Avaliação de efeitos fisiológicos da fração fibra alimentar dos grãos de amaranto (Amaranthus cruentus L.) e linhaça (Linum usitatissimun L).
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-19032008-101634/ |
Resumo: | Os grãos de linhaça e amaranto recebem grande atenção da população em decorrência de suas alegações nutricionais e funcionais à saúde. Uma vez que estes grãos apresentam significativos teores de fibras alimentares (28 e 10%, respectivamente), os efeitos fisiológicos benéficos associados a estas frações foram investigados por meio de parâmetros do metabolismo colônico (fermentativos) e lipídico em ensaio biológico com ratos (Wistar), divididos em quatro grupos (n=12) durante 28 dias. As dietas dos grupos Referência e Controle apresentaram 7% (p/p) de celulose, e as dietas dos grupos experimentais foram formuladas com: farinha desengordurada de linhaça; amaranto extrusado, de modo que apresentassem 7% de fibra alimentar (FA). Com exceção da dieta do grupo Referência, as demais apresentaram 0,5% de colesterol (p/p). Foram observados para os grupos Linhaça e Amaranto: aumento do peso do ceco e conteúdo; aumento da massa fecal úmida; aumento dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e diminuição do pH no conteúdo do ceco, indicando fermentação colônica. Os animais do grupo Linhaça apresentaram menor peso e colesterol hepático, porém, nenhuma alteração no colesterol plasmático e na excreção de colesterol e ácidos biliares nas fezes. Já os animais do grupo Amaranto apresentaram menor peso hepático, porém, nenhuma alteração do colesterol total do órgão. Neste grupo também não foi observada redução do colesterol plasmático, acompanhada do aumento da excreção do colesterol e redução dos ácidos biliares nas fezes. Sugere-se que o trofismo da parede do ceco está relacionado à produção de ácido butírico, principal substrato energético dos colonócitos, que contribui para uma mucosa mais resistente a patógenos e carcinógenos. O mecanismo envolvido no efeito hepatoprotetor observado no grupo Linhaça pode estar relacionado à produção de ácido propiônico no cólon, uma vez que a literatura sugere que o mesmo pode estar envolvido na inibição da HMG-CoA redutase. Desconhecem-se, até o momento, os mecanismos que promoveram a menor excreção de ácidos biliares nas fezes no grupo Amaranto. De qualquer modo, as FAs do grão de linhaça e amaranto não foram capazes de promover efeito hipercolesterolemiante nas condições em que foi realizado este estudo. Conclui-se que as frações indigeríveis da linhaça e amaranto são benéficas para a saúde da mucosa intestinal. |
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Avaliação de efeitos fisiológicos da fração fibra alimentar dos grãos de amaranto (Amaranthus cruentus L.) e linhaça (Linum usitatissimun L).Evaluation of dietary fiber physiological effects of amaranth (Amaranthus cruentus) and flaxseed (Linum usitatissimum L.) grains.Acidos graxos de cadeia curtaFermentaçãoFermentationIntestinal mucosaLipidic metabolismMetabolismo lipídicoMucosa intestinalShort chain fatty acidsOs grãos de linhaça e amaranto recebem grande atenção da população em decorrência de suas alegações nutricionais e funcionais à saúde. Uma vez que estes grãos apresentam significativos teores de fibras alimentares (28 e 10%, respectivamente), os efeitos fisiológicos benéficos associados a estas frações foram investigados por meio de parâmetros do metabolismo colônico (fermentativos) e lipídico em ensaio biológico com ratos (Wistar), divididos em quatro grupos (n=12) durante 28 dias. As dietas dos grupos Referência e Controle apresentaram 7% (p/p) de celulose, e as dietas dos grupos experimentais foram formuladas com: farinha desengordurada de linhaça; amaranto extrusado, de modo que apresentassem 7% de fibra alimentar (FA). Com exceção da dieta do grupo Referência, as demais apresentaram 0,5% de colesterol (p/p). Foram observados para os grupos Linhaça e Amaranto: aumento do peso do ceco e conteúdo; aumento da massa fecal úmida; aumento dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e diminuição do pH no conteúdo do ceco, indicando fermentação colônica. Os animais do grupo Linhaça apresentaram menor peso e colesterol hepático, porém, nenhuma alteração no colesterol plasmático e na excreção de colesterol e ácidos biliares nas fezes. Já os animais do grupo Amaranto apresentaram menor peso hepático, porém, nenhuma alteração do colesterol total do órgão. Neste grupo também não foi observada redução do colesterol plasmático, acompanhada do aumento da excreção do colesterol e redução dos ácidos biliares nas fezes. Sugere-se que o trofismo da parede do ceco está relacionado à produção de ácido butírico, principal substrato energético dos colonócitos, que contribui para uma mucosa mais resistente a patógenos e carcinógenos. O mecanismo envolvido no efeito hepatoprotetor observado no grupo Linhaça pode estar relacionado à produção de ácido propiônico no cólon, uma vez que a literatura sugere que o mesmo pode estar envolvido na inibição da HMG-CoA redutase. Desconhecem-se, até o momento, os mecanismos que promoveram a menor excreção de ácidos biliares nas fezes no grupo Amaranto. De qualquer modo, as FAs do grão de linhaça e amaranto não foram capazes de promover efeito hipercolesterolemiante nas condições em que foi realizado este estudo. Conclui-se que as frações indigeríveis da linhaça e amaranto são benéficas para a saúde da mucosa intestinal.The flaxseed and amaranth grains are recognized by their nutritional and functional health attributes. These grains have significant contents of dietary fiber (28 and 10%, respectively), and the physiological effects related to these fractions were investigated by colonic fermentative and lipid metabolism parameters with rats (Wistar) distributed in five groups (n=12) during twenty-eight days. The diets of the Reference and Control groups contained 7% (w/w) of cellulose and the diets of the experimental groups were formulated with: defatted flaxseed flour and defatted extruded amaranth, in order to provide 7% dietary fiber (DF). With the exception of the Reference, the other diets received 0,5% cholesterol. The Flaxseed and Amaranth groups compared to the Control showed: greater weight of caecum and its contents; greater weight of feces (wet mass); increase of short chain fatty acids (SCFA) concentration and decrease of pH of cecal content, indicating colonic fermentation. The Flaxseed group showed lower liver hepatic weight and cholesterol, but no changes in plasmatic cholesterol, cholesterol fecal excretion, or bile acids fecal excretion. The Amaranth group exhibited lesser hepatic weight, along with no changes on hepatic cholesterol. Also, no plasma cholesterol reduction was observed, with the increase of fecal cholesterol excretion and decrease in fecal bile acid excretion. It is suggest that the caecum wall trophism was related to butiric acid production, main energy colonic cell substrate that fosters a more resistant mucosa to pathogens and carcinogens. The mechanism involved in liver protecting effect, observed in the Flaxseed group, could be related to propionic acid production, since that it is suggest in the literature that this fatty acid could be envolved in the HMG-CoA reductase inhibition. Until this moment, the mechanisms that promoted the lesser bile acid excretion by the Amaranth group were not kwon. The DFs of flaxseed and amaranth grains were unable to promote hypocholestelolemic effects under the present assay conditions. It could be concluded that DFs of flaxseed and amaranth grains are beneficial to the health of the intestinal mucosa.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAreas, Jose Alfredo GomesDamasceno, Nágila Raquel TeixeiraMatias, Andrea Carvalheiro Guerra2008-02-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-19032008-101634/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-19032008-101634Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os grãos de linhaça e amaranto recebem grande atenção da população em decorrência de suas alegações nutricionais e funcionais à saúde. Uma vez que estes grãos apresentam significativos teores de fibras alimentares (28 e 10%, respectivamente), os efeitos fisiológicos benéficos associados a estas frações foram investigados por meio de parâmetros do metabolismo colônico (fermentativos) e lipídico em ensaio biológico com ratos (Wistar), divididos em quatro grupos (n=12) durante 28 dias. As dietas dos grupos Referência e Controle apresentaram 7% (p/p) de celulose, e as dietas dos grupos experimentais foram formuladas com: farinha desengordurada de linhaça; amaranto extrusado, de modo que apresentassem 7% de fibra alimentar (FA). Com exceção da dieta do grupo Referência, as demais apresentaram 0,5% de colesterol (p/p). Foram observados para os grupos Linhaça e Amaranto: aumento do peso do ceco e conteúdo; aumento da massa fecal úmida; aumento dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e diminuição do pH no conteúdo do ceco, indicando fermentação colônica. Os animais do grupo Linhaça apresentaram menor peso e colesterol hepático, porém, nenhuma alteração no colesterol plasmático e na excreção de colesterol e ácidos biliares nas fezes. Já os animais do grupo Amaranto apresentaram menor peso hepático, porém, nenhuma alteração do colesterol total do órgão. Neste grupo também não foi observada redução do colesterol plasmático, acompanhada do aumento da excreção do colesterol e redução dos ácidos biliares nas fezes. Sugere-se que o trofismo da parede do ceco está relacionado à produção de ácido butírico, principal substrato energético dos colonócitos, que contribui para uma mucosa mais resistente a patógenos e carcinógenos. O mecanismo envolvido no efeito hepatoprotetor observado no grupo Linhaça pode estar relacionado à produção de ácido propiônico no cólon, uma vez que a literatura sugere que o mesmo pode estar envolvido na inibição da HMG-CoA redutase. Desconhecem-se, até o momento, os mecanismos que promoveram a menor excreção de ácidos biliares nas fezes no grupo Amaranto. De qualquer modo, as FAs do grão de linhaça e amaranto não foram capazes de promover efeito hipercolesterolemiante nas condições em que foi realizado este estudo. Conclui-se que as frações indigeríveis da linhaça e amaranto são benéficas para a saúde da mucosa intestinal. |
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