Análise da amplitude de abertura bucal e seu enquadramento em tabelas de quantificação do dano odontológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Gabriela Cauduro da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-04042018-110327/
Resumo: Introdução: A região da face corresponde a parte do corpo mais atingida em casos de traumas. Isso ocorre por ser uma área sem proteção e de localização favorável. Traumas nessa região tem como principais causas acidente de trânsito, quedas ou agressões. A consequência mais prevalente é a fratura na região mandibular. Em decorrência disso, é possível perceber diversos prejuízos, dentre eles a limitação na abertura bucal. No entanto, para que seja definido um dano é necessário que se conheça o padrão de normalidade. O Código Civil brasileiro aponta que todo o dano causado por ato ilícito deve ser reparado proporcionalmente ao prejuízo criado na vítima. A utilização de tabelas na quantificação do dano corporal tem sido um elemento importante para a unificação da linguagem e dos critérios, permitindo que uma mesma situação seja avaliada e entendida de forma semelhante. Objetivo: a) Obter a média de abertura bucal de uma população brasileira associando com sexo, idade, estatura e perfil facial; b) Correlacionar a média de abertura bucal de pacientes considerados dentro do padrão de normalidade e pacientes com fratura mandibular; c) Correlacionar os valores de abertura bucal obtidos na pesquisa com a Tabela Nacional de Avaliação de Incapacidades Permanentes em Direito Civil da legislação portuguesa, a tabela brasileira SUSEP e a tabela DPVAT; d) Elaborar uma fórmula para a determinação da redução de abertura bucal. Metodologia: Um questionário relacionado a percepção de dor foi aplicado em pacientes do grupo controle e pacientes analisados em um hospital de São Paulo com fratura de mandíbula. Na sequência, foi verificada a abertura bucal máxima com um paquímetro e tomadas as medidas do terço médio e inferior para determinação do tipo de perfil facial. Além disso, através de um estadiômetro, foi medida a estatura. Os dados foram analisados estatisticamente e relacionados com as três tabelas citadas. Resultados: A média de abertura bucal no sexo masculino foi de 51,71 mm enquanto no sexo feminino foi de 47,94 mm onde foi encontrada correlação positiva entre sexo e abertura bucal. Entretanto não foi possível estabelecer significância com as demais variáveis. Quanto aos pacientes com fratura de mandíbula, a média de abertura bucal para homens foi de 38,91 mm e em mulheres de 41 mm, a etiologia mais prevalente foi acidentes automobilísticos e o local mais acometido foi na região condilar. Conclusão: Foi possível encontrar associação positiva com o sexo, onde homens tendem a ter uma abertura bucal maior que mulheres; Não foi encontrada relação significativa com idade, estatura e perfil facial; Pacientes com fratura mandibular possuem uma amplitude de abertura menor que pacientes considerados dentro dos padrões de normalidade; As tabelas brasileiras, DPVAT e SUSEP são insuficientes para valorar danos odontológicos e a tabela da legislação portuguesa necessita de adaptações e com base nas médias de abertura bucal obtidas, foram elaborada as seguintes fórmulas para o cálculo de redução de abertura bucal, onde para pacientes do sexo masculino usa-se RA=[100-(A.1,93) ] .0,3 e para o sexo feminino RA=[100-(A.2,08) ] .0,3 .
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A utilização de tabelas na quantificação do dano corporal tem sido um elemento importante para a unificação da linguagem e dos critérios, permitindo que uma mesma situação seja avaliada e entendida de forma semelhante. Objetivo: a) Obter a média de abertura bucal de uma população brasileira associando com sexo, idade, estatura e perfil facial; b) Correlacionar a média de abertura bucal de pacientes considerados dentro do padrão de normalidade e pacientes com fratura mandibular; c) Correlacionar os valores de abertura bucal obtidos na pesquisa com a Tabela Nacional de Avaliação de Incapacidades Permanentes em Direito Civil da legislação portuguesa, a tabela brasileira SUSEP e a tabela DPVAT; d) Elaborar uma fórmula para a determinação da redução de abertura bucal. Metodologia: Um questionário relacionado a percepção de dor foi aplicado em pacientes do grupo controle e pacientes analisados em um hospital de São Paulo com fratura de mandíbula. Na sequência, foi verificada a abertura bucal máxima com um paquímetro e tomadas as medidas do terço médio e inferior para determinação do tipo de perfil facial. Além disso, através de um estadiômetro, foi medida a estatura. Os dados foram analisados estatisticamente e relacionados com as três tabelas citadas. Resultados: A média de abertura bucal no sexo masculino foi de 51,71 mm enquanto no sexo feminino foi de 47,94 mm onde foi encontrada correlação positiva entre sexo e abertura bucal. Entretanto não foi possível estabelecer significância com as demais variáveis. Quanto aos pacientes com fratura de mandíbula, a média de abertura bucal para homens foi de 38,91 mm e em mulheres de 41 mm, a etiologia mais prevalente foi acidentes automobilísticos e o local mais acometido foi na região condilar. Conclusão: Foi possível encontrar associação positiva com o sexo, onde homens tendem a ter uma abertura bucal maior que mulheres; Não foi encontrada relação significativa com idade, estatura e perfil facial; Pacientes com fratura mandibular possuem uma amplitude de abertura menor que pacientes considerados dentro dos padrões de normalidade; As tabelas brasileiras, DPVAT e SUSEP são insuficientes para valorar danos odontológicos e a tabela da legislação portuguesa necessita de adaptações e com base nas médias de abertura bucal obtidas, foram elaborada as seguintes fórmulas para o cálculo de redução de abertura bucal, onde para pacientes do sexo masculino usa-se RA=[100-(A.1,93) ] .0,3 e para o sexo feminino RA=[100-(A.2,08) ] .0,3 .Background: The face is the body part most commonly affected in cases of trauma, since it is an unprotected and vulnerable area. Facial traumas are caused mainly by traffic accidents, falls, or physical assault. Mandibular fracture is the most prevalent consequence of these events. This type of fracture causes some damage, including limited mouth opening. However, in order to define this damage, it is necessary to know what the normal pattern is. The Brazilian Civil Code establishes that any harm caused by the practice of an illicit act must be repaired proportionately to the injury inflicted on the victim. The use of rating charts for quantification of bodily harm has played an important role in standardizing both the language and criteria, thus allowing one to assess and understand the same situation in a similar fashion. Objective: a) To estimate the mean jaw range of motion of the Brazilian population by associating it with sex, age, height, and facial profile; b) to correlate patients with a normal jaw range of motion with those with mandibular fracture; c) to correlate jaw range of motion in the Portuguese National Rating Chart for Permanent Disability Assessment with that in the Brazilian SUSEP and DPVAT charts; d) to develop a formula for limited mouth opening estimation. Method: A pain perception questionnaire was applied to patients from the control group and to those with mandibular fracture assessed at a hospital in the city of São Paulo, Brazil. Maximum mouth opening was measured with a caliper, whereas middle and lower third measurements were made to determine the type of facial profile. Height was measured using a stadiometer. The data were analyzed statistically and compared with those described in the three rating charts. Results: The mean jaw range of motion was 51.71 mm in male patients and 47.94 mm in female patients, and there was a positive correlation between sex and mouth opening. It was not possible to determine the significance of mouth opening relative to the other variables. In patients with mandibular fracture, the mean jaw range of motion was 38.91 mm for men and 41 mm for women; vehicle motor accidents were the major cause of the trauma; and the mandibular condyle was the most frequently affected site. Conclusion: There was a positive correlation with sex, as men tend to have a greater jaw range of motion than women. There was no significant correlation with age, height, and facial profile. Patients with mandibular fracture have a smaller jaw range of motion than those who fall into normal standards. Brazilian charts, DPVAT and SUSEP, are inefficient in rating dental damage, whereas the Portuguese chart requires some adaptations. The following formulas were developed based on the mean jaw range of motion measurements, and they allow estimating limited mouth opening: LMO=[100-(MO x 1.93)] x 0.3 for men and LMO=[100-(MO x 2.08)] x 0.3 for women.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Rogerio Nogueira deRosa, Gabriela Cauduro da2018-02-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-04042018-110327/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-09-20T19:49:24Zoai:teses.usp.br:tde-04042018-110327Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-09-20T19:49:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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