Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nabarro, Sergio Aparecido
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24112014-174721/
Resumo: As profundas transformações econômicas, sociais e tecnológicas ocorridas a partir da década de 1950 mudaram substancialmente a maneira de viver e de enxergar a vida, alteraram também as formas tradicionais de reprodução social. O eixo central do capitalismo, ocupado pela indústria, se desloca para o consumo. O protagonismo deste é fundamental para o entendimento das transformações impostas pelo capital à sociedade. A necessidade de controlar o que é consumido, para sustentar a reprodução ampliada do capital, se materializa nos câmbios da forma de viver, se manifestam no cotidiano. Entretanto, práticas sociais e representações tradicionais, emergem como resistência às incursões capitalistas no universo camponês. Para entendê-las, o modo de vida se apresenta como uma categoria substancial, devendo ser entendida, a partir de uma perspectiva ampla, em seu conjunto de relações que lhe confere sentido. Nesta pesquisa, temos por objetivo redefinir o conceito de modo de vida, aplicando-o aos camponeses, tendo como meta entendê-los para além da classe social, como um modo de vida, composto pela tensão constante entre os efeitos e consequências da expansão das relações capitalistas no campo e a resistência dos costumes e práticas que hora estão subordinados à lógica hegemônica e hora a subverte. Para isso, partimos de uma minuciosa pesquisa sobre as definições de modo de vida no pensamento social moderno. Em seguida, analisamos as principais referências analíticas sobre o campesinato no pensamento marxista, produzidas entre o final do século XIX até hoje, buscando identificar as contribuições e limites das mesmas para pensar os processos de permanência e (re)produção do campesinato atual
id USP_6e0c5f1a7d8227aa85f2aca4c4e73bc5
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-24112014-174721
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vidaWay of life and peasantry in capitalism: contributions, limits and the development of an understanding of the peasantry as a way of lifeCampesinatoCapitalismCapitalismoDiscourseDiscursoIdeologiaIdeologyModo de vidaPeasantryWay of lifeAs profundas transformações econômicas, sociais e tecnológicas ocorridas a partir da década de 1950 mudaram substancialmente a maneira de viver e de enxergar a vida, alteraram também as formas tradicionais de reprodução social. O eixo central do capitalismo, ocupado pela indústria, se desloca para o consumo. O protagonismo deste é fundamental para o entendimento das transformações impostas pelo capital à sociedade. A necessidade de controlar o que é consumido, para sustentar a reprodução ampliada do capital, se materializa nos câmbios da forma de viver, se manifestam no cotidiano. Entretanto, práticas sociais e representações tradicionais, emergem como resistência às incursões capitalistas no universo camponês. Para entendê-las, o modo de vida se apresenta como uma categoria substancial, devendo ser entendida, a partir de uma perspectiva ampla, em seu conjunto de relações que lhe confere sentido. Nesta pesquisa, temos por objetivo redefinir o conceito de modo de vida, aplicando-o aos camponeses, tendo como meta entendê-los para além da classe social, como um modo de vida, composto pela tensão constante entre os efeitos e consequências da expansão das relações capitalistas no campo e a resistência dos costumes e práticas que hora estão subordinados à lógica hegemônica e hora a subverte. Para isso, partimos de uma minuciosa pesquisa sobre as definições de modo de vida no pensamento social moderno. Em seguida, analisamos as principais referências analíticas sobre o campesinato no pensamento marxista, produzidas entre o final do século XIX até hoje, buscando identificar as contribuições e limites das mesmas para pensar os processos de permanência e (re)produção do campesinato atualThe profound economic, social and technological changes that occurred from the 1950s substantially changed the way of living and seeing life also changed the traditional forms of social reproduction. The central axis of capitalism, occupied by industry shifts to consumption. The role is fundamental in understanding the transformations imposed by capital to society. The need to control what is consumed to sustain the reproduction of capital, exchange materializes in the form of live, manifest in everyday life. However, social and traditional representations, practices emerge as resistance to capitalist inroads into peasant universe. To understand this phenomenon, way of life presents itself as a substantial category, and should be understood, from a broad perspective, in their set of relations that gives it meaning. In this research, we aim to redefine the concept of mode of life, applying to farmers, aiming to understand them beyond social class, as a way of life, made up of the constant tension between the effects and consequences of the expansion of relations capitalists and resistance in the field of customs and practices that time are subject to the hegemonic logic and time subverts. For this, we start from a thorough research on the mode settings of life in the modern social thought. Then we analyze the main analytical results for the peasantry in Marxist thought, produced between the late nineteenth century until today, seeking to identify the contributions and limits of the same thinking to the process of permanent and (re)production of the current peasantryBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSuzuki, Julio CesarNabarro, Sergio Aparecido2014-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24112014-174721/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-24112014-174721Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
Way of life and peasantry in capitalism: contributions, limits and the development of an understanding of the peasantry as a way of life
title Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
spellingShingle Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
Nabarro, Sergio Aparecido
Campesinato
Capitalism
Capitalismo
Discourse
Discurso
Ideologia
Ideology
Modo de vida
Peasantry
Way of life
title_short Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
title_full Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
title_fullStr Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
title_full_unstemmed Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
title_sort Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e a construção de um entendimento do campesinato como modo de vida
author Nabarro, Sergio Aparecido
author_facet Nabarro, Sergio Aparecido
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Suzuki, Julio Cesar
dc.contributor.author.fl_str_mv Nabarro, Sergio Aparecido
dc.subject.por.fl_str_mv Campesinato
Capitalism
Capitalismo
Discourse
Discurso
Ideologia
Ideology
Modo de vida
Peasantry
Way of life
topic Campesinato
Capitalism
Capitalismo
Discourse
Discurso
Ideologia
Ideology
Modo de vida
Peasantry
Way of life
description As profundas transformações econômicas, sociais e tecnológicas ocorridas a partir da década de 1950 mudaram substancialmente a maneira de viver e de enxergar a vida, alteraram também as formas tradicionais de reprodução social. O eixo central do capitalismo, ocupado pela indústria, se desloca para o consumo. O protagonismo deste é fundamental para o entendimento das transformações impostas pelo capital à sociedade. A necessidade de controlar o que é consumido, para sustentar a reprodução ampliada do capital, se materializa nos câmbios da forma de viver, se manifestam no cotidiano. Entretanto, práticas sociais e representações tradicionais, emergem como resistência às incursões capitalistas no universo camponês. Para entendê-las, o modo de vida se apresenta como uma categoria substancial, devendo ser entendida, a partir de uma perspectiva ampla, em seu conjunto de relações que lhe confere sentido. Nesta pesquisa, temos por objetivo redefinir o conceito de modo de vida, aplicando-o aos camponeses, tendo como meta entendê-los para além da classe social, como um modo de vida, composto pela tensão constante entre os efeitos e consequências da expansão das relações capitalistas no campo e a resistência dos costumes e práticas que hora estão subordinados à lógica hegemônica e hora a subverte. Para isso, partimos de uma minuciosa pesquisa sobre as definições de modo de vida no pensamento social moderno. Em seguida, analisamos as principais referências analíticas sobre o campesinato no pensamento marxista, produzidas entre o final do século XIX até hoje, buscando identificar as contribuições e limites das mesmas para pensar os processos de permanência e (re)produção do campesinato atual
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-06-25
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24112014-174721/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24112014-174721/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257318836666368