Influência dos fatores de risco para quedas no desempenho físico-funcional e no desempenho cognitivo de idosos da comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arruda, Alex Sandro Faria de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-24122018-134035/
Resumo: As quedas estão entre as principais causas de morbimortalidade em indivíduos idosos. Devido a sua natureza multifatorial, a identificação do risco para quedas acaba se tornando uma tarefa complexa. Testes físico-funcionais, em especial aqueles que envolvem força muscular e equilíbrio, tem se mostrado como preditores independentes para eventos futuros. Por outro lado, a utilização destes testes isoladamente pode não ser suficiente na identificação do risco para quedas de idosos com bom desempenho físico e sem limitações aparentes. Sendo assim, considerar múltiplos fatores de risco para quedas na avaliação de idosos pode trazer informações importantes para o desenvolvimentos de programas preventivos. Objetivo: analisar a influência dos fatores de risco para quedas no desempenho físico-funcional e no desempenho cognitivo de idosos da comunidade. Métodos: A amostra foi constituída de 112 idosos (60 anos) de ambos os sexos, regularmente inscritos na Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Os idosos foram submetidos a questionários estruturados sobre dados sociodemográfico, condições de saúde e histórico de quedas, a testes de rastreio cognitivo (mini-exame do estado mental, MEEM) e depressão (escala de depressão geriátrica) e testes físico-funcionais, incluindo avaliação da força de preensão palmar (hand grip, HG) da força de membros inferiores (sentar e levantar da cadeira de 5 repetições, SLC) e da mobilidade (Timed-up and Go, TUG). Após as avaliações, os idosos foram divididos em três grupos, de acordo com a presença de fatores de risco conhecidos para quedas: 1) BAIXO risco (n=22): idosos sem ou com um fator, 2) MODERADO risco (n=59): idosos com dois ou três fatores e 3) ALTO risco (n=31): idosos com quatro ou mais fatores. Para todas as análises, o nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Os fatores de riscos para quedas mais prevalentes na amostra total foram: sexo feminino (83,6%), redução da força muscular (63,1%), sedentarismo (35,1%) e histórico de quedas (27,9%). Na comparação entre os grupos, foi constatada maior prevalência de histórico de quedas e de mulheres nos grupos com mais fatores de risco. O grupo ALTO risco apresentou pior desempenho nos testes físico-funcionais e no MEEM comparativamente aos demais grupos, além de pontuar dentro da nota de corte de risco para quedas no teste SLC (ou seja, >12 seg) e no MEEM (ou seja, <25 pontos). Comparado ao grupo BAIXO risco, a probabilidade dos idosos do grupo ALTO risco terem pior desempenho no TUG, no SLC, no HG e no MEEM foi respectivamente de 70, 83, 82 e 68%. Conclusão: o grupo ALTO risco apresentou pior desempenho nos testes físico-funcionais e no MEEM, comparativamente com os demais grupos. Além disso, foi observada influência negativa do número de fatores de risco para quedas sobre o desempenho físico-funcional e cognitivo dos idosos. A avaliação de múltiplos fatores de risco para quedas pode trazer informações importantes para o desenvolvimento de programas de prevenção de quedas dentro das UnATIs
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Sendo assim, considerar múltiplos fatores de risco para quedas na avaliação de idosos pode trazer informações importantes para o desenvolvimentos de programas preventivos. Objetivo: analisar a influência dos fatores de risco para quedas no desempenho físico-funcional e no desempenho cognitivo de idosos da comunidade. Métodos: A amostra foi constituída de 112 idosos (60 anos) de ambos os sexos, regularmente inscritos na Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Os idosos foram submetidos a questionários estruturados sobre dados sociodemográfico, condições de saúde e histórico de quedas, a testes de rastreio cognitivo (mini-exame do estado mental, MEEM) e depressão (escala de depressão geriátrica) e testes físico-funcionais, incluindo avaliação da força de preensão palmar (hand grip, HG) da força de membros inferiores (sentar e levantar da cadeira de 5 repetições, SLC) e da mobilidade (Timed-up and Go, TUG). Após as avaliações, os idosos foram divididos em três grupos, de acordo com a presença de fatores de risco conhecidos para quedas: 1) BAIXO risco (n=22): idosos sem ou com um fator, 2) MODERADO risco (n=59): idosos com dois ou três fatores e 3) ALTO risco (n=31): idosos com quatro ou mais fatores. Para todas as análises, o nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Os fatores de riscos para quedas mais prevalentes na amostra total foram: sexo feminino (83,6%), redução da força muscular (63,1%), sedentarismo (35,1%) e histórico de quedas (27,9%). Na comparação entre os grupos, foi constatada maior prevalência de histórico de quedas e de mulheres nos grupos com mais fatores de risco. O grupo ALTO risco apresentou pior desempenho nos testes físico-funcionais e no MEEM comparativamente aos demais grupos, além de pontuar dentro da nota de corte de risco para quedas no teste SLC (ou seja, >12 seg) e no MEEM (ou seja, <25 pontos). Comparado ao grupo BAIXO risco, a probabilidade dos idosos do grupo ALTO risco terem pior desempenho no TUG, no SLC, no HG e no MEEM foi respectivamente de 70, 83, 82 e 68%. Conclusão: o grupo ALTO risco apresentou pior desempenho nos testes físico-funcionais e no MEEM, comparativamente com os demais grupos. Além disso, foi observada influência negativa do número de fatores de risco para quedas sobre o desempenho físico-funcional e cognitivo dos idosos. A avaliação de múltiplos fatores de risco para quedas pode trazer informações importantes para o desenvolvimento de programas de prevenção de quedas dentro das UnATIsFalls are among the main causes of morbimortality in old individuals. Due to its multifactorial nature, identifying the risk of falls becomes a complex task. Physical-functional tests, especially those involving muscle strength and balance, have been shown to be independent predictors for future events. On the other hand, the use of these tests alone may not be enough to identify the risk for falls of older people with good physical performance and without apparent limitations. Therefore, considering multiple risk factors for falls in the evaluation of older adults can bring important information for the development of preventive programs. Objective: to analyze the influence of risk factors for falls in the physical-functional and cognitive performance of community-dwelling older adults. Methods: The sample consisted of 112 older adults (60 years) from both sexes, regularly assigned in the Open University of the Third Age (U3A) of the School of Arts, Sciences and Humanities of USP. Older adults were submitted to structured questionnaires about socio-demographic data, health conditions and fall history, cognitive screening (Mini-mental State Examination, MMSE), depression (Geriatric Depression Scale) and physical-functional tests, including assessment of handgrip strength (Hand Grip, HG), lower limb strength (5-repetitions sit to stand, STS) and mobility (Timed-up and Go, TUG). After the evaluations, older adults were divided into three groups, according to the presence of well-known risk factors for falls: 1) LOW-risk (n = 22): older adults with or without a factor, 2) MODERATE-risk (n = 59 ): older adults with two or three factors and 3) HIGH-risk (n = 31): older adults with four or more factors. Level of significance was set at p<0.05 to all analysis. Results: the prevalence of risk factors for fall in the total sample were: women (83.6%), reduction of muscular strength (63.1%), sedentary lifestyle (35.1%) and any fall history (27.9%). Higher prevalence of history of falls and of women were observed in the HIGH-risk compared to the others groups. The HIGH-risk group presented worse performance in the physical-functional tests and in the MMSE compared to the other groups, besides scoring within the cut-off for falls in SLC (ie, > 12 sec) and MMSE (ie, <25 points). Compared to the LOW-risk group, the probability of older adults from HIGH-risk group had a worse performance on TUG, STS, HG and MMSE were 70, 83, 82 and 68%, respectively. Conclusion: the HIGH-risk group presented worse performance in the physical-functional tests and the MMSE, in comparison with the other groups. In addition, a negative influence of the number of risk factors for falls on the physical-functional and cognitive performance of the older adults was observed. The assessment of multiple risk factors for falls can bring important information for the development of fall prevention programs in the U3AsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelo, Ruth Caldeira deArruda, Alex Sandro Faria de2018-10-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-24122018-134035/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-24122018-134035Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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