Estudo da eficácia da placa vibratória no tratamento da disfunção temporomandibular: ensaio clínico randomizado e cego
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-30082021-090431/ |
Resumo: | Por ser a mais prevalente causa de dor crônica relatada na região orofacial, a Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma desordem musculoesquelética que, depois da dor de origem dental, é a segunda causa mais comum de dor na região da face com incidência de aproximadamente 4% ao ano. As placas oclusais têm sido a terapêutica mais empregada para a redução dos sinais e sintomas dessa desordem, porém não contempla a todos com a diminuição do sintoma da dor, e no caso de DTM crônica, o tratamento é considerado difícil e controverso. Este estudo clínico teve por objetivo determinar a eficácia do efeito de uma placa oclusal com estímulo vibratório de biofeedback na redução da dor e na melhora da amplitude da abertura bucal em pacientes com DTM. Como objetivo secundário, avaliar a eficácia da placa vibratória na melhora da qualidade do sono e da qualidade de vida. O estudo contou com 42 mulheres com idade média de 33,02 anos, variando de 19 a 48 anos, com DTM crônica diagnosticadas com artralgia e mialgia pelo RDC/TMD. As voluntárias foram randomicamente alocadas a um dos 3 grupos de placas oclusais a saber: Grupo V (placa vibratória), Grupo P (placa passiva à vibração) e Grupo A (placa estabilizadora acrílica). Com uso diário e apenas no período noturno, a terapêutica foi administrada por duas semanas. Tanto no início como no final desse período, as pacientes foram avaliadas quanto à dor espontânea, dor à palpação e abertura bucal por um avaliador cego em relação ao tipo de placa que cada paciente usou. A placa vibratória foi eficaz para a redução da dor à palpação para a ATM esquerda (p=0,034), e promoveu aumento na abertura bucal máxima com auxílio (p=0,039). Foi tão eficiente quanto as outras placas no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor e para a melhora da qualidade e da latência do sono. A redução da dor espontânea foi significativa para a placa passiva (p=0,048) que também se mostrou eficaz no aumento da abertura máxima sem auxílio (p=0,015). A diminuição da dor espontânea ao acordar foi significante nos grupos P (p=0,013) e A (p=0,020) como também a diminuição da dor espontânea registrada antes de dormir: grupo P (p=0,034) e grupo A (p=0,014). Em relação às outras placas do estudo, a placa vibratória mostrou maior eficácia para a redução da dor à palpação do ligamento posterior da ATM esquerda e para a abertura bucal máxima com auxílio, e foi igualmente eficaz no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor, e na melhora da qualidade e latência do sono em relação ao tempo. |
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Estudo da eficácia da placa vibratória no tratamento da disfunção temporomandibular: ensaio clínico randomizado e cegoEfficacy of vibratory splint therapy for temporomandibular disorder: a blind randomized clinical studyBiofeedbackBiofeedbackDisfunção TemporomandibularOcclusal splintPlaca oclusalPlaca vibratóriaTemporomandibular disorderVibratory splintPor ser a mais prevalente causa de dor crônica relatada na região orofacial, a Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma desordem musculoesquelética que, depois da dor de origem dental, é a segunda causa mais comum de dor na região da face com incidência de aproximadamente 4% ao ano. As placas oclusais têm sido a terapêutica mais empregada para a redução dos sinais e sintomas dessa desordem, porém não contempla a todos com a diminuição do sintoma da dor, e no caso de DTM crônica, o tratamento é considerado difícil e controverso. Este estudo clínico teve por objetivo determinar a eficácia do efeito de uma placa oclusal com estímulo vibratório de biofeedback na redução da dor e na melhora da amplitude da abertura bucal em pacientes com DTM. Como objetivo secundário, avaliar a eficácia da placa vibratória na melhora da qualidade do sono e da qualidade de vida. O estudo contou com 42 mulheres com idade média de 33,02 anos, variando de 19 a 48 anos, com DTM crônica diagnosticadas com artralgia e mialgia pelo RDC/TMD. As voluntárias foram randomicamente alocadas a um dos 3 grupos de placas oclusais a saber: Grupo V (placa vibratória), Grupo P (placa passiva à vibração) e Grupo A (placa estabilizadora acrílica). Com uso diário e apenas no período noturno, a terapêutica foi administrada por duas semanas. Tanto no início como no final desse período, as pacientes foram avaliadas quanto à dor espontânea, dor à palpação e abertura bucal por um avaliador cego em relação ao tipo de placa que cada paciente usou. A placa vibratória foi eficaz para a redução da dor à palpação para a ATM esquerda (p=0,034), e promoveu aumento na abertura bucal máxima com auxílio (p=0,039). Foi tão eficiente quanto as outras placas no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor e para a melhora da qualidade e da latência do sono. A redução da dor espontânea foi significativa para a placa passiva (p=0,048) que também se mostrou eficaz no aumento da abertura máxima sem auxílio (p=0,015). A diminuição da dor espontânea ao acordar foi significante nos grupos P (p=0,013) e A (p=0,020) como também a diminuição da dor espontânea registrada antes de dormir: grupo P (p=0,034) e grupo A (p=0,014). Em relação às outras placas do estudo, a placa vibratória mostrou maior eficácia para a redução da dor à palpação do ligamento posterior da ATM esquerda e para a abertura bucal máxima com auxílio, e foi igualmente eficaz no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor, e na melhora da qualidade e latência do sono em relação ao tempo.As the most prevalent cause of orofacial pain, Temporomandibular Disorder (TMD) is a musculoskeletal disorder that, after tooth pain, is the second most common pain in the face, with an incidence of 4% per year. Occlusal appliances are the first choice to treat this disorder. However, pain relief does not happen in all patients, and in chronic TMD the treatment is considered difficult and controversial. The main goal of this clinical trial was to verify the efficacy of the occlusal splint with vibratory biofeedback stimulus to reduce pain and to improve mouth opening. The second goal was to evaluate its efficacy in the improvement of the quality of sleep and life. The study was performed with 42 women, between 19 and 48 years of age (mean age 33.02), with diagnosis of articular and muscular chronic TMD, according to the research diagnostic criteria for temporomandibular disorders (RDC/TMD). They were randomly assigned to one of the 3 groups of occlusal splint types: Group V (vibratory splint), Group P (passive to vibration splint) and Group A (acrylic stabilization splint). Patients used the splints at night during sleep for 14 days. Their spontaneous pain, pain intensity to palpation and mouth opening were evaluated at the beginning of the study and after two weeks, by a researcher who had no knowledge of the splint group assignments. The vibratory splint was effective in reducing pain on left TMJ palpation (p=0.034) and promoted an increase in maximum mouth opening with assistance (p=0.039). It was as efficient as the other splints in increasing mouth opening without assistance and pain, and in improving sleep quality and latency. The reduction in spontaneous pain was significant for the passive splint (p=0.048), which was also effective in increasing the maximum mouth opening without assistance (p=0.015). The decrease in spontaneous pain upon awakening was significant in groups P (p=0.013) and A (p=0.020), as well as the decrease in spontaneous pain recorded before bedtime: group P (p=0.034) and group A (p=0.014). Comparing to other splints, the vibratory splint showed greater effectiveness in reducing pain on palpation of the posterior ligament of the left TMJ, and to in increasing the maximum mouth opening with assistance. It was equally effective in increasing mouth opening without assistance and pain, and in improving the quality and latency of sleep related to time.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPWitzel, Andréa LusvarghiGallo, Rosane Tronchin2020-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-30082021-090431/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T18:51:02Zoai:teses.usp.br:tde-30082021-090431Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T18:51:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Por ser a mais prevalente causa de dor crônica relatada na região orofacial, a Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma desordem musculoesquelética que, depois da dor de origem dental, é a segunda causa mais comum de dor na região da face com incidência de aproximadamente 4% ao ano. As placas oclusais têm sido a terapêutica mais empregada para a redução dos sinais e sintomas dessa desordem, porém não contempla a todos com a diminuição do sintoma da dor, e no caso de DTM crônica, o tratamento é considerado difícil e controverso. Este estudo clínico teve por objetivo determinar a eficácia do efeito de uma placa oclusal com estímulo vibratório de biofeedback na redução da dor e na melhora da amplitude da abertura bucal em pacientes com DTM. Como objetivo secundário, avaliar a eficácia da placa vibratória na melhora da qualidade do sono e da qualidade de vida. O estudo contou com 42 mulheres com idade média de 33,02 anos, variando de 19 a 48 anos, com DTM crônica diagnosticadas com artralgia e mialgia pelo RDC/TMD. As voluntárias foram randomicamente alocadas a um dos 3 grupos de placas oclusais a saber: Grupo V (placa vibratória), Grupo P (placa passiva à vibração) e Grupo A (placa estabilizadora acrílica). Com uso diário e apenas no período noturno, a terapêutica foi administrada por duas semanas. Tanto no início como no final desse período, as pacientes foram avaliadas quanto à dor espontânea, dor à palpação e abertura bucal por um avaliador cego em relação ao tipo de placa que cada paciente usou. A placa vibratória foi eficaz para a redução da dor à palpação para a ATM esquerda (p=0,034), e promoveu aumento na abertura bucal máxima com auxílio (p=0,039). Foi tão eficiente quanto as outras placas no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor e para a melhora da qualidade e da latência do sono. A redução da dor espontânea foi significativa para a placa passiva (p=0,048) que também se mostrou eficaz no aumento da abertura máxima sem auxílio (p=0,015). A diminuição da dor espontânea ao acordar foi significante nos grupos P (p=0,013) e A (p=0,020) como também a diminuição da dor espontânea registrada antes de dormir: grupo P (p=0,034) e grupo A (p=0,014). Em relação às outras placas do estudo, a placa vibratória mostrou maior eficácia para a redução da dor à palpação do ligamento posterior da ATM esquerda e para a abertura bucal máxima com auxílio, e foi igualmente eficaz no aumento da abertura bucal sem auxílio e sem dor, e na melhora da qualidade e latência do sono em relação ao tempo. |
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