Reconstituição do campo geomagnético para o Holoceno a partir de um espeleotema do Brasil Central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44142/tde-07122022-084647/ |
Resumo: | Os estudos a respeito do Campo Magnético da Terra no Holoceno apresentam baixa distribuição geográfica, com apenas 7% dos dados provenientes da África e América do Sul, área que compreende a Anomalia Magnética do Atlântico-Sul (SAMA). No presente trabalho são introduzidos dados magnéticos contínuos de boa qualidade, com resolução secular e com abrangência da maior parte do Holoceno (~2500 a ~10500 anos AP). Problemas com datações U-Th com erro muito elevado foram contornados utilizando correlação de séries isotópicas de e com um espeleotema com modelo de idade preciso. A mineralogia magnética determinada indica que o principal portador magnético é um mineral de baixa coercividade (atribuído a magnetita/maghemita de origem pedogênica). Dados direcionais apontam para valores de inclinação (-40.0°) e declinação (- 4.1°) compatíveis com os valores atuais e com modelos geomagnéticos existentes. As estimativas de paleointensidade relativa, obtidas pelo método pseudo-Thellier, apresentam três intervalos de rápida variação de intensidade do campo geomagnético, em relativa concordância com modelos geomagnéticos dominados por dados provenientes de sedimentos lacustres. Entre 3000 e 5000 anos AP valores até 50% mais altos do que a média são estimados; entre 5300 e 6200 anos AP atinge valores relativos de aproximadamente metade da média e entre 8200 e 9000 anos AP valores relativos que dobram a média. Sendo incorporados aos modelos geomagnéticos estes dados podem auxiliar na compreensão da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, bem como do comportamento do Campo Magnético da Terra por todo o Holoceno. |
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