Influência da ciclagem térmica e mecânica em água na resistência ao cisalhamento da união infraestrutura/porcelana de cobertura de diferentes sistemas totalmente cerâmicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vidotti, Hugo Alberto
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-27092011-161545/
Resumo: Este estudo avaliou a influência da ciclagem térmica e mecânica, aliadas, na resistência ao cisalhamento da interface entre porcelana de cobertura e infraestruturas de diferentes sistemas totalmente. Também foi realizada a caracterização das interfaces por meio de análise de espectroscopia por energia dispersiva de Raios X (EDS). Foram testados sistemas totalmente cerâmicos a base de dissilicato de lítio (DL), zircônia tetragonal estabilizada por ítrio recoberta por estratificação (ZC) e por injeção (ZI) e alumina infiltrada por vidro (AI). Um grupo metalocerâmico a base de liga de CoCr foi testado como grupo controle. Vinte espécimes circulares de 6mm de diâmetro de cada sistema foram submetidos ao teste de resistência ao cisalhamento em máquina de ensaios mecânicos, sendo que metade destes (n=10) sofreram os procedimentos de ciclagem térmica e mecânica antes da realização dos testes. Os resultados foram analisados através do teste ANOVA a dois critérios (p<0,05) e utilizou-se teste de Tukey (p<0,05) para as comparações múltiplas. Análise das fratura foi realizada através de estereomicroscópio e MEV. A análise de EDS foi realizada ao longo da interface infraestrutura/porcelana de cobertura em um espécime de cada sistema seccionado longitudinalmente. As ciclagens térmica e mecânica aliadas não influenciaram na resistência ao cisalhamento dos sistemas testados. Houve, contudo, diferença estatística entre os sistemas testados. O grupo CoCr apresentou os maiores valores (34,72 ± 7,05 Mpa), seguido dos grupos DL (27,07 ± 5,28), ZI (23,58 ± 2,71), ZC (22,46 ± 2,08) e AI (18,15 ± 1,99). Os modos de fratura foram predominantemente adesivos para o grupo CoCr, coesivos na infraestrura para o grupo DL, coesivo na porcelana de cobertura para os grupos ZC e ZI, e mistos para o grupo AI. As análises de EDS mostraram haver uma zona de interação para todos os sistemas testados. Deste modo, é possível sugerir, através das análises de fratura e de EDS, que haja uma união química entre a porcelana de cobertura e infraestrutura nos diferentes sistemas testados e que as variações de resistência ao cisalhamento estão relacionadas a fatores intrínsecos ou na capacidade de molhamento da porcelana de cobertura.
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Vinte espécimes circulares de 6mm de diâmetro de cada sistema foram submetidos ao teste de resistência ao cisalhamento em máquina de ensaios mecânicos, sendo que metade destes (n=10) sofreram os procedimentos de ciclagem térmica e mecânica antes da realização dos testes. Os resultados foram analisados através do teste ANOVA a dois critérios (p<0,05) e utilizou-se teste de Tukey (p<0,05) para as comparações múltiplas. Análise das fratura foi realizada através de estereomicroscópio e MEV. A análise de EDS foi realizada ao longo da interface infraestrutura/porcelana de cobertura em um espécime de cada sistema seccionado longitudinalmente. As ciclagens térmica e mecânica aliadas não influenciaram na resistência ao cisalhamento dos sistemas testados. Houve, contudo, diferença estatística entre os sistemas testados. O grupo CoCr apresentou os maiores valores (34,72 ± 7,05 Mpa), seguido dos grupos DL (27,07 ± 5,28), ZI (23,58 ± 2,71), ZC (22,46 ± 2,08) e AI (18,15 ± 1,99). Os modos de fratura foram predominantemente adesivos para o grupo CoCr, coesivos na infraestrura para o grupo DL, coesivo na porcelana de cobertura para os grupos ZC e ZI, e mistos para o grupo AI. As análises de EDS mostraram haver uma zona de interação para todos os sistemas testados. Deste modo, é possível sugerir, através das análises de fratura e de EDS, que haja uma união química entre a porcelana de cobertura e infraestrutura nos diferentes sistemas testados e que as variações de resistência ao cisalhamento estão relacionadas a fatores intrínsecos ou na capacidade de molhamento da porcelana de cobertura.The objective of this study was to evaluate the influence of thermal and mechanical cycling on the shear bond strength of different all-ceramic cores and veneering porcelain interfaces. It was also to characterize chemically the interfaces by energy dispersive spectroscopy (EDS). The allceramic systems tested were lithium dissilicate (DL), zirconia veneered by layering technic (ZC) or pressing technic (ZI) and glass infiltrated alumina (AI). A CoCr group was used as control. Twenty cylindrical specimens for each system were subjected to shear bond strength in a universal testing machine with a 0.5 mm/min crosshead speed. Half of the specimens (n=10) were thermal and mechanical cycled before shear bond strength was carried out. Mean shear bond strength (MPa) were analyzed with a 2-way analysis of variance and the Tukey test. Failures were classified with tereomicroscope and scanning electron microscope (SEM) analysis. In an addition, energy dispersive X-ray spectroscopy (EDS) analysis was performed from core/veneer interfaces. Thermal and mechanical cycling did not influence statistically on the shear bond strength for the systems evaluated. However, there was a statically significant difference between the systems evaluated. Control group (CoCr) presented the highest values (34,72 ± 7,05 Mpa), followed by DL (27,07 ± 5,28), ZI (23,58 ± 2,71), ZC (22,46 ± 2,08) e AI (18,15 ± 1,99). Thermal and mechanical cycling did not influence statistically on the shear bond strength for the systems evaluated. Failure modes were predominantly adhesive for CoCr group, cohesive in the core for DL, cohesive in veneer for groups ZC and ZI and mixed for AI. EDS analysis showed a interaction zone for all systems evaluated. Thus, it is possible to suggest, trough EDS analysis, that there is a chemical bond between core and veneer materials and that the shear bond strength variations can be related to intrinsic factors within veneering porcelain or to its wetting capacity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPValle, Accacio Lins doVidotti, Hugo Alberto2011-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-27092011-161545/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-27092011-161545Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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