Avaliação do desfecho de pacientes que sofreram parada cardiorrespiratória durante o intraoperatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-06032017-110904/ |
Resumo: | Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é o evento de maior gravidade que pode ocorrer no intraoperatório. A literatura é escassa sobre quais fatores de risco impactam negativamente no desfecho do paciente vítima de PCR no intraoperatório. Objetivo: Avaliar os fatores que impactaram no desfecho óbito no intraoperatório, em até 24 horas, em até 30 dias e em até 1 ano após a PCR. Metodologia: Pacientes com PCR intraoperatória de 2007 a 2014 foram analisados quanto a dados demográficos, comorbidades, uso de droga vasoativa, tempo de PCR, dados gasométricos, eletrolíticos, da coagulação, do hemograma, da função renal e da escala de Glasgow 24 horas após o retorno à circulação espontânea (RCE), bem como variações destes valores entre a admissão e 24 horas após o evento. Estes dados foram avaliados para o desfecho óbito no intraoperatório, até 24 horas, de 24 horas até 30 dias e até um ano. Resultados: 167.574 anestesias e 158 eventos foram localizados. A letalidade intraoperatória, em 24 horas, 30 dias e um ano foi, respectivamente, de 35,4%, 29,4%, 44,4% e 71,6%. A causa da PCR como hipovolemia, hipotensão na admissão do centro cirúrgico e a maior duração foram fatores independentes para a letalidade de intraoperatória. A hipovolemia como causa, a maior duração da PCR, a razão normalizada internacional (RNI) do tempo de protrombina (TP) acima de 1,2 na admissão, o sódio sérico antes da PCR fora do intervalo da normalidade e a relação entre duração e a dose de adrenalina foram fatores independentes para a letalidade em 24 horas. A variação do RNI negativa do TP entre a admissão e ao final das primeiras 24 horas e a escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T após 24 horas da situação foram fatores independentes para a letalidade 30 dias. A escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T, a variação negativa do RNI do TP nas primeiras 24 horas e a duração da PCR foram variáveis independentes para a letalidade 1 ano. Conclusão: A PCR intraoperatória apresenta grande letalidade, sendo que a conjunção de fatores clínicos e laboratoriais está relacionada ao prognóstico |
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Avaliação do desfecho de pacientes que sofreram parada cardiorrespiratória durante o intraoperatórioRisk fators for mortality of patients that suffered intraoperative cardiac arrestAnestesia/efeitos adversosAnesthesia/adverse effectsCausalidadeCausalityDeathFatores de riscoHeart arrest/epidemiologyIncidenceIncidênciaIntraoperative periodMortalidadeMortalityMorteParada cardíaca/epidemiologiaPeríodo intraoperatórioPrognosisPrognósticoRisk factorsIntrodução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é o evento de maior gravidade que pode ocorrer no intraoperatório. A literatura é escassa sobre quais fatores de risco impactam negativamente no desfecho do paciente vítima de PCR no intraoperatório. Objetivo: Avaliar os fatores que impactaram no desfecho óbito no intraoperatório, em até 24 horas, em até 30 dias e em até 1 ano após a PCR. Metodologia: Pacientes com PCR intraoperatória de 2007 a 2014 foram analisados quanto a dados demográficos, comorbidades, uso de droga vasoativa, tempo de PCR, dados gasométricos, eletrolíticos, da coagulação, do hemograma, da função renal e da escala de Glasgow 24 horas após o retorno à circulação espontânea (RCE), bem como variações destes valores entre a admissão e 24 horas após o evento. Estes dados foram avaliados para o desfecho óbito no intraoperatório, até 24 horas, de 24 horas até 30 dias e até um ano. Resultados: 167.574 anestesias e 158 eventos foram localizados. A letalidade intraoperatória, em 24 horas, 30 dias e um ano foi, respectivamente, de 35,4%, 29,4%, 44,4% e 71,6%. A causa da PCR como hipovolemia, hipotensão na admissão do centro cirúrgico e a maior duração foram fatores independentes para a letalidade de intraoperatória. A hipovolemia como causa, a maior duração da PCR, a razão normalizada internacional (RNI) do tempo de protrombina (TP) acima de 1,2 na admissão, o sódio sérico antes da PCR fora do intervalo da normalidade e a relação entre duração e a dose de adrenalina foram fatores independentes para a letalidade em 24 horas. A variação do RNI negativa do TP entre a admissão e ao final das primeiras 24 horas e a escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T após 24 horas da situação foram fatores independentes para a letalidade 30 dias. A escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T, a variação negativa do RNI do TP nas primeiras 24 horas e a duração da PCR foram variáveis independentes para a letalidade 1 ano. Conclusão: A PCR intraoperatória apresenta grande letalidade, sendo que a conjunção de fatores clínicos e laboratoriais está relacionada ao prognósticoIntroduction: Cardiac arrest (CA) is the most devastating event that can take place during the intraoperative period. Data regarding risk factors for a worse outcome of intraoperative CA (ICA) are scarce, especially regarding laboratorial analysis. Objectives: This study analyzed the outcomes and risk factors of patients 24 hours, 30 days and 1 year after ICA. Methods: Records of patients that had ICA from 2007 to 2014 were analyzed. Data for demographics, comorbidities, vasoactive drug infusion, ICA duration, electrolytes, acid-base balance, international normalized ratio (INR) of the prothrombin time (PT), partial thromboplastin time (aTTP), hemoglobin and hematocrit, urea, creatinine, Glasgow Comma Scale (GCS) 24h after ICA were collected. These data were analyzed in the intraoperative period, 24 hours, 30 days and 1 year after the event. Results: 167,574 anesthesias and 158 ICAs were found. Lethality for the intraoperative period, 24 hours, 30 days and 1 year after the event were 35.4%, 29.4%, 44.4% e 71.6%, respectively. The hypovolemia as a cause, hypotension at admission, and the ICA duration were independently associated with greater intraoperative mortality. The hypovolemia as a cause, the ICA duration, the INR of the PT at admission, the sodium level before the ICA, and the ratio between adrenaline doses and ICA duration were independently associated with death up to 24 hours after ICA. The negative variation of the INR of the PT and the GCS 24 hours after the ICA were independently associated with mortality in 30 days. The GCS 24 hours after ICA, the worsening of the in INR of the PT in the first 24 hours after ICA and the ICA duration were independently associated with mortality in 1 year. Conclusion: Patients that ICA have a high lethality during the first year of the event. Laboratorial and clinical factors after the ICA are linked to patient´s prognosisBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAuler Junior, Jose Otavio CostaVane, Matheus Fachini2016-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-06032017-110904/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-06032017-110904Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é o evento de maior gravidade que pode ocorrer no intraoperatório. A literatura é escassa sobre quais fatores de risco impactam negativamente no desfecho do paciente vítima de PCR no intraoperatório. Objetivo: Avaliar os fatores que impactaram no desfecho óbito no intraoperatório, em até 24 horas, em até 30 dias e em até 1 ano após a PCR. Metodologia: Pacientes com PCR intraoperatória de 2007 a 2014 foram analisados quanto a dados demográficos, comorbidades, uso de droga vasoativa, tempo de PCR, dados gasométricos, eletrolíticos, da coagulação, do hemograma, da função renal e da escala de Glasgow 24 horas após o retorno à circulação espontânea (RCE), bem como variações destes valores entre a admissão e 24 horas após o evento. Estes dados foram avaliados para o desfecho óbito no intraoperatório, até 24 horas, de 24 horas até 30 dias e até um ano. Resultados: 167.574 anestesias e 158 eventos foram localizados. A letalidade intraoperatória, em 24 horas, 30 dias e um ano foi, respectivamente, de 35,4%, 29,4%, 44,4% e 71,6%. A causa da PCR como hipovolemia, hipotensão na admissão do centro cirúrgico e a maior duração foram fatores independentes para a letalidade de intraoperatória. A hipovolemia como causa, a maior duração da PCR, a razão normalizada internacional (RNI) do tempo de protrombina (TP) acima de 1,2 na admissão, o sódio sérico antes da PCR fora do intervalo da normalidade e a relação entre duração e a dose de adrenalina foram fatores independentes para a letalidade em 24 horas. A variação do RNI negativa do TP entre a admissão e ao final das primeiras 24 horas e a escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T após 24 horas da situação foram fatores independentes para a letalidade 30 dias. A escala de Glasgow abaixo de 14 ou 10T, a variação negativa do RNI do TP nas primeiras 24 horas e a duração da PCR foram variáveis independentes para a letalidade 1 ano. Conclusão: A PCR intraoperatória apresenta grande letalidade, sendo que a conjunção de fatores clínicos e laboratoriais está relacionada ao prognóstico |
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