Ferrovia-parque: possibilidades para paisagens das cidades do Triângulo Mineiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-16032020-160253/ |
Resumo: | O trabalho investiga o caráter estruturador do sistema ferroviário no processo de configuração urbana das cidades de Uberaba, Uberlândia e Araguari e seu potencial de qualificação e reestruturação de paisagens. A implantação das empresas ferroviárias na região do Triângulo Mineiro no entre-séculos XIX-XX desenhou a nova paisagem urbana nas cidades indicadas. Na década de 1970, a desativação dos antigos sistemas e a construção de novos equipamentos nas bordas urbanas desencadearam intensas reconfigurações da paisagem, tanto central, com a abertura de novos espaços livres, quanto na periferia, com a presença de novas infraestruturas que conectam e, ao mesmo tempo, rompem o território. Os sistemas, tanto desativados quanto em uso, encontram-se envoltos de urbanização, mas pouco se relacionam aos demais espaços urbanizados. São geridos de modo descoordenado e sem um plano de intervenção. Apresenta-se a tese de que os sistemas ferroviários das três cidades possuem importante potencialidade latente de reestruturação da paisagem urbana e que sua qualificação é elemento para a valorização da esfera de vida pública. Estes sistemas devem ser urbanizados dado que são espaços híbridos, uma vez que além de sua função logística, potencializam a apropriação quando devidamente qualificados. A tese assenta-se no pressuposto de que proporcionalmente ao caráter problemático das áreas ferroviárias em áreas urbanas, estão suas potencialidades. A partir da caracterização destas áreas por meio da análise de Unidades de Paisagem aplicada às linhas férreas, foi possível, além de levantar as carências e os conflitos da urbanização que as envolvem, reconhecer suas potencialidades enquanto lugares capazes de incrementar os sistemas de espaços livres cotidianos, pensando, não somente no que é possível, mas, também, necessário para o viver democrático. |
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