Estimulação elétrica transcutânea do nervo: analgesia preemptiva em colecistectomia por laparotomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerra, Danilo Ribeiro
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-22072008-112247/
Resumo: O uso da Estimulação Elétrica Transcutânea do Nervo (TENS) vem sendo muito pesquisado em pós-operatórios, todavia os estudos não analisam se a TENS de baixa freqüência -- que estimula a liberação de opióides endógenos -- seria eficiente em promover analgesia preemptiva. Objetivo. Analisar se essa modalidade de TENS, aplicada antes de colecistectomias por laparotomia, poderia proporcionar analgesia preemptiva. Casuística e método. A pesquisa -- clínica, controlada, randomizada e duplamente encoberta -- foi realizada no Hospital São Domingos Sávio, e teve uma amostra de 50 pacientes, todas do sexo feminino: grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25). As pacientes do primeiro grupo foram submetidas à aplicação da TENS de baixa freqüência antes da cirurgia: e as do grupo placebo, a uma falsa estimulação. Houve a padronização do cloridrato de bupivacaína (0,5%) como droga anestésica, associado ao fentanil (2 ml) para a realização das colecistectomias; e da medicação analgésica utilizada no pós-operatório: dipirona, prescrita de 6 em 6 horas, e diclofenaco de sódio, como medicação de resgate. A intensidade de dor pós-operatória foi mensurada pela Escala Numérica de Mensuração da Dor (END), em 8 momentos (2½, 3½, 4½, 5½, 7, 8 e 16 horas após a indução do bloqueio anestésico, além de uma última verificação no momento da alta hospitalar), e pelo Questionário de Dor McGill (MPQ), aplicado 16 horas após a indução do bloqueio anestésico. Outrossim, o grau de satisfação das pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfação do Paciente (ESP). Os dados foram analisados por meio de testes estatísticos descritivos, Teste de Mann-Whitney, Teste-t de Student para amostras não-pareadas e qui-quadrado, sendo o nível de significância de 5%. Resultados. A intensidade de dor, mensurada pela END, foi significantemente menor no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas. Não houve diferença significante quanto aos índices obtidos pelo MPQ, e nem quanto à satisfação das pacientes, o consumo de drogas analgésicas no pós-operatório e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de sódio. Conclusão. A TENS de baixa freqüência proporcionou analgesia preemptiva após colecistectomia por laparotomia.
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A pesquisa -- clínica, controlada, randomizada e duplamente encoberta -- foi realizada no Hospital São Domingos Sávio, e teve uma amostra de 50 pacientes, todas do sexo feminino: grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25). As pacientes do primeiro grupo foram submetidas à aplicação da TENS de baixa freqüência antes da cirurgia: e as do grupo placebo, a uma falsa estimulação. Houve a padronização do cloridrato de bupivacaína (0,5%) como droga anestésica, associado ao fentanil (2 ml) para a realização das colecistectomias; e da medicação analgésica utilizada no pós-operatório: dipirona, prescrita de 6 em 6 horas, e diclofenaco de sódio, como medicação de resgate. A intensidade de dor pós-operatória foi mensurada pela Escala Numérica de Mensuração da Dor (END), em 8 momentos (2½, 3½, 4½, 5½, 7, 8 e 16 horas após a indução do bloqueio anestésico, além de uma última verificação no momento da alta hospitalar), e pelo Questionário de Dor McGill (MPQ), aplicado 16 horas após a indução do bloqueio anestésico. Outrossim, o grau de satisfação das pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfação do Paciente (ESP). Os dados foram analisados por meio de testes estatísticos descritivos, Teste de Mann-Whitney, Teste-t de Student para amostras não-pareadas e qui-quadrado, sendo o nível de significância de 5%. Resultados. A intensidade de dor, mensurada pela END, foi significantemente menor no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas. Não houve diferença significante quanto aos índices obtidos pelo MPQ, e nem quanto à satisfação das pacientes, o consumo de drogas analgésicas no pós-operatório e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de sódio. Conclusão. A TENS de baixa freqüência proporcionou analgesia preemptiva após colecistectomia por laparotomia.Introduction. Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the postoperative period, however these studies don\'t analyze whether low frequency TENS -- that stimulates the release of endogenous opioids -- could be efficient to provide preemptive analgesia. Objective. The aim of this study was to verify whether low frequency TENS, applied before open cholecystectomies, could provide it. Cases and method. It was a controlled, randomized and double-blinded trial, carried out at the Hospital São Domingos Sávio (Aracaju city, Brazil), and had a sample of 50 patients: preemptive group (n = 25) and placebo (n = 25). The patients from the first group were submitted to the application of TENS before the surgery; and the placebo group to a false stimulation. There was the standardization of the bupivacaine (0,5 %) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of the cholecystectomies; and of the analgesic medication used in the postoperative period: dipyrone, prescribed for every 6 hours, and diclofenac, only if the patients complained about pain. Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS), in 8 moments (2½, 3½, 4½, 5½, 7, 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the hospital discharge), and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ), applied 16 hours after inducing the anesthesia. Patient satisfaction level in relation to the treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS). The data were analyzed by Mann-Whitney Test, unpaired t-test and qui-square, being significant, those data with p < 0,05. Results. Pain intensity, measured by the NRS, was lower in the preemptive group in the third and fourth verifications. There was no difference neither in relation to the indexes obtained with the Br-MPQ, nor the PSS, consume of analgesics in the postoperative and time for the first request of diclofenac. Conclusion. Low frequency TENS provided preemptive analgesia after open cholecystectomy.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGarcia, Luis VicenteGuerra, Danilo Ribeiro2005-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-22072008-112247/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-22072008-112247Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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