Influência das isoflavonas de soja na produção de proteínas de choque térmico e óxido nítrico na aterosclerose experimental induzida pela dieta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Isabela Rosier Olimpio
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-03122021-092226/
Resumo: As isoflavonas da soja, em especial, a genisteína, atuam na sinalização intracelular inibindo as proteína tirosina quinases. Devido a este efeito, as isoflavonas podem modificar diversas vias metabólicas, incluindo a síntese de óxido nítrico C-NO) e das proteínas de choque térmico, fatores importantes no desenvolvimento da aterosclerose. Com o objetivo de verificar a influência das isoflavonas da soja sobre a produção de proteínas de choque térmico (HSP60, HSP70 e HSC70) e de •NO na aterosclerose experimental, alimentou-se um grupo de coelhos machos New Zealand com uma dieta aterogênica contendo 27% de caseína (CAS) e outro grupo com a mesma dieta suplementada com isoflavonas (5,1 mg/Kg/dia) purificadas da soja (ISO). Amostras de sangue foram coletadas mensalmente e, ao final de 6 meses, os animais foram sacrificados e as aortas foram retiradas para análise. O grupo ISO apresentou uma diminuição significativa do LDL-colesterol (36,2%) e do conteúdo de colesterol da aorta (36 %), além de um aumento do HDL-cholesterol (2,1 vezes), em relação ao grupo CAS. A concentração plasmática de nitrato (metabólito do •NO) e os níveis de anticorpos anti-HSP60, HSP70 and HSC70 no soro e na aorta foram significativamente menores no grupo ISO. A detecção de HSP60, HSP70 e HSC70 foi significativamente menor no grupo ISO. A detecção de NOSi (•NO sintase indutível) e nitrotirosina não mostrou diferenças entre os grupos. A suplementação com isoflavonas promoveu uma redução da área (40%) e do volume (35%) das lesões ateroscleróticas presentes na aorta. Portanto, as isoflavonas da soja, reduziram a hipercolesterolemia, a produção de HSPs e autoanticorpos anti-HSPs, além da área e do volume de lesões ateroscleróticas, em coelhos alimentados com uma dieta aterogênica contendo caseína.
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