reactivity score (response variable) for each animal, varying from 1 to 4 (non-reactive or calm to very reactive or aggressive). For statistical analysis, the results were adjusted to a logistic regression model using the categories as covariates (category A foals 6 to 7 months, category B: foals 8 to 9 months; Category C: mares 2 to 6 years; category D: mares 11 to 19 years), sex (male and female), day (0, 1, 2, 3, 30, 31, 45, 46) and treatment (control and treatment with unknown stimulus). The animals of the treatment unknown stimuli showed greater reactivity (P<0.01). The days of the experimental period influenced the reactivity of animals in category A (P<0,01), with a decrease in the possibilities of animals in this category to have a higher reactivity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTitto, Evaldo Antônio LencioniCalviello, Raquel Ferrari2013-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-16092013-085916/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-16092013-085916Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O estudo teve como objetivo adaptar a avaliação comportamental dos equinos durante manejos de rotina como metodologia da averiguação da reatividade dos animais. Para isso foram realizados dois experimentos, o primeiro identificou as variáveis relacionadas à expressão da reatividade dos equinos durante manejos de rotina; e o segundo avaliou a reatividade dos equinos frente à presença de um estímulo sonoro desconhecido durante o manejo habitual de escovação. O primeiro desenvolvido em um criatório de equinos da raça Lusitano situado na cidade de Itapira, SP, avaliou 364 animais de diferentes idades, constituindo 188 éguas adultas reprodutoras e 176 potros (machos e fêmeas), durante os manejos de casqueamento, aplicação de vermífugo, vacinação, tosa, manejos reprodutivos como, palpação, rufiação, lavagem para cobertura, cobertura, inseminação artificial e infusão uterina. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos comportamentos de: movimentação; posição das orelhas e dos olhos, respiração, vocalização, velocidade de fuga, e micção. Também foi conferida uma variável resposta denominada de reatividade, com variação de escore de reatividade 1 (atribuída ao animal não reativo ou calmo) até escore de reatividade 4 (atribuída ao animal muito reativo ou agressivo). A verificação das possíveis variáveis (idade, sexo e comportamento), que explicam a variável resposta (reatividade), foi feita pelo modelo ordinal de odds proporcionais. Este comprovou que os maiores escores de reatividade estão associados aos potros (P<0,01). Da mesma forma foi comprovado que os maiores escores dos comportamentos de movimentação, posição das orelhas e olhos e os escores de respiração e vocalização não inferiores a 2 estão associados a maiores escores de reatividade (P<0,01). No segundo experimento desenvolvido em um criatório de Mangalarga Marchador situado na cidade de Amparo, SP, foram observados durante o manejo habitual de escovação 20 animais de diferentes idades, sendo 10 éguas e 10 potros, divididos em dois tratamentos. No primeiro (N=10, tratamento controle) os animais foram avaliados sem estímulo desconhecido, e no segundo (N=10, tratamento com estímulo sonoro desconhecido) os animais foram observados na presença do som de um chocalho e um tamborim. A reatividade foi estimada pela atribuição de escores aos mesmos comportamentos do primeiro experimento, exceto a velocidade de fuga. Ao final da observação foi atribuído um escore de reatividade final (variável resposta) com valores de 1 a 4 (não reativo ou calmo a muito reativo ou agressivo). Foi ajustado um modelo de regressão logística ordinal usando como covariáveis as categorias (categoria A: potros de 6 a 7 meses; categoria B: potros de 8 a 9 meses; categoria C: éguas de 2 a 6 anos; categoria D: éguas de 11 a 19 anos); o sexo (masculino e feminino), o dia (0, 1, 2, 3, 30, 31, 45, 46) e o tratamento (tratamento controle e tratamento com estímulo sonoro desconhecido). Os animais do tratamento com estímulo desconhecido apresentaram maior reatividade (P<0,01). Os dias do período experimental influenciaram a reatividade dos animais da categoria A (P<0,01), com diminuição das possibilidades dos animais dessa idade apresentarem maior reatividade. |
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