\'Menos Marx, mais Mises\': uma gênese da nova direita brasileira (2006-2018)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-19092019-174426/ |
Resumo: | O argumento principal que defendo nesta tese é que a formação de uma nova direita no Brasil é um amálgama ultraliberal-conservador cuja origem remonta à organização de contra-públicos digitais durante o auge do lulismo, entre 2006 e 2010. Para sustentar meu argumento realizo uma reconstrução histórica da atuação política da direita brasileira na esfera pública desde a década de 1940, passando pela formação destes contra-públicos na metade dos anos 2000 até as eleições de 2018, quando a nova direita chega ao poder. Meu foco principal, porém, recai na trajetória do contrapúblico ultraliberal, uma vez que este foi o único cujos membros foram capazes de se organizar institucionalmente na sociedade civil de forma precoce, isto é, ainda durante o auge do lulismo, o que foi decisivo para desencadear a Campanha Pró-Impeachment de Dilma de Rousseff (2014-2016) e para fortalecer outras iniciativas políticas que foram importantes para a constituição da nova direita. Empiricamente, me apoio em 30 entrevistas em profundidade realizadas com lideranças e militantes que participaram deste processo e dados coletados em uma pesquisa de campo levada à cabo entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2018. |
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\'Menos Marx, mais Mises\': uma gênese da nova direita brasileira (2006-2018)\"Less Marx, more Mises\": a genesis of the brazilian new right (2006-2018)Brazilian new rightConservadorismoConservatismContra-públicosCounter-publicsLibertarianismNova direita brasileiraUltraliberalismoO argumento principal que defendo nesta tese é que a formação de uma nova direita no Brasil é um amálgama ultraliberal-conservador cuja origem remonta à organização de contra-públicos digitais durante o auge do lulismo, entre 2006 e 2010. Para sustentar meu argumento realizo uma reconstrução histórica da atuação política da direita brasileira na esfera pública desde a década de 1940, passando pela formação destes contra-públicos na metade dos anos 2000 até as eleições de 2018, quando a nova direita chega ao poder. Meu foco principal, porém, recai na trajetória do contrapúblico ultraliberal, uma vez que este foi o único cujos membros foram capazes de se organizar institucionalmente na sociedade civil de forma precoce, isto é, ainda durante o auge do lulismo, o que foi decisivo para desencadear a Campanha Pró-Impeachment de Dilma de Rousseff (2014-2016) e para fortalecer outras iniciativas políticas que foram importantes para a constituição da nova direita. Empiricamente, me apoio em 30 entrevistas em profundidade realizadas com lideranças e militantes que participaram deste processo e dados coletados em uma pesquisa de campo levada à cabo entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2018.The mais argument of this thesis is that the Brazilian New Right in an ideological combination of libertarianism with conservatism and its origins are connected to the formation of digital counter-publics during the height of Lulas terms, between 2006 and 2010. In order to explain how this happened, I make a historical reconstruction of the Brazilian Political Right performance on the public sphere activities from the 1940s on, passing by the formation of these counter-publics in the middle of the 2000s, until the 2018 elections, when the new right comes to power. My main focus, however, lays on the trajectory of the libertarian counter-public, since this was the one whose members were able to organize themselves institutionally at an early stage, that is, during the height of Lulas terms, which was decisive to trigger Dilma Rousseffs Pro-Impeachment Campaign (2014-2016) and to strengthen other political initiatives that were important for the constitution of the Brazilian New Right. My empirical data is based on 30 in-depth interviews with political leaders and activists who took part in this political process and on informations gathered in a field research carried out between the second half of 2015 and the first half of 2018.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLavalle, Adrian GurzaRocha, Camila2019-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-19092019-174426/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T22:15:20Zoai:teses.usp.br:tde-19092019-174426Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T22:15:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O argumento principal que defendo nesta tese é que a formação de uma nova direita no Brasil é um amálgama ultraliberal-conservador cuja origem remonta à organização de contra-públicos digitais durante o auge do lulismo, entre 2006 e 2010. Para sustentar meu argumento realizo uma reconstrução histórica da atuação política da direita brasileira na esfera pública desde a década de 1940, passando pela formação destes contra-públicos na metade dos anos 2000 até as eleições de 2018, quando a nova direita chega ao poder. Meu foco principal, porém, recai na trajetória do contrapúblico ultraliberal, uma vez que este foi o único cujos membros foram capazes de se organizar institucionalmente na sociedade civil de forma precoce, isto é, ainda durante o auge do lulismo, o que foi decisivo para desencadear a Campanha Pró-Impeachment de Dilma de Rousseff (2014-2016) e para fortalecer outras iniciativas políticas que foram importantes para a constituição da nova direita. Empiricamente, me apoio em 30 entrevistas em profundidade realizadas com lideranças e militantes que participaram deste processo e dados coletados em uma pesquisa de campo levada à cabo entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2018. |
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